sexta-feira, 16 de maio de 2008

Carta de Costa Lima (II)

Caro Lúcio

Não posso lhe enviar nenhum trecho para seu blog simplesmente porque não
tenho meus textos já publicados no computador e não tenho ... Esqueci o nome
(aquela maquininha que transcreve páginas escritas para o computador). De
todo modo, meu livro inteiro sobre Euclides, Terra ignota. A descontruição
de Os Sertões, Civilização Brasileira (creio que de 1998), absolutamente não
está esgotado. Muito menos, acrescento, o Mímesis e modernidade, reeditado
pela Paz e Terra.
Com o agradecimento de Luiz Costa Lima
N.b.1. Vejo pelo e-m anterior que esqueci a referência sobre Said. É (ou
era) uma pessoa que eu admirava por suas posições políticas, sem bajulação
ao chefe-mor, naquele momento, Arafat. Mas nunca foi um crítico de ponta.
Quando falo em amadorismo dos estudos culturais refiro-me aos atos de
montagem de literatura com qq outra coisa. Há alguns meses um colega baiano
me contava haver sido procurado por alguém que queria sua orientação em Lit..
Brasileira, fazendo um estudo sobre cultos africanos no romance de Jorge
Amado. O informante me dizia haver perguntado se a figura tinha algum
conhecimento antropológico sobre o tema - afinal, estavam na Bahia. Que o
rapaz respondeu espantado que não, que conhecia sim os romances de J. Amado..
2. Em troca da falta de textos que pudesse lhe transferir, posso lhe enviar,
para seu conhecimento, os excertos de uma revista australiana, chamada
Crossroads, que prepara um número especial sobre minha obra - reduzida ao
que há em inglês. Se quiser, basta me dizer.
Com o abraço de Luiz CL


On 5/16/08 2:20 AM, "Lucio" wrote:

>
> Caro professor Costa Lima:
>
>
> Em primeiro, muitíssimo obrigado pelo diálogo compreensivo e atento. Essa
> resenha tem mais problemas que esses, provavelmente, pois não foi aceita em
> revista alguma na Web e por isso acabei publicando-a aqui em meu blog,
> afinal, os blogs são o final da gaveta e do arquivo morto, além de serem o
> novo "mimeógrafo" dos poetas.
> É muito bom saber que o diálogo tem esse deslocamento do enfoque desde os
> anos 80 (afinal, essa foi uma suposição, apenas).
> Interesso-me por Homi Bhabha, mas penso que ele mistura posições advindas de
> Franz Fanon, uma linha de pensamento muito ligada à descolonização da África
> e da Ásia nos anos 60 e 70, com desdobramentos do pensamento de Nietzsche e
> Heidegger (Derrida e outros). A fusão às vezes fica meio frouxa.
> Sobre Euclides, realmente não sabia com clareza sua posição (seus livros
> anteriores estão esgotados e difíceis de achar!). Se quiser me enviar um
> capítulo ou passagem de alguns deles para que eu divulgue em meu blog, eu
> ficaria infinitamente grato.
>
> Obrigado mais uma vez,
> abraços do Lúcio Jr.
>




Nenhum comentário: