Encontrei dois maravilhosos vídeos de Élida Lima lendo fragmentos de Maura Lopes Cançado, grande escritora que viveu há anos aqui nessa cidade.
O fantasma de Maura Lopes Cançado ainda nos assombra...Ele aqui habita?
Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Filosofia do Xadrez
1. Lasker, enxadrista campeão e
filósofo
O alemão de origem judaica Emanuel
Lasker (1868-1945) ficou bem mais conhecido por ter mantido o título de campeão
do mundo durante quinze do que por sua obra filosófica. Ou melhor dizer, enxadrística-filosófica.
Ele tornou-se famoso, também, por ter sido um amigo muito próximo de Alberto
Einstein.
Lasker escreveu vários livros ligados à Filosofia, tal como A Filosofia do Inatingível e um volume
intitulado simplesmente Luta, o qual
será tratado nesse breve artigo que tem como objetivo sugerir a leitura e
tradução das obras filosóficas de Lasker no Brasil. As situações apresentadas
por Lasker têm, muitas vezes, como referência o tabuleiro de xadrez.
2. O livro Luta e seus conceitos filosóficos
No livro Luta, Lasker afirmou-se como um filósofo e criou seus próprios
conceitos: o termo “maquia” (“luta”), de onde deriva o “maqueida”, um ente
abstrato e ideal que, supõe-se, conheceria todos os caminhos estratégicos de
maneira absolutamente perfeita. Lasker chega mesmo a inventar um ser ideal
chamado “Maqueo” que, como juiz infinitamente sábio e justo, aplicaria as leis
de “maqueida” a qualquer luta que se submetesse a seu juízo.
Aos diferentes elementos combativos, Lasker chamou “stratos”, utilizando
amplamente o plural “stratoi” para designar os diferentes elementos combativos
em qualquer maquia. Os stratoi utilizam como instrumentos seus
respectivos “jonts” (“efeitos de uma luta”). Esses últimos poderiam ser tanto
fuzis, peças de xadrez ou arpejos musicais de um compositor. Outro conceito que
Lasker introduz é o de “armoostia”, que equivale a mobilidade, elasticidade,
capacidade e leveza para o deslocamento de um exército ou de qualquer outro
conjunto “máquico”.
No livro Luta, onde Lasker
desenvolveu os conceitos acima, buscou responder às questões: o que é a luta? O
que é a vitória? Obedecem a leis que a razão pode conhecer e formular? Quais
são suas leis?
Lasker faz, então, uma “maquiologia”. Ele estuda as lutas, denominando-as
“eventos máquicos”. O estrategista perfeito (“maqueida”) faria uma ação
eumáquica (também estrategicamente perfeita), enquanto todas as demais atitudes
imperfeitas seriam “amáquicas”.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
O Beco sem saída do Bolivarianismo (blog Grande Dazibao)
O beco sem saída do Bolivarianismo
Bolívar é essencialmente um mito. Um desses mitos fundadores de identidades nacionais. Para muitas nações sul-americanas, ele é tido como o “libertador”. Marx, em suas diatribes iconoclastas (advindas do instinto de que nenhum herói é alçado acima das massas como agente histórico sem uma enorme carga de mistificação) , já havia desmascarado a farsa. Em seu ensaio sobre Simón Bolívar, o mouro retrata o comandante liberal como um sujeito covarde, ambíguo e ambicioso que tentou capitalizar os esforços guerreiros de outros para erguer sua glória pessoal.
Não parece realmente nada surpreendente que outro caudilho oportunista de nome Hugo Chávez tenha ressuscitado Bolívar no discurso político da América do Sul. Hugo Chávez e o movimento continental bolivariano permanece em nosso espectro político como uma farsa que esconde outros interesses, mais funestos e inescrupulosos.
Chávez surgiu no cenário político venezuelano na esteira do chamado “Movimiento Bolivariano Revolucionario -200”. O MBR-200 surgiu na década de 1980 entre oficiais do exército, visando dar continuidade a tradição militar putchista que tanto se repetiu gerando tragédias singulares na política da Venezuela ao longo do século XX. O MBR-200 era essencialmente marcada por um forte apelo nacionalista e pela defesa de uma série de bandeiras liberais. A política bolivariana não visava atacar o Estado Burguês, não visava destruí-lo. Pelo contrário. Guardava imensa fé nos princípios liberais da constituição venezuelana , que eles acreditavam, estavam sendo esquecidos pelos políticos no poder. Nunca, em momento algum, o bolivarianismo abandonou sua visão negativa acerca do comunismo. Chávez foi ( e é) defensor de uma terceira via, a meia distância do capitalismo liberal e do comunismo. Na Venezuela, devido a forte dependência em relação ao petróleo, esta terceira via se concretizaria pela concentração do poder nas mãos do executivo em vistas de implantar reformas . O grande herói de Chávez, além do velho farsante da libertação colonial, era o general peruano Velasco Alvarado, a quem ele chegou a conhecer e a lançar torrentes de elogios e aprovação. Alvarado havia imposto ao Peru, uma política tipicamente bonapartista. Assim, como Alvarado, Chávez acreditava ( e ainda acredita) na primazia política do Exército na direção de uma política progressista essencialmente reformista, e fundamentalmente anti-comunista. A política bonapartista dos caudilhos latino-americanos sempre tiveram um mesmo objetivo: evitar o “flagelo” do comunismo.
Chávez reiterou esta ideologia diversas vezes: a defesa de uma negociação entre classes antagônicas, forçada por um governo militar , levado a frente por uma figura carismática e centrada no nacionalismo e reformismo. Isto é o bolivarianismo, a que, a partir de 2005 passou a se auto-denominar “Socialismo do século XXI” (qualquer semelhança com o fascismo europeunão é mera coincidência).
Hugo Chávez e seu mais fiel sócio |
Sem dúvidas, o bolivarianismo venceu na Venezuela a reboque da insatisfação popular gerada contra as políticas neo-liberais fracassadas que se implantaram na Venezuela no início no final dos anos 80 e início dos anos 90. Após o fracassado putsch e a respectiva prisão, Chávez se volta para a velha política eleitoreira, até que consegue sua eleição ao Comitê Executivo da burguesia em 1998.
O desastre do neo-liberalismo em uma região com tamanha tensão entre as classes como a América do Sul , com tão altos níveis de desigualdades sociais, com tão ampla tradição autoritária e populista e com um imenso vazio na política revolucionária provocado por décadas de matanças de revolucionários comunistas, levou a este interessante fenômeno de ressurgimento de políticas nacionalistas e demagógicas . Exemplos disto se repetiram na Bolívia com a ascensão de Evo Morales, no Equador com Rafael Correa, na Argentina dos Kirchner e no Brasil e seu famigerado PT.
Porém, este novo populismo tem limites claros. Está , por assim dizer, cavando sua própria cova. O bolivarianismo encontra-se em um beco sem saída. Na Venezuela, após alimentar novos setores burgueses privilegiados que lucram criminosamente com o Petróleo, o governo bolivariano vem demonstrando sua impotência em solucionar as contradições do sistema em seus próprios termos. Cada vez mais, se aproxima de posições mais conservadoras , criminalizando os movimentos populares autônomos, controlando os sindicatos. O reformismo em uma instância, é uma ilusão alimentada por aqueles que pensam que podem simplesmente frear a luta revolucionária dos povos. Este mesmo fenômeno, plenamente compreensível dentro da dialética materialista, pode ser observado igualmente na Bolívia e no Equador. A esquerda que se prende ao espetáculo fajuto do bolivarianismo se prende a um mito político montado em um ambiente político em que os revolucionários são intencionalmente isolados das massas, para que assim a inércia seja dominante e um projeto de poder criminoso se estabeleça.
Não há qualquer forma de socialismo na Venezuela. O poder não é dos proletários, mas sim de Chávez e das forças armadas, e fundado nos lucros petrolíferos. A esquerda permanece alijada do poder ou submetida aos bolivarianos. O bonapartismo pseudo-socialista tem contribuído para reduzir a luta de classes a uma retórica vazia baseada em mitos que enganam incautos em várias partes do mundo.
A luta revolucionária comunista necessariamente deverá surgir das ruínas deste “Socialismo do século XXI”. E este processo inevitável de deterioração da farsa já está em andamento. O século XXI será comunista.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Chávez: fascista ou social-democrata?
Resposta ao blog Odio de Clase: Hugo Chávez, fascista ou social-democrata?
Saudações vermelhas ao blog ODC.
Já faz algum tempo que o blog Odio de Clase tem tomado posturas corretas acerca dos desvios sofridos entre os comunistas de todo o mundo. Suas publicações, críticas e comunicados conjuntos com os comunistas de todo o mundo nos entusiasma. Entre as fileiras da nossa organização sempre sugerimos aos camaradas que prestassem atenção aos comunicados publicados pelos camaradas do ODC e de outras organizações solidárias para conosco. Inclusive gostaríamos de ressaltar que o trabalho realizado pelos camaradas da Espanha, dos blogs ODC e Dazibao Rojo (ainda que haja desentendimentos entre ODC e DR) nos inspirou em tomar a iniciativa de criar o blog Grande Dazibao, e utilizá-lo como ferramenta para difundir a toda-poderosa luz do Marxismo-Leninismo-Maoísmo no Brasil e poder dar início ao processo de reorganização político-militar dos comunistas no Brasil, rompendo um silêncio de quase 40 anos.
Ainda que não tenhamos deixado muito claro em postagens anteriores, sempre concordamos com a postura combativa tomada pelo blog ODC, porém um dos últimos artigos publicados a respeito de Hugo Chávez não está de acordo com a nossa opinião. Desde que surgiu em fins de 2011, o blog Grande Dazibao tem movido uma luta contra as ilusões difundidas pelos oportunistas de esquerda, de direita e toda a ralé revisionista. As ilusões com bolivarianismo, castrismo e eleitoralismo fizeram a cabeça de muita gente no Brasil, justamente porque durante muitos anos o Brasil careceu de uma organização comunista coerente, dotada de uma filosofia coerente, que buscasse entregar o poder às massas, e não que tentasse apenas humanizar o capitalismo e com isso criar uma máscara socialista. Para o imperialismo e seus lacaios mais vale um conciliador no poder do que um levante revolucionário, como havia na Venezuela dos anos 70.
Por isso mesmo rechaçamos os desvios foquistas tão difundidos pelos partidários do revisionismo cubano, rechaçamos a conciliação social-fascista ou corporativista difundida pelos trotskistas, bolivarianos e social-radicais, que no final das contas são farinha do mesmo saco (o saco dessa farinha é o Foro de São Paulo).
Pemita-nos que digamos por que pensamos o contrário do que foi publicado no ODC.
Será que o Partido Comunista do Equador agiu errado ao dizer que Hugo Chávez e seus amigos bolivarianos, “socialistas do século XXI” são fascistas? Ou são cordeirinhos social-democratas que só querem melhorar a vida do povo dentro dos limites da democracia burguesa? Há um ditado no Brasil que diz: “de boas intenções o inferno está cheio”.
Se Hugo Chávez, como um ícone do reformismo e do pacifismo não era fascista, isto significa de forma indireta, que seu compadres, Evo Morales e Rafael Correa também não são, mesmo que estejam a reprimir a ação dos comunistas junto aos governos fascistas do Peru e do Brasil.
Quais as contribuições de Hugo Chávez senão as de tentar frear o movimento revolucionário, trazendo à luz as teses revisionistas do pacifismo, tão difundidas pelos revisionistas soviéticos a partir de 1956?
A luta contra a concepção errônea de que o socialismo pode ser alcançado de maneira pacífica se estende desde os tempos do camarada Stalin. Camaradas, no começo da década de 70, quando Salvador Allende foi eleito presidente, os comunistas brasileiros, que na época estavam organizados em torno do PCdoB, três anos antes do golpe militar, já diziam que o governo de Allende ou acabaria limitado ou seria derrubado por um golpe de estado, isso foi publicado em um artigo do jornal A Classe Operária em 1970, três anos antes do golpe perpetrado em 11 de setembro de 1973.
A difusão de teses sobre o abandono da luta armada, do abandono dos princípios marxistas, leninistas, maoístas, e da tomada de poder através da eleição (revolução cidadã) são uma espada na mão dos reacionários, que buscam de todo o modo frear o avanço da luta revolucionária, principalmente no Terceiro Mundo, como vocês mesmos sempre buscaram enfatizar. Portanto, a difusão de concepções pacifistas, e entreguistas é combustível para que o imperialismo possa continuar a utilizar fantoches que se pintam de vermelho, azul ou amarelo. Isto não é coisa de organização progressista.
Claro que dizer isso não seria o suficiente para mostrar aos camaradas que (segundo Stalin) “o fascismo e a social-democracia são irmãos gêmeos”.
A afirmação feita pelo camarada Stalin no final dos anos 20 é correta, e podemos ver que a social-democracia e o fascismo se assemelham quando defendem o corporativismo, antiimperialismo de fachada, a conciliação entre classes, o nacionalismo burguês (não confunda com patriotismo revolucionário), a demagogia, a difamação e/ou perseguição aos comunistas. Mesmo assim se isso não é o suficiente para convencer os camaradas do ODC, apresentamos alguns vídeos onde Chávez visa desmoralizar aos comunistas, mesmo tendo apoio dos revisionistas do PCV, e outro vídeo onde repete a ladainha de Kropotkin, quando diz que Josef Stalin era “burocrata”.
O seguinte vídeo, apesar da péssima qualidade de som, no final aparece bem claro a voz de Chávez dizendo: “Vamonos con Trotski”. Camaradas, como vocês mesmos sabem, Trotski não era apenas um ratinho oportunista dentro do PCUS, senão um agente fascista. Sabe-se que ao longo dos anos 30, Trotski com o apoio de Bukharin, Kamenev, Zinoviev e outros cães arrependidos tentaram destruir a construção socialista na URSS, tudo isso com apoio dos fascistas da Alemanha, Espanha, Itália e do Japão, como ficou comprovado. Trotski e seu bando não passavam de agentes do fascismo, então, dizer “vamonos con Trotski”, pelo menos a partir do ponto de vista do blog Grande Dazibao, é o mesmo que dizer “Vamonos con Hitler, Mussolini, Hirohito y Franco”.
Chávez, como ele mesmo afirmava, não era um comunista, pois dizia que o marxismo-leninismo era um “dogma” (talvez porque tanto o PCV como o Partido Bandera Roja tenham castrado o marxismo-leninismo de sua capacidade revolucionária). Chávez como ele mesmo afirmava, era um social-democrata, mesmo assim, recebia elogios de revolucionários arrependidos como Daniel Ortega e Fidel Castro.
Os comunistas do Equador erraram ao dizer que Chávez era um fascista. O termo adequado neste caso seria “social-fascista”.
Recebam nossos calorosos cumprimentos, desde o Brasil até a Espanha.
Progressismo ou Social-Fascismo (do blog Grande Dazibao)
Progressismo ou social-fascismo?
Introdução
Certamente muitos camaradas, principalmente os que recém aderem ao marxismo, vêem os governo do Equador, Bolívia e Venezuela com bons olhos, pensam que são governos marxista-leninistas, mas nem tudo que reluz é ouro, já dizia um velho ditado.
Exatamente como Stalin ensinou em 1928, que, para conter as massas em fúria ou um governo fascista ou um governo social-democrata subiam o poder [1], e que entre o fascismo e a social-democracia a essência é a mesma, por exemplo, o corporativismo, a repressão aos trabalhadores [2], o anticomunismo e o nacionalismo...
Não eram por acaso, os mencheviques grandes opositores do leninismo na URSS? Por acaso não foram os social-democratas os primeiros a atacarem Stalin nos anos 30?
No livro “O manifesto do Partido Comunista” Marx e Engels ensinam que os capitalistas fazem concessões poder manter o domínio do poder e acalmar os ânimos da classe proletária.
Camaradas, pensem bem, o que vale mais à pena para a burguesia? Implantar um governo que ganhe o repúdio das massas, ou um governo que concilie as classes, com uma falsa retórica progressista consiga iludir a esquerda (principalmente a esquerda revisionista e oportunista) com o objetivo de minar as comunistas de forma doce e pacífica?
Então, o que mais à pena para a burguesia? Perder tudo ou continuar no poder, mesmo que para isso tenha que fazer algumas concessões?
Vamos listar aqui alguns tipos de sistema que se autodenominavam, ou que foram denominados de progressistas, apesar de terem acontecido em diferentes países, eles mantêm a mesma essência: nacionalismo, conciliação de classes, anticomunismo, repressão aos trabalhadores... Eis alguns modelos:
Nazi-fascismo
Atualmente a social-democracia criou apatia por Hitler e Mussolini, mas, na época em que o nazismo consolidou-se na Alemanha, a social-democracia recusou as propostas do Partido Comunista da Alemanha em formar uma aliança anti-fascista, pois os social-democratas inicialmente se identificavam com os nazistas: o nacionalismo, a conciliação entre as classes, controlar o quanto a burguesia deve ganhar ao mesmo tempo em que ela deve continuar existindo, pois Hitler acreditava que a burguesia e o proletariado eram as duas classes produtoras, e o ódio aos comunistas que a social-democracia tanto fazia coro.
O criminoso incêndio do Reichstag em 1933 é uma prova do que os nazistas estavam dispostos a fazer para acabar com os comunistas, nesse episódio, o camarada búlgaro Giorgi Dmitrov foi preso e acusado de participar do incêndio, foi à julgamento, estava sem advogado e durante o julgamento ele passou de acusado à acusador dos nazistas, e acabou sendo absolvido. Ou também o trágico fim que teve a nossa camarada Olga Benário, quando foi entregue pelo governo fascista de Vargas aos nazistas, e acabou morrendo em alguma câmara de gás em 1943.
Getulismo
Por aqui tivemos o getulismo (1930-1945), oriundo do modelo fascista de Portugal, governo ditatorial de Getúlio Vargas que apesar de ter inserido o Brasil na revolução Industrial e ter criado algumas leis trabalhistas sem dar prejuízo aos patrões ainda mantinha os comunistas e demais opositores do regime bem quietinhos em alguma masmorra ou nas mãos de algum torturador da polícia, enquanto que os “galinhas verdes” (Integralistas) se esbaldavam.
Peronismo
Durante a segunda guerra, ou mais exatamente, em 1943, um golpe militar na Argentina colocou no poder o coronel Juan Domingo Perón, que seguia uma orientação política semelhante ao fascismo.
Nos anos 50 seu governo era conhecido por ser “progressista demais”, acreditavam os peronistas, que o resultado final daquele regime culminaria em uma espécie de socialismo (lembrando que o socialismo em si não significa marxismo, pois, Marx listou os vários tipos de socialismo, como o socialismo dos religiosos, da burguesia, etc).
O governo de Perón além de ser um governo extremamente corrupto, e dissimulado, era um governo perseguidor de comunistas.
Progressimo no México (Partido Republicano Institucional)
Outro exemplo de regime intitulado progressista era o do Partido Republicano Institucional no México. Era um governo que no início havia implantado a reforma agrária e o desenvolvimento da indústria, tudo organizado segundo um modelo capitalista.
Influenciados pelos protestos de maio de 1968 ocorridos na França, estudantes mexicanos saem às ruas em julho para comemorar o aniversário da revolução cubana, o governo mandou suas tropas de choque para combater os estudantes, segundo a imprensa da época, 50 pessoas foram mortas, e 900 detidos, mas nos livros de história do Brasil fala-se em mais de 1000 feridos e 400 mortos. O PRI só foi destituído em 1994.
Baathismo
O tal “progressismo” não é novidade. Em países da África e Oriente Médio ergueram-se muitos governos desse tipo, principalmente entre os anos 60 e 70, tais exemplos são os de uma ideologia conhecida como baathismo, originada do Partido Baath da Síria, o mesmo partido de Bashar Al Assad e de seu falecido pai.
Exemplos de líderes baathistas são o que não falta, temos Saddam Hussein, Hosni Mubarak, Ben Ali, Bashar Al-Assad, Muammar Kadaffi, Gamal Abdel Nasser... Alguns deles você já deve ter ouvido falar, os mesmos que estão tendo as suas ditaduras reformistas sendo contestadas pela rebelião popular que se levanta no oriente médio.
Bolivarianismo
Eis o trio parada dura do neo-fascismo sul-americano. |
Os bolivarianistas se intitulam socialistas, e até comunistas, dizem que Simon Bolívar foi o libertador da América Latina. Mas, a verdade é que ele atuava à serviço dos interesses do império britânico, e era um péssimo comandante, na primeira derrota que suas tropas sofriam, ele abandonava seus homens e pegava o primeiro navio para o exílio.
Dizem que o bolivarianismo é marxista... Mas, Bolívar é de um tempo em que o capitalismo ainda era uma força progressista e revolucionária, quando não havia proletariado na América Latina. Ou seja, temos que abandonar as idéias antiquadas dos tempos de Bolívar e George Washington, e levantar as idéias modernas e verdadeiramente progressistas, como Marxismo-leninismo-maoísmo!
E na América do Sul atualmente? Evo Morales, Hugo Chavez, e Rafael Correa, certamente muita gente da esquerda discorda quando se critica a gestão desse “trio parada dura” do neofascismo.
Pois bem, vamos falar um pouco do que vem acontecendo nesses países.
Bolívia: atualmente a Bolívia, assim como o Paraguai, é um país onde você pode comprar metralhadoras, fuzis automáticos, maconha, cocaína, óxi, ainda que de forma ilegal, mas em quantidades generosas. O armamento que chega aqui, geralmente metralhadoras ZB-26 dos anos 30 e fuzis automáticos Ruger apreendidos no Brasil, estão com o timbre do exército boliviano, ou seja, no tráfico de armas ou drogas, sempre existe a vista grossa de autoridades, no caso das autoridades bolivianas estão a serviço do “progressismo” para com o Comando Vermelho e o PCC.
Outro sinal de que o governo boliviano não é progressista, é o fato do país não conseguir manter seus habitantes, que acabam indo para outros países, quem vai pra capital de São Paulo percebe esse fato, pois há muitos imigrantes bolivianos.
O socialismo de Evo Morales: entregar refugiados políticos ao regime genocida peruano. |
Evo Morales declarou que quer se aproximar do marxismo-leninismo, mas, falar é uma coisa e fazer é outra, por isso mesmo, o governo boliviano fez questão de prender e entregar ao regime genocida do Peru, exilados políticos peruanos que estavam participando do Centro de Estudos Populares na Bolívia. Esse aí é o “socialismo” de Evo Morales.
Venezuela: Um país muito elogiado pelos oportunistas, pois Hugo Chavez (um verdadeiro revolucionário de boca) fala que está levando a Venezuela rumo ao socialismo, realizando estatizações, mas deixando a grande burguesia continuar existindo.
Alguns ditos “marxistas-leninistas” fazem odes à Chavez, mas, o próprio declarou na televisão a seguinte frase: “o marxismo-leninismo é um dogma ultrapassado”, ao mesmo tempo em que fazia uma embromação sobre uma conversa que teve com Fidel Castro.
Durante a campanha eleitoral venezuelana de 1998, Chávez também disse em rede nacional que não era socialista, que o projeto que ele tinha em mente era de criar um “humanismo”, essa história de “criar um sistema humanista” já é um chavão bem antigo divulgado por alguns reformistas do tipo de Chavez ou Allende.
Além do fato das companhias estrangeiras continuarem levando embora o petróleo venezuelano tem também as dissidências com as FARC, isso mesmo, bolivarianos vs bolivarianos, várias vezes o estado burguês venezuelano fez questão de entregar guerrilheiros das FARC ao estado fascista da Colômbia.
Equador: Esse aqui é o que mais tem assunto para comentar, pois, há várias postagens publicadas no blog do Partido Comunista do Equador – Sol Rojo, que segue a correta orientação marxista-leninista-maoísta. Eis alguns trechos de algumas postagens:
“O sustentado discurso revolucionário da burguesia burocrática atrai elementos da esquerda para estabelecer seus blocos de composição social, mas, também busca neutralizar o discurso e intenção revolucionária coerentes, de classe, de tomada de poder em troca de reformas, desenvolve e divulga por todos os meios a possibilidade de uma revolução pacífica onde o fator luta de classes é simplificado à uma mínima expressão: contradição entre muito ricos e muito pobres”.[3]
E um pouco mais à frente:
“Desde logo o projeto Alianza País trata de gerar a idéia de que entre a grande burguesia há elementos positivos, honestos”.
O governo equatoriano questiona o caráter legal das corridas de touro, mas não questiona a base material que sustenta um costume de caráter feudal.
Apesar da reforma agrária, ainda existem os grandes latifundiários. A distribuição de terras fez com que surgissem muitos minifúndios com grande capacidade de gerarem migrantes, desempregados, sub-empregados, etc...
Outros trechos falam do apoio que o Estado dá às forças de repressão (forças armadas e polícia):
O verdadeiro Correa |
“Resulta ridículo escutar a grande burguesia falando sobre a insegurança, a delinqüência e o desate da violência que vive o país na atualidade. Mas não é menos ridículo escutar o regime, também componente dessa grande burguesia desde a perspectiva burocrática de suas pretensões de seguir armando mais e melhor a polícia, incrementando o número de efetivos e dispor das Forças Armadas para que colaborem na luta anti-delinquencial.
Precisamente nestes dias o governo firmará um convênio com o regime chileno para que seja a polícia desse país (carabineros), quem ajude a reestruturar e potenciar com novas unidades a polícia nacional. Aprofunda-se no aspecto repressivo, e como se fosse pouco é uma das polícias mais repressivas, torturadoras e assassinas do continente que vai reestruturar o aparato repressivo no país’’.
Como se não bastasse, mais prisões estão sendo construídas no Equador para abrigar mais e mais e pobres equatorianos, que acabam fazendo parte do lumpesinato. Logo, a polícia é sempre eficiente quando se trata dos pobres.
O governo equatoriano que havia se comprometido em não se meter no conflito colombiano, tem construído mais bases militares como em Lita, ao todo, 19 novas bases militares que prestam serviço ao imperialismo americano com a prisão de integrantes das FARC.
Ainda sobre a luta entre o exército equatoriano e as FARC:
“Em 2010, segundo um informe do Comando Conjunto das Forças Armadas. Foram descobertas 126 bases clandestinas das FARC, especialmente nas províncias de Sucumbíos e Esmeraldas, 61 bases a menos que em 2009. Foram realizadas 12 operações militares, 207 ações táticas, 5687 patrulhamentos, e foram utilizados sete mil soldados em um mês aproximadamente”.
Eis a ala esquerda da direita.
Conclusão
Certamente alguns camaradas vão discordar e talvez até contra argumentar, até aí ok, não se pode agradar a todos, principalmente a pequena e média burguesia. Certamente dirão que são intrigas, que é um meio da direita fazer com que a esquerda se fragmente, mas essas afirmações estão erradas, pois para criar esse texto, não foi usada a intriga, ou fontes vindas da mídia burguesa, mas sim em fatos históricos, em escritos marxistas, e nos artigos publicados pelos camaradas e irmãos do Partido Comunista do Equador-Sol Rojo.
A direita muitas vezes não usa de meios brutos para minar os comunistas, mas meios “macios” como modo de calar os comunistas, frear o a aspiração de poder da classe proletária, falsos elogios, falsas alianças, e até elementos infiltrados.
O presidente Mao estava certo quando dizia que não bastava apenas uma revolução proletária para eliminar a burguesia, mas, eliminar a burguesia infiltrada no partido.
Novamente a pergunta: O que vale mais a pena para a burguesia? Gastar milhões de dólares numa guerra contra o partido comunista, ou colocar no poder um governo “conciliador”, com uma falsa pitada esquerdista, mas que mantém vivo a essência do velho estado capitalista burocrático?
NOTAS:
[1]: Durante o VIº Congresso do Comintern, ocorrido em 1928, Stalin fez algumas afirmações como:“a social-democracia é objetivamente a ala moderada do fascismo”. Em outro texto afirmou: “O fascismo e a social-democrata são, não inimigos, mas gêmeos”.
Nas resoluções do VI Congresso podemos ler: “Segundo as exigências da conjuntura política a burguesia utiliza tanto métodos fascistas como as alianças com a social-democracia, no entanto não é estranho que esta, em particular em momentos críticos para o capitalismo, assuma feições fascistas. No transcurso de sua evolução a social-democracia revela tendências fascistas”.
[2]: Em 1929, em plena época da crise imperialista, a Alemanha passava por um período de recessão. Em Berlim, no dia primeiro de maio daquele ano, durante uma manifestação de trabalhadores sob o comando do Partido Comunista da Alemanha o governo social-democrata do chanceler Hermann Muller além de dizer que “o vermelho é igual marrom”, o chanceler social-democrata botou a polícia para reprimir os manifestantes, esse episódio ficou conhecido como “Maio Sangrento de Berlim”.
[3]: veja mais artigos do PCE-SR em: pukainti.blogspot.com
ELEIÇÃO NÃO! REVOLUÇÃO SIM!
ABAIXO AO OPORTUNISMO, VIVA O MAOÍSMO!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Da necessidade da Filosofia Brasileira
O Brasil tem extrema necessidade de cultivar seus próprios autores em Filosofia. Vejam um minicurso a respeito.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Viva a Nova Rússia! Viva Rafael Lusvarghi!
Sou a favor da autodeterminação da Nova Rússia, assim como pela autodeterminação de todos os povos. Essa causa é todos os democratas contra o governo neonazi e antissemita da Ucrânia.
Há um brasileiro lutando lá, Rafael Lusvarghi. Lusvarghi foi preso nas manifestações, foi PM e tem uma longa história de aventuras. Sua vida daria um romance...Rafael é meio tresloucado, já se disse nazista, mas a causa nobre o redime.
Na entrevista aqui, Cristiano Alves vai à Rússia e faz um bom trabalho entrevistando um ucraniano que luta pela Nova Rússia.
Há um brasileiro lutando lá, Rafael Lusvarghi. Lusvarghi foi preso nas manifestações, foi PM e tem uma longa história de aventuras. Sua vida daria um romance...Rafael é meio tresloucado, já se disse nazista, mas a causa nobre o redime.
Na entrevista aqui, Cristiano Alves vai à Rússia e faz um bom trabalho entrevistando um ucraniano que luta pela Nova Rússia.
Tenho várias diferenças com a forma de pensar de Cristiano Alves e Lusvarghi, que tendem a apoiar o nacionalismo russo como alternativa à dominação norte-americana. O nosso objetivo tem que ser um Brasil independente, não uma mudança de senhores.
Viva a Nova Rússia! Viva Rafael Lusvarghi!
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Três poemas de Mao Tsé Tung
Três Poemas do Pres. Mao em transcrição do Armando Rozário para O Rebate....
TRês Poemas do Presidente Mao e que tenho a felicidade de publicar. Armando Rozário, um dos mais conceituados Jornalista e Fotográfo, nasceu em Macau. É um dos mais assíduos colunista de O REBATE e meu amigo pessoal.
TRÊS POEMAS - Mao Tse Tung
I
ALTO é o céu, adejam nuvens,
Vejo patos selvagens buscando o Sul para além do horizonte.
Conto nos dedos --- 20.000 li de distância;
E dito para mim que não seremos herois se não atingirmos a Grande Muralha.
Agora, de pê, no pico mais elevado das Seis Montanhas,
O pavilhão ondulando ao vento ocidental,
Com esta longa corda nas mãos,
Pergunta-me quqndo será que amarraremos o monstro.
II
NO Exército Vermelho não havia ninguém que receasse as misérias da Longa Caminhada.
Olhávamos com desprêzo as milhares de picos, as dezenas de milhares de rios,
As Cinco Montanhas erguiam-se e tombavam como vagas que ondulam,
Os montes de Wuliang não passam de pequenos seixos verdes.
Quentes eram os precipícios abruptos quando o Dourado Rio de Areia corria pelo alto.
Frias eram as pontes de corrente de ferro que pendiam sôbre o Rio Tati.
Nas mil extensões nevadas da Montanha Min, felizes,
Vencido o último desfiladeiro, os Três Exércitos sorriem.
III
A paisagem do Norte está completamente
Envolvida por uma camada de mil li de gêlo
E dez mil li de turbilhões de neve.
Olhem de ambos os lados da Grande Muralha...
Agora só resta uma desolação imensa.
Nas calhas superiores e inferiores do Rio Amarelo
Não se pode mais ver correndo a água.
As montanhas são serpentes prateados que dançam,
As colinas, elefantes que brilham ao longo da planíce.
Anseio bater-me com os céus.
Na estação clara
A terra se mostra encantadora.
Môça de rosto queimado e vestes brancas,
Tal é o encanto dessas montanhas e dêsses rios.
Que incita inúmeras heróis a se baterem entre si pelo prazer de seguir em seu enlaço.
Os Imperadores Shi Huang e Wu Ti eram quase ignorantes,
Os Imperadores Tai Tsung e Tai Tsu não eram homens de sensibilidade,
Gêngis Cã sabia apenas retesar seu arco em direção das águias,
Tudo isso faz parte do passado --- agora sòmente há homens de coração.
O primeiro dêstes poemas foi escrito ao término da Grande Marcha, quando o Exército Vermelho perfez a ascensão da última das elevadas montanhas na estrada de Ien~. O "monstro" não se refere diretamente a Chiang Kai Chek ou aos japonêses: Mao Tse Tung explica a expressão dizendo fazer referência simplesmente "ao inimigo que habita entre nós". A forma do poema obedece aos moldes clássicos, sendo os versos escritos em cinco caracteres.
O segundo poema foi escrito pouco antes de sua chegada a Ienã e representa uma espécie de salmo em louvor da avançada dos exércitos vermelhos. A maioria dos nomes citados no poema refere-se a lugares onde foram travadas batalhas. Os "Três Exércitos" não dizem respeito às quatro armadas que participaram da Grande Marcha, mas trata-se de um têrmo técnico tão antigo quanto a Dinastia Chu, usado para descrever os exercitos dos impradores chineses. A expressão "Exercito Vermelho", no primeiro verso, é igualmente um têrmo arcaico, e seria de fácil compreensão nos tempos de Confúcio, quando tinha o significado de "a bela armada", sendo que a palavra "vermelho" na China e na Rússia tem uma acepção que evoca antes as idéias de alegria e beleza do que a de côr.
"A Neve", como é mais conhecido o terceiro poema, é uma espécie de relatório da situação da China, começando por uma evocação da paisagem chinesa, que se transforma em seguida numa bela e jovem camponesa, por quem os imperadores do passado e do presente sustentaram um guerra sem têrmo. O verso "Anseio bater-me com os céus" possui uma intraduzível majestade no idioma original, sem encerrar, contudo, nenhum orgulho da parte do poeta, que fala a proposito do avião, da paisagem e do povo, não de si próprio. No verso final, a flecha é disparada. Aí, a nota de grandeza autêntica se faz evidente e o nosso século reivindica em relação ao passado fica expresso claramente. Os críticos consideram "A Neve" 'um dos mais belos poemas da língua'.
Estes poemas foram traduzidos do chinês por Robert Payne. Não conseguindo obter essa tradução, elaboramos a nossa através da versão francesa de Janine Mitaud, feita sobre a inglêsa de Payne, mas que --- dizem --- foi mais feliz, - IVO BARROSO
Ref.: Revista SENHOR - Abril de 1959 - Rio de Janeiro Brasi, p 99.
TRÊS POEMAS - Mao Tse Tung
I
ALTO é o céu, adejam nuvens,
Vejo patos selvagens buscando o Sul para além do horizonte.
Conto nos dedos --- 20.000 li de distância;
E dito para mim que não seremos herois se não atingirmos a Grande Muralha.
Agora, de pê, no pico mais elevado das Seis Montanhas,
O pavilhão ondulando ao vento ocidental,
Com esta longa corda nas mãos,
Pergunta-me quqndo será que amarraremos o monstro.
II
NO Exército Vermelho não havia ninguém que receasse as misérias da Longa Caminhada.
Olhávamos com desprêzo as milhares de picos, as dezenas de milhares de rios,
As Cinco Montanhas erguiam-se e tombavam como vagas que ondulam,
Os montes de Wuliang não passam de pequenos seixos verdes.
Quentes eram os precipícios abruptos quando o Dourado Rio de Areia corria pelo alto.
Frias eram as pontes de corrente de ferro que pendiam sôbre o Rio Tati.
Nas mil extensões nevadas da Montanha Min, felizes,
Vencido o último desfiladeiro, os Três Exércitos sorriem.
III
A paisagem do Norte está completamente
Envolvida por uma camada de mil li de gêlo
E dez mil li de turbilhões de neve.
Olhem de ambos os lados da Grande Muralha...
Agora só resta uma desolação imensa.
Nas calhas superiores e inferiores do Rio Amarelo
Não se pode mais ver correndo a água.
As montanhas são serpentes prateados que dançam,
As colinas, elefantes que brilham ao longo da planíce.
Anseio bater-me com os céus.
Na estação clara
A terra se mostra encantadora.
Môça de rosto queimado e vestes brancas,
Tal é o encanto dessas montanhas e dêsses rios.
Que incita inúmeras heróis a se baterem entre si pelo prazer de seguir em seu enlaço.
Os Imperadores Shi Huang e Wu Ti eram quase ignorantes,
Os Imperadores Tai Tsung e Tai Tsu não eram homens de sensibilidade,
Gêngis Cã sabia apenas retesar seu arco em direção das águias,
Tudo isso faz parte do passado --- agora sòmente há homens de coração.
O primeiro dêstes poemas foi escrito ao término da Grande Marcha, quando o Exército Vermelho perfez a ascensão da última das elevadas montanhas na estrada de Ien~. O "monstro" não se refere diretamente a Chiang Kai Chek ou aos japonêses: Mao Tse Tung explica a expressão dizendo fazer referência simplesmente "ao inimigo que habita entre nós". A forma do poema obedece aos moldes clássicos, sendo os versos escritos em cinco caracteres.
O segundo poema foi escrito pouco antes de sua chegada a Ienã e representa uma espécie de salmo em louvor da avançada dos exércitos vermelhos. A maioria dos nomes citados no poema refere-se a lugares onde foram travadas batalhas. Os "Três Exércitos" não dizem respeito às quatro armadas que participaram da Grande Marcha, mas trata-se de um têrmo técnico tão antigo quanto a Dinastia Chu, usado para descrever os exercitos dos impradores chineses. A expressão "Exercito Vermelho", no primeiro verso, é igualmente um têrmo arcaico, e seria de fácil compreensão nos tempos de Confúcio, quando tinha o significado de "a bela armada", sendo que a palavra "vermelho" na China e na Rússia tem uma acepção que evoca antes as idéias de alegria e beleza do que a de côr.
"A Neve", como é mais conhecido o terceiro poema, é uma espécie de relatório da situação da China, começando por uma evocação da paisagem chinesa, que se transforma em seguida numa bela e jovem camponesa, por quem os imperadores do passado e do presente sustentaram um guerra sem têrmo. O verso "Anseio bater-me com os céus" possui uma intraduzível majestade no idioma original, sem encerrar, contudo, nenhum orgulho da parte do poeta, que fala a proposito do avião, da paisagem e do povo, não de si próprio. No verso final, a flecha é disparada. Aí, a nota de grandeza autêntica se faz evidente e o nosso século reivindica em relação ao passado fica expresso claramente. Os críticos consideram "A Neve" 'um dos mais belos poemas da língua'.
Estes poemas foram traduzidos do chinês por Robert Payne. Não conseguindo obter essa tradução, elaboramos a nossa através da versão francesa de Janine Mitaud, feita sobre a inglêsa de Payne, mas que --- dizem --- foi mais feliz, - IVO BARROSO
Ref.: Revista SENHOR - Abril de 1959 - Rio de Janeiro Brasi, p 99.
Manifesto CPC/UNE-1962
(Carlos Estevam Martins)
“O que não é
declarado explicitamente pelo artista alienado é dito implicitamente pela obra
alienada. Querendo ou não , sabendo ou não , o artista se encontra sempre
diante de uma opção radical : ou atuar decidida e conscientemente, interferindo
na conformação e no destino do processo
social ou transformar-se na matéria passiva e amorfa sobre a qual se apoia este
mesmo processo par avançar” (apud 122)
“Para o artista
despolitizado a história da arte não constitui mais do que a história das
formas e dos problemas artísticos e a sucessão dos estilos é entendida como não
sendo mais que um simples jogo de pergunda e resposta (...) O que distingue os
artistas e intelectuais do CPC dos demais grupos e movimentos existentes no
país é a clara compreensão de que toda e
qualquer manifestação cultural só pode ser adequadamente compreendida quando
colocada sob a luz de suas relações com a base material sobre a qual se erigem os
processos culturais de superestrutura” (123)
“Se não fosse
possível à consciência o adiantar-se em relação ao ser social e converter-se ,
dentro de certa medida , em uma força modificadora do ser social, também não
seriam exequíveis nem a arte revolucionária nem o CPC” (123)
“Os artistas e
intelectuais brasileiros distribuem-se em geral por três alternativas
distintas: ou o conformismo de que acima falamos, ou o inconformismo ou a
atitude revolucionária consequente (...) A classe dominante , enfeixando em
suas mãos o poder material e político, não tem porque temer os arroubos
esporádicos, a revolta dispersiva , a insatisfação inconsequente que
caracteriza o comportamento dos inconformistas” (126)
“O CPC não
poderia nascer, nem se desenvolver e se expandir por todo o país senão como
momento de um árduo processo de ascensão das massas. Como orgão cultural do povo, não poderia
surgir antes mesmo que o próprio povo tivesse se constituido em personagem
histórico, não poderia preceder o movimento fundador e organizativo pelo qual
as massas se preparam para a conquista dos seus objetivos sociais (...) Isto
significa que o povo tendo lançado as bases de sua defesa material está agora
em condições de instituir o dispositivo que lhe permite resguardar e
desenvolver seus valores espirituais, sua consciência. O CPC á assim fruto da
própria iniciativa, da própria combatividade criadora do povo . Os membros do
CPC optaram por ser povo...” (127)
“Para os
artistas do CPC que tem no povo o público de sua opção o problema surge na
medida em que o povo não é uma entidade homogênea em sua composição uma vez que
dele faz parte não apenas a classe revolucionária mas também outras classes e
estratos sociais os mais diversos. Assim , via de regra, ocorre que o artista
do CPC embora pertencendo ao povo não pertença a classe revolucionária, senão
pelo espírito, pela adoção consciente da ideologia revolucionária. Os conflitos
que daí resultam não se atenuam quando se considera que o artista do CPC não
tem como público exclusivamente a classe revolucionária. De fato sua obrigação
é muito mais ampla pois ele deve dirigir-se a todos os setores do povo (...) o
artista deve ir munido do ponto de vista da classe revocionária e à sua luz
examinar aqueles problemas dando a eles soluções consetâneas com os interesses da classe revolcionária, os
quais , em última análise correspondem aos interesses gerais de toda a
sociedade”
O POVO E SUAS 3
ARTES
“A arte do povo
é predominantemente o produto das comunidades economicamente atrasadas e
floresce de preferência no meio rural ou
em áreas urbanas que ainda não atingiram as formas de vida que acompanham a
industrialização. O traço que melhor a define é que o artista não se distingue
da massa consumidora (...) Com efeito a arte do povo é tão desprovida de
qualidade artística e de pretensões culturais que nunca vai além de uma
tentativa tosca e desajeitada de exprimir fatos triviais dados à sensibilidade
mais embotada” (129)
“A arte popular
, por sua vez, é mais apurada e apresentando um grau de elaboração técnica
superior não consegue entretanto , atingir o nível de dignidade artística que a
credenciasse como experiência legítima no campo da arte, pois a finalidade que
a orienta é a de oferecer ao público um passatempo, uma ocupação inconsequente
para o lazer (...) produção em massa de obras convencionais cujo objetivo
supremo consiste em distrair o espectador em vez de formá-lo” (124)
“Tanto a arte do
povo, em sua ingênua inconsequência, quanto a arte popular , como arte da
distração vital, não podem ser aceitas pelo CPC como métodos válidos de comunicação
com as massas pois tais formas artísticas expressam o povo apenas em suas
manifestações fenomênicas, e não em sua essência”(124)
“Os artistas e
intelectuais do CPC escolheram outro caminho: a arte popular revolucionária
(...) Radical como é nossa arte revolucionária pretende ser popular quando se
identifica com a aspiração fundamental do povo, quando se une ao esforço
coletivo que visa darcumprimento ao projeto de existência do povo o qual não
poder ser outro senão o de deixar de ser povo tal como ele se apresenta na
sociedade de classes, ou seja , um povo que não dirige a sociedade da qual ele
é povo (...) Eis porque afirmamos que, em nosso país e em nossa época, fora da
arte política não há arte popular” (131)
“Os artistas e
intelecutais do CPC não sentem qualquer dificuldade em reconhecer o fato de
que, do ponto de vista forma, a arte ilustrada descortina para aqueles que a praticam as oportunidades mais ricas e
valiosas, mas consideram que a situacão não é a mesma quando se pensa em termos
de conteúdo (...) Com efeito, seria uma atitude acrítica e cientificamente
irresponsável negar a superioridade da arte de minorias sobre a arte das massas
no que se refere às possibilidades formais que ela encerra” (134)
MÉTODO E
PROCEDIMENTO DE CRIAÇÃO (p. 139/140)
Pesquisa formal
se desdobra em dois planos distintos:
“Por um lado ela
tem antes o caráter sociológico de levantamentodas regras e dos modelos, dos
símbolos e dos critérios de apreciação estética que se encontram em vigência na
consciência popular”
“Outra direção
em que se desdobra a pesquisa formal do artista revolucionário consiste no
trabalho constante de aferir os seus instrumentos a fim de que com eles poder
penetrar cada vez mais fundo na receptividade das massas. Certamente mais
rigorosas e implacáveis as regras que dirigem o processo de comunicação com as
massas do que aquelas que facilitam o entendimento com as elites”
“Entre os
argumentos daqueles que vem no CPC perigosa ameaça ao desenvolvimento
harmonioso e ascendente da arte brasileira, destaca-se a acusação de que arte
revolucionária , limitando-se em sua forma, limita-se implicitamente em seu
conteúdo. De fato trata-se de uma afirmação procedente embora seja de todo
ilícito concluir daí que o conteúdo de nossa arte por ser assim contido em sua
expansão seja inferior ao conteúdo da arte das elites. Ele é menor apenas em
relacão a si mesmo”
“A popularidade
de nossa arte consiste por isso em seu
poder de popularizar não a obra ou o artista que a produz, mais o indivíduo que
a recebe e em torna-lo, por fim, o autor politizado da pólis” (144)
(apud HOLLANDA, Heloisa B. Impressões de Viagem: CPC, Vanguarda e
Desbunde. São Paulo, Brasiliense, 1981, p.121-144)
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Quem será o dono da Padrão IX? Eu não sou eu, nem sou o outro...
Encontrei um texto muito interessante e que está postado no seguinte endereço. Vou recolher aqui apenas material já publicado na Folha de São Paulo e disponível na web. O suposto fundador da padrão IX, curiosamente, seria homônimo do prefeito de Bom Despacho. Num artigo publicado na Universidade de Columbia, ou seja, uma fonte medianamente confiável, sobre o uso de urnas eletrônicas em eleições, pode-se ler:
About the Author
Fernando Cabral studied Philosophy, Psychology, and Mathematics but ended up involved with C, UNIX, and networking. Five years ago he founded PADRAO iX, a consulting firm dedicated to connectivity and interoperability. He wears many hats, often playing the agent provocateur among mainframers, COBOLers, and MS-Windowers.
Fernando Cabral studied Philosophy, Psychology, and Mathematics but ended up involved with C, UNIX, and networking. Five years ago he founded PADRAO iX, a consulting firm dedicated to connectivity and interoperability. He wears many hats, often playing the agent provocateur among mainframers, COBOLers, and MS-Windowers.
Sobre o autor. Fernando Cabral estudou Filosofia, Psicologia e Matemática, mas acabou envolvido com C, Unix e Networking. Cinco anos atrás ele fundou a Padrão IX, uma firma de consultoria dedicada a conectividade e interoperatividade. Ele usa muitos chapéus, muitas vezes fazendo o papel de agente provocador entre programadores diversos (mainframers, colobers e ms-windowers).
O homônimo, diante da Universidade de Columbia, assume ser executivo da Padrão IX. Igualmente, ele escreve de Brasília. A empresa foi fundada, segundo ele mesmo, em 1990, em plena era Collor. O homônimo não acredita totalmente nas urnas eletrônicas:
New times, new ways to commit fraud. The computer introduced new potential and real ways to manipulate election results, such as a variation on the the
tip-of-the penscheme: simply alter the numbers during the transcription of the official ballot box results from paper to computer. The easiest way to do this without attracting too much attention is to turn blank or invalidated ballots into
validballots.
Novos tempos, novas formas de cometer fraude. O computador introduziu um novo potencial e novas formas de manipular resultados de eleições, como uma variação do esquema do bico de pena: simplesmente alterar os números durante a transcrição da caixa oficial dos resultados do papel para o computador. A forma mais fácil de fazer isso sem atrair muita atenção seria tornar os votos nulos em votos "válidos".
Adorei saber isso, amigo! Principalmente vindo de alguém politizado. Ele acredita que em 1994 teve gente pondo em prática a fraude.
The election was marred by widespread fraud in Rio de Janeiro. But the automation helped detect it, allowed its extent to be assessed, and prompted measures to avoid it in round two. The time saved by the network was more than 75% in most states, the big exception being Rio, where bandits blocked entry of votes into the system (where they could not be altered) until after the ballots were forged.
As eleições foram marcadas por uma fraude generalizada no Rio de Janeiro. Mas a automação ajudou a detectá-la, permitiu sua extensão ser acessada e prontamente tomar medidas para evitá-la no segundo turno. O tempo economizado pelo sistema foi mais de 75% em muitos estados, com a exceção do Rio, em que bandidos bloquearam a entrada de votos no sistema (onde elas não poderiam ser alteradas) até que posteriormente os votos fossem alterados.
Adorei saber, amigão, então Brizola estava certo? As urnas eletrônicas já foram objeto de fraude? Nunca soube desse caso no Rio em 94. E que bandidos eram esses, interessados em forjar resultados de eleições? Eu adoraria saber. Estariam a soldo da classe política?
Há muitas outras coincidências. O homônimo aparece num artigo da Folha de São Paulo como sendo dono da empresa. Nesse momento, em 2000, ela seria então objeto de um escândalo de corrupção. O homônimo não foi encontrado para falar. Essa postagem abaixo, datada de 2007, também reitera o escândalo de corrupção em que o homônimo se envolveu. GENTE, CUIDADO COM HOMÔNIMOS!!!
Vejamos:
Gente,
Para conhecimento de todos, logo abaixo, a coluna, de hj, na Convergência Digital de Luís Queiroz. Merece, "carece" resposta??? Na minha frente, Mazoni disse para Queiroz que as licenças valem até meiados do próximo ano, portanto não há necessidade de nenhuma compra agora. A confirmar esta informação, pra que fazer compras agora, a quem isto serve, etc, etc, etc e tal. Afe Maria !!!! Abs, Ada
Há meses, o mercado aguarda uma solução para o impasse criado dentro da Receita Federal com relação à licitação, voltada para a aquisição de 40 mil licenças do Office da Microsoft. Os defensores do software livre travaram o processo de compra dentro do governo, e o caso foi parar no Tribunal de Contas da União. Tenho sérias dúvidas se o sujeito que está oculto nesta ação movida no TCU - que não necessariamente é o autor que se apresentou - agiu por verdadeira "militância" em favor do Pingüim ou se tudo não passa de uma grande e competente jogada comercial. Há indícios nesta direção. Vejam se estou enganado. Após o bate-e-rebate das argumentações técnicas que culminaram com a suspensão, o edital da Receita Federal foi parar na 2ª Secex, do Tribunal de Contas da União. A partir daí começaram a surgir várias "coincidências", que me levam a crer que a Microsoft corre sério risco de não ter um julgamento justo dentro do TCU. O processo será analisado pelo Auditor, Fernando Cabral, um programador de mão-cheia em plataforma C e Unix. Nada demais essa especialização. Podem até argumentar que "melhor que seja um técnico de informática e conheça bem os sistemas para dar um parecer isento no TCU". O que me preocupa é que Fernando Cabral está longe de ser a pessoa ideal para dar esse parecer isento, desprovido de qualquer dúvida futura. O Auditor, além de especialista em programação e grande ideólogo do uso de programas de código aberto, foi dono da empresa "Padrão IX Informática e Sistemas Abertos Ltda" - umas das líderes em soluções na plataforma do "Pingüim" (www.pix.com.br ), com vários contratos dentro do governo federal e em tribunais superiores. Inclusive no próprio TCU. Esse novo personagem desequilibra a discussão técnica e administrativa que vinha ocorrendo dentro do governo. Sua presença nessa disputa que ocorre na Receita Federal corre o risco de ser taxada de manobra, com velados interesses comerciais. Melhor seria que o próprio Fernando se declarasse "impedido" para participar da apuração do caso na 2ª Secex. O relator do processo, ministro Valmir Campelo, precisa avaliar esta situação. Antes que alguém me acuse de estar sendo parcial ou, até mesmo, irresponsável, afirmo que apenas estou mostrando que há coincidências demais neste episódio. Estou simplesmente seguindo a lógica de Sérgio Amadeu - o ícone máximo do movimento do software livre brasileiro. Ele criticou em seu Blog, no dia 29 de agosto, a licitação na Receita Federal e afirmou categoricamente: "Não é por menos que a M$ tem um escritório de lobby em Brasília que conta com ex-funcionários públicos". Por esse prisma, Fernando Cabral seria exatamente o quê para as revendas Linux dentro do TCU? *Mera coincidência 1* A empresa Padrão IX, criada por Fernando Cabral, virou um apêndice da Policentro Informática, que comprou o seu controle societário. Foi alvo de um grande escândalo ocorrido, em 2000, no Serpro, quando a estatal era presidida por Sérgio Otero Ribeiro, que logo depois despencou do cargo. Por trás dessa confusão tinha o chamado "esquema EJ". E mais não falo porque todos já sabem o que ocorreu, né? *Mera coincidência 2* Apesar dos pesares, mesmo envolvida num escândalo na estatal, a Padrão IX não perdeu contratos no Serpro. No dia 26 de junho deste ano, por exemplo, recebeu uma bolada de R$ 5,3 milhões. No dia 29 de junho, mais R$ 120 mil. E para fechar o ano com "chave de ouro", ganhou mais R$ 567 mil. E quem sabe não vem por aí, mais algum jabuti parrudo de fim de orçamento né? *Mera coincidência 3* Marcos Mazoni, que foi um dos responsáveis diretos por travar a licitação de compra de Office na Receita Federal, esteve perambulando pelo Trbunal de Contas da União para tratar do assunto. Ele assumiu a presidência do Serpro, no dia 30 de maio deste ano. E 26 dias depois, assinou o primeiro pagamento da "Padrão IX". *Lá é Microsoft* Cuirosamente, o próprio TCU - que julgará a compra de Office na Receita Federal - acaba de abraçar a plataforma Microsoft. Adquiriu pelo processo TC-017.068/2007-0, nada menos do que 3.000 licenças de MS Office Professional Plus 2007. Por sinal, os mesmos condenados na "alaranjada" representação contra a Receita. E já estão em pleno uso nas estações de trabalho do TCU. Ninguém do "mundo livre" foi lá criticar. Preferiram o velho ditado: "Em casa de inhambú, jacu não entra". *Adeus, ano velho* Sem poder licitar a compra de aplicativos, sejam Microsoft ou Linux, a Receita Federal corre o risco de perder no próximo dia 15 a possibilidade de empenhar a verba que dispõe para pagamento do fornecedor. Depois dessa data, nada mais será pago pelo governo. A Receita terá de voltar a pedir dinheiro no Orçamento do ano que vem. Quem lucra é o povo do "superávit primário", que adora essas confusões na área de TI do governo. *"Espírito natalino"* O Serpro contratou a empresa Digidata Consultoria por R$ 1,4 milhão. Velha parceira de Marcos Mazoni, quando ele ainda era presidente da Celepar, a Digidata ganhou o serviço sem licitação, na base de acordo emergencial. A justificativa do Diretor Nivaldo Venâncio da Cunha, ratificada por Mazoni, é bem interessante: "Efetuar a digitação de documentos de sistemas estratégicos". Se fossem tão "estratégicos" assim, deveriam ter pensado mais cedo na compra do serviço, com disputa de preços né? O contrato com a Digidata vai até maio de 2008. *Em tempo: Méritos para Claudio Humberto, que pescou o contrato. Só fiz checar quem era a felizarda. *Telecentros* Agora vai. O Ministério das Comuncações publicou na sexta-feira (30/11), o resultado do pregão que definiu a Positivo Informática como vencedora na disputa para fornecimento de 5.400 kits de telecentros de inclusão digital. Contratos deverão ser assinados imediatamente pelo ministério, para que o empenho dos recursos ao orçamento de 2008 seja garantido, até o próximo dia 15. A Positivo fornecerá todos os equipamentos de informática ao custo de R$ 87 milhões. *É hoje!!!* Estarei assistindo palestra de José Salinas - Vice-Presidente de Tecnologia da Informação e Logística do Banco do Brasil - na VI Conferência Internacional de Integração de Sistemas. Ele vai falar sobre o tema: "TI e Aprendizagem Organizacional". Que Santa Maria do Bom Texto me ajude a produzir uma matéria relevante para o *Convergência Digital*.
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