Adoro Caetano. Acho um grande músico, ícone de geração, gosto dele sólido, gasoso, líquido, etc.
Só que, de vez em quando, acho ele burro. No blog dele, Obra em Progresso, cansamos de dizer para ele que não se deve dizer que o Lula é analfabeto, que ele é perfeitamente um falante, coisa e tal. Eu, Eduardo Luedy, uma linguista, o Sírio Possenti, todos explicamos que falar isso é preconceito, é ideologia, não uma observação científica, coisa e tal.
Mas agora, em plena época de eleição, lá vem o bonitão repetir a mesma coisa que disse antes no blog, numa formulação ainda mais agressiva. Lula seria analfabeto, grosseiro e cafona em comparação com Marina. Não seria melhor ele explicitar que acha FHC sexy, fino, chique, muito elegante? Aécio também é? É aquela coisa. Um leitura pós-moderna, meio Zelberto Zel, de Casa Grande & Senzala: o mestiço pernóstico da varanda gritando:
Bate! Mas bate de cinto Pierre Cardin que é mais chique! O bonito é borrar tudo com nossa mestiçagem, não é, Demétrio Magnoli?
Tava pensando.
Dizer que Lula é "analfabeto" é como dizer que Caetano é "bicha". Não é verdade, mas é um contágio com um universo do qual se está próximo ou com o qual sua imagem pública apresenta pontos de contato.
8 comentários:
Preguiça enorme de Caetano e suas pós boçalidades,rançosas,cansativas,desvirtuadas.Abaixo a máfia do dendê,que ninguém aguenta mais.
Abraço,Lúcio.
Esta geração, poderá ser definida no futuro como a; "Geração Porra Nenhuma", internados em quartos ou escritórios, internados na internet.
Nenhum grito, neste lugar paradoxal, onde bandido é mocinho, o virtuoso marginal circulante.
O Brasil cheira mal, a Tropicália resultou nestes baianos comportados, integralizados, caretas, horrorosos caretas.
Lógico que este ciclo irá passar, evidente que retornaremos ao meio mais pensante, mas para isto acontecer, teremos que compreender o nosso elaborado idioma, signos e fonemas, e, aprendendo a discernir sonhos de utopias, mas vai levar algum tempo, bem depois de Caetano, creio.
Eu mandei dois e apareceu um. Que porra é essa!?
Oi, Tene, tudo bem? Vc não foi ao blog filho! Não te vi lá.
Eu achei que vc era ela porque o Gerald te chamou de "a" tene da blognovela.
Seus dois comentários apareceram...aqui não rola censura.
Abs do Lúcio Jr.
Ando doido,
ando por aí,
ando lendo, nossa!!
ando lendo,
vou lá, venho cá.
ando andando,
vendo, olhando,
sei lá Lúcio,
derramando, derramado,
distante.
Qual é poeta?
Duas dores, dolores,
qual que é, senhor,
samangos, e, horrores.
Então,
foi-se o preto,
o preconceito.
o conceito,
o pré.
Foi-se a música,
as letras.
Donde que foi, metros,
ali ou olá.
Mandei na minha inspiração, sarado, sereno, lúcido, falei, não foi, puto, dois em um.
Censura.
Eu manderi.
Porra Lúcio me sinto tão só, perdido, sem ancoras, sem ancoras, correntes. sinto o sono,
sinto os ares, a ausência, sinto porra nenhuma.
Querido Lúcio, seu Blog é bom, vamos falar de poemas. Lúcido Lúcio.
Então, o elo perdido, os ares ausentes, as dores do parto, partidas, os seios fartos, as horas que passam, o leite derrama, o prisma transverso. a noite obscura, cores e dores,
ruas e duas, Lua e sua, flutua, navega.
Sonhos sonhados sonhei,
dormindo acordei,
águas com sede,
mares secos,
dores de lugares,
ilusões, paixões, trocas.
Dois trocados, tostões,
quantos contos, quantas Missas,
oras, horas, outroras.
Pobres poemas,nada capto,
sofrêgo, imponente, ando.
Pobre paupérrimo,piegas,
pobre, in situ.
Bravo, Lúcio. Você, seu blog, está mais turbinado do que nunca.
Grande abraço!
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