É 1968
sou um realista mágico
vejo os adoradores de Che
vejo o homem de cor
forçado a aceitar
violência
vejo os pacifistas
desesperarem
e aceitarem a violência
vejo tudo tudo tudo
corrompido
pelas vibrações
as vibrações da violência da civilização
que estão despedançando
nosso único mundo (...).
Queremos
agredi-los
com santidade
queremos
fazê-los levitar
com júbilo
queremos
abri-los
com vasos de amor
quremos
vestir os desgraçados
com linho e luz
queremos
pôr música e verdade
em nossa roupa de baixo
queremos
fazer a terra e as cidades refulgirem
de criação
nós a tornaremos
irresistível
até para os racistas
(...)
Queremos transformar
o caráter demoníaco de nossos adversários
em glória produtiva
(Paradise Now, International Times, 12-15 de julho de 1968)
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