Pessoal, eu, como meu amigo Laerte, acho que é preciso, diante das campanhas da mídia, esclarecer fatos sobre o Irã e a Coréia.
Mas de fato é muito irritante a sucessão dinástica nas tais ditaduras do proletariado: em Cuba é o irmão, na Coréia é o filho que assume o lugar é o pai...Mas Laerte poderia objetar: mas não teve Bush pai e filho, assim como, por pouco, Hillary Clinton não assumiu o lugar de Obama? Aliás, ela está no governo, não? Não são, também nos USA, duas famílias se sucedendo?
Os anarquistas bem que avisaram que esses grupos não representariam mais o interesse dos proletários e sim a si mesmos. E essa é a melhor crítica desse conceito.
O problema é que a revolução islâmica foi muito popular e ainda tem legitimidade. Ahmadinejad não é um ditador e o que ele diz é distorcido pela imprensa ocidental. O que ele diz não é beeem aquilo. Ele disse que o sionismo, se continuar, cairá como uma árvore numa tempestade. Isso foi lido como se ele estivesse dizendo que quer riscar Israel do mapa! Ele não pode jogar uma bomba lá sem matar os palestinos também: vinte por cento dos israelenses, até hoje, são de origem árabe ou palestina.
O que está em jogo é a hegemonia militar no Oriente Médio. Até agora, ninguém podia enfrentar Israel. A partir do momento em que o Irã tem a bomba, Israel não poderá atacá-lo. Fica mais difícil derrubar o regime, que é um objetivo geopolítico dos USA. E, a partir da saída das tropas do Iraque, ficará o desafio de impedir uma revolução islâmica lá. E, podem anotar, um dia a Síria tentará reconquistar as colinas do Golã, a China tentará anexar Taiwan, uma das Coréias tentará unificar o país, o Tibete tentará se separar da China.
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