segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pollock, Pasquim, Boal...

Pessoal, estava sem blogar, recuperando-me de uma gripe. Como encontrei meu tio que chegou de Goldensbridge anteontem, mamãe me disse que eu poderia ter pego a gripe "incubada", uma vez que ele não está doente.

"Incubados" em Cuba estão meus muppets da blognovela, aguardando no underground para fazer um número.

Ainda não é a "Swing Flu" nem a "Influenza A". Olha, parecem nomes de peças de vanguarda, escrevendo assim!

Por falar em vanguarda, lendo o caderno de TV do Estado de Minas, verifiquei o seguinte: a novela Caras e Bocas, conforme a entrevista do descamisado Marcos Pasquim que li, realmente possui uma crítica a essa "arte que a gente cultua, mas não entende"...hummm...Mas o Pasquim, que fica sem roupa nas novelas para poder esconder seu talento mínimo, disse que gosta de Jackson Pollock...

Lendo a matéria sobre o Boal, verifico uma foto dele com a cabeleira revolta, organizando um "trenzinho" em 1980, no estilo em que a gente fazia em aulas de teatro com a agora escritora radicada na Espanha Angélica Sátiro, no início dos anos 90! Mas não é o trenzinho do caipira do Villa-Lobos, nem o que a Walt-checo produtchions queria me dar nem o que os beckettianos bears à la John Goodman fazem aí pela web.

Villa-Lobos é o lobo do homem. "Quanto é um infinito mais um infinito? Zero. O infinito não existe. É uma brincadeira de uma brincadeira", disse meu sobrinho Daniel São Tomás de Aquino, filosofando aos oito anos com a cocaína oswaldiana da infância.

E a escândalo do Lugo faz os cinquentões lembrarem os bons tempos onde os padres tinham amantes mulheres! E o Lugo, dizem, é galanteador: a moça que arrumava a cama dele disse: "precisa de mais alguma coisa?" E o lugaucho: "Preciso de VOCÊ"

Como dizia Francis: "waaaal..."

Noticiário é pesadelo. Nada pior do que ficar vendo a TV aberta esses últimos dias: tortura em Minas, cenas de Guantánamo e Abu Ghraib em um presídio mineiro, ameaça de revolta; um mineiro de Corinto assassinado após festa em homenagem a Adolf Hitler em Curitiba...mãe com o filho autista (e não artista, observem) pede ajuda pois vive na miséria...e por aí vai. A Band entrevista o governador de Roraima falando que os arrozeiros tinham que ficar, senão os índios vão ficar sem "elo com o branco", vai virar "zoológico de gente"...Ah, tá. Eu queria moquear esse governadorzinho que é a cara de um estudante de Contábeis aqui da minha cidade. Tacape na cabeça da Band!

Pobre Alphonsus Romanus: para ele, Maliévitch é um buraco negro que suga as almas dos artistas neoconcretistas, que seria mera cópia masturbatória de Maliévitch. O autor da novela do chimpamzé (neoconcretista?) do Marcos Pasquim (que faz um pintor expressionista mas é ator sem expressão) concordaria. Como ninguém aguentar mais ouvir ele brigar com os concretos, ele insiosamente volta à carga, batendo agora com toda a força para derrubar os "enigmas vazios"...Como eu disse, um livro sobre a arte contemporânea que chama "enigma vazio" é como "Elzira, a Morta Virgem". Ou seja, pelo título já sei quem morre no final...

Acabei chorando.

Saiu um texto meu na revista Questão de Crítica (wwww.questaodecritica.com.br): Notas sobre o Teatro de Gerald Thomas. Um tal de André Luiz comentou assim: "todos no mesmo balaio?" Não entendi. Só porque o texto fala sobre Brook, Beckett, Brecht, dentre outros?


E publiquei também um sobre Cabeça de Negro, do Paulo Francis, romance que faz trinta anos esse ano, na Broca Literária. A Broca é

demais! Confiram:
http://www.thedrillpress.com/broca/broca.shtml

3 comentários:

jamesp. disse...

Caro Lúcio,é quando vejo o abominável Diogo Mainardi no Manhattan Connection que vejo a falta que Paulo Francis(nunca concordei muito com ele,mas Pf estava dezenas de anos-luz desse bando de seub-Francis que pululam agora no Brasil.Espero que esteja bem da gripe.
Vou ler seu artigo mais tarde.Hoje não tenho tido um tempinho livre(rsrs).Abraços.
P.s.-Passe lá no meu blog,e veja as postagens sobre o Ahmadinejad-serà uqe exagerei na dose?Acho que não.Abração.

Henrique Hemidio disse...

Relaxa e goza

Verônica Mambrini disse...

Oi, Lucio. Tudo bem?
Estou procurando autores ainda não-publicados para uma reportagem da revista IstoÉ. Se quiser saber um pouco mais, e talvez participar, por favor me escreva o quanto antes: veronica@istoe.com.br.
abraços