domingo, 1 de fevereiro de 2015

Apoiem a reconstrução do partido comunista do Cambodja


Felipe: para vc que perguntou se eu apoio Pol Pot. Sim, creio que ele cometeu alguns erros, mas é bastante difícil coordenar, por exemplo, o sistema prisional, evitando abusos. O PCK está sendo reconstituído no Cambodja. Apoie.



O que é o PCK? É sigla para Partido Comunista da Kampuchea. Este heroico partido foi resposável pela organização das massas onde hoje é a atual monarquia do Camboja para lutarem contra os invasores americanos, a ditadura militar recém-instaurada no país e pela instauração de um novo poder, poder popular e democrático.


O PCK exerceu uma poderosa luta contra a imposição do revisionismo soviético defendido pelo Partido do Trabalho do Vietnã, especialmente a partir de 1960. A segunda fase da luta foi para consolidar o trabalho entre as massas do campo e os trabalhadores das zonas urbanas, sendo que a partir de 1966 iniciou-se uma fase de preparação para a guerra popular, que finalmente iniciou dois anos depois, em 1968. Rapidamente eles conquistaram terreno e grande apoio das massas do Camboja e do proletariado internacional, sendo que em 1970 o braço armado do PCK, o Exército Revolucionário da Kampuchea estava atacando as proximidades da capital do país, Phnom Penh.

A vitória final veio em 17 de abril de 1975, quando a ditadura militar de Lon Nol acabou desmantelada, Lon Nol e seus mais chegados fugiram para o Havaí enquanto que os demais se renderam à ofensiva popular que havia conquistado a capital Cambojana, uma semana antes dos vietnamitas conquistarem Saigon antiga capital do Vietnã do Sul que hoje em dia se chama Ho Chi Minh.

Por quase 4 anos o Partido Comunista da Kampuchea governou o Camboja, ou melhor Kampuchea Democrática, nome adotado após a revolução, tendo como primeiro-ministro Pol Pot e Khieu Samphan como presidente. Em um curto espaço de tempo houve certo avanço no país, as linhas férreas e a produção de alimento dispararam, sobrou tanto arroz que foi possível trocar os excedentes por maquinário, remédios, combustíveis e ferramentas, vindos de diversos países domo Tailândia, Romênia, China, Coréia do Norte e Iugoslávia.

Infelizmente o Vietnã recém-libertado, agindo em seu próprio interesse expansionista e sob os interesses do social-imperialismo soviético, atacou o país no final de 1978, tomando finalmente o país no começo de 1979. Isto provocou uma grande tragédia, com a invasão vietnamita, pelo menos 500 mil pessoas morreram, a produção de alimentos, sistemas de irrigação e muitos edifícios novos foram bombardeados, o que jogou o
país numa crise que os invasores vietnamitas jamais puderam resolver. 

O povo cambojano sempre esteve ao lado dos seus verdadeiros defensores, o Partido, o Exército Popular e o povo seguiu lutando nas selvas e instalaram um governo provisório em Pailin, fronteira com a Tailândia. A luta seguiu firme e forte contra o governo fantoche imposto pelos vietnamitas. Em pouco mais de 10 anos, o governo fantoche caiu, governo que jamais conseguiu deter a fúria revolucionária dos mais de 20 mil combatentes do Exército da Kampuchea Democrática que lutavam
em 1991.

Com o retorno da podre monarquia, que outrora fora aliada do Khmer Vermelho, a luta passou por um processo de enfraquecimento, o governo fez ofertas e muitos combatentes e seus líderes fracos se entregaram em troca de mera anistia e cargos militares. A luta interna entre revolucionários e capituladores também agilizou o processo de desmantelamento das forças revolucionárias no Camboja no final dos anos 90, especialmente com a morte de Pol Pot em 1998.

Segundo informa a mídia burguesa, os remanescentes entregaram as armas em 1999, porém, todo o mundo tem ouvido apenas o lado da história contada pelos norte-americanos e seus capachos, e isto foi feito de uma forma tão bem elaborada que ofuscou toda a verdade, o que aconteceu de fato naqueles anos, que diz a mídia anticomunista, terem sido anos sombrios. 

E com o apoio dos remanescentes, e dos novos cambojanos, estamos apoiando o processo de reconstituição das ferramentas essenciais para a reconstrução do poder popular no Camboja. Estaremos aqui, sempre defendendo a verdade e publicaremos material que comprove a falsidade dos "fatos" apresentados pelas comissões organizadas por anticomunistas internacionais e violadores de direitos humanos encabeçados pelas potências imperialistas. 



4 comentários:

Roni disse...

Consegui achar o link da noticia sobre o Pol Pot. http://folhamarxista.blogspot.com.br/2015/01/sobre-pol-pot-seus-objetivos-e-sua-luta.html?m=1

Revistacidadesol disse...

ótima matéria essa. Vou até fazer um linque.
Abs do Lúcio para vc, Roni.

Roni disse...

Eu achei interessante o fato de que, um país de prática revisionista como a Iugoslávia, conseguiu apoiar Pol Pot na luta contra o imperialismo americano e contra a invasão dos vietnamitas coordenados pela União Soviética. Dessa vez Jozip Tito foi sábio.

Anônimo disse...

Que ótimo. Enquanto na Polônia, Ucrânia, Moldávia, essa porcaria é proibida, no 'desenvolvido' Cambodja tentam ressuscitar. Atraso, atraso...