Eu sou uma força do Passado.
Só na tradição está o meu amor.
Venho das ruínas, das igrejas,
Dos retábulos, das aldeias
Abandonadas sobre os Apeninos e os Pré-alpes
Onde viveram os irmãos.
Percorro a Tuscolana como um doido,
Pela Ápia como um cão sem dono.
Tanto contemplo o crepúsculo, a aurora
Sobre Roma, sobre a Ciociaria, sobre o mundo
Como os primeiros actos da Pós-memória
A que assisto, por privilégio censitário
Da orla extrema de qualquer idade
Sepulta. Monstruoso quem é nascido
De vísceras de mulher morta.
E eu, feto adulto, cirando,
O mais moderno de todos os modernos,
Procurando irmãos que o não são mais.
Pier Paolo Pasolini in Poesia in forma di rosa
versão de Manuel Anastácio
http://literaturas.blogs.sapo.pt/84631.html
Do filme La Ricotta: http://www.youtube.com/watch?v=BHSmRFMmM18&feature=player_embedded#
Um comentário:
Lúcio meu irmãozinho,
Estas raízes, que precisam tb de asas...
Um grnade abraço,
Agradeço a vc pelos toques que sempre me dá.
Valeu!
Abçs.
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