segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma postagem de 11/10/2001 no Usina de Letras

Esse é um texto que escrevi antes de conhecer o blog do Gerald, onde ele mostra sua generosidade. Acabo de receber o livro do Walter que ganhei graças ao Gerald, indiretamente. Acho que todo artista precisa fazer egotrip mesmo e não vejo problema em Gerald ter um passaporte americano e ser american citizen. Eu já escrevi como esse pessoal que entra no blog, isso é que é curioso.

E a guerra do Afeganistão é uma fria na qual o Obama entrou, infelizmente. O GT e Contardo estavam emocionados pela queda das Torres, como muita gente na época. As vanguardas mais radicais, como Stockhausen e Sebastião Nunes, analisam o Setember Eleven como obra de arte como forma de provocação radical. Vale apenas para abrir o debate: não se pode estetizar a morte e a catástrofe.

Cioran perguntou pelo sem-sentido das revoluções como a russa e francesa. Ele teria coragem de perguntar pelo sem-sentido de Auschwitz? Ou do Setember Eleven? Duvido!




Geléia, Manteiga de Amendoim & Bombas


O título desse artigo resume o que os EUA estão mandando para o Afeganistão. Agora é geléia e
manteiga, depois vai ser a Coca-Cola, o Mickey, etc.
Os norte-americanos acabam de pegar o pau com formiga do mundo, o Afeganistão. Outras potências tentaram ocupá-lo: os mesmos ingleses de agora, no século XVIII, os russos com seu social-imperialismo, que tinha um governo apoiador em Cabul, porém.
Com os atentados e o bombardeio no Afeganistão, todos se manifestam a favor ou contra a guerra.
Meu tema, inicialmente, era o apoio ridículo dado a esta guerra por gente como o teatrólogo Gerald Thomas e o psicanalista Contardo Calligaris.
O primeiro falou que queria se alistar nas Forças Armadas dos EUA, imerso em sua egotrip de american citizen. A essa falação, respondeu um tal Carlos Alberto Bárbaro, leitor da Folha, e lhe disse para se alistar logo de uma vez.
Mas logo precisei enfrentar o caridoso Mauro Decca, que pretendia achincalhar o discurso pacifista de Odair Pessoti na Usina. Agora Decca coloca um artigo com toda a polêmica no sáite e assina dando a última palavra. A última palavra é a de sempre: "ai, Jisuis, Af Maria", uma coisa assim.
Não suportei Decca por esse tipo de babaquice e por sua injúria contra Foucault, chamado de "homossexual e viciado em drogas", fora o fato de que Decca se julga leitor autorizado de Deleuze. Quando é que Deleuze e Foucault escreveram um livro defendendo as drogas? Fale para nós o título. Eles defendem as minorias dos pequenos burgueses como vc...E ainda por cima essa paranóia idiota de que os intelectuais estão conspirando contra os EUA a favor dos árabes! Para achar que os intelectuais estão de acordo facilmente a respeito de alguma coisa, o pateta Jeremias inquisidor nunca deve ter sentido nem o cheiro dessas criaturas.
Enfim: estão a favor da guerra o Félix Maier, Airo Zamoner e o Decca. Contra estamos eu, Plácido, Ayra On, Odair Pessoti.
Dito isso, eu convoco TODOS a se manifestarem!

Um comentário:

jamesp. disse...

Olá.Esse cara deve ter lido muito mail Foulcault.E é mais que ridículo um suposto crítico,em 2009,chama-lo de "homossexual e drogado".Esse cara deve ler Foulcault melhor.
Quanto ao Afeganistão,bem a barbárie é dos dois lados,acredito.A sharia é o fim da picada,para usar uma expressão chula.Abraços.