O artigo do Antonio Cicero abaixo me obriga a defender a burca!
Claro que ela é um símbolo religioso. Sarkozy, o semiólogo gaullista-bushista quer dar a ela um significado de opressão, de subserviência e quer libertar as mulheres proibindo-as de usar uma roupa.
Vou fazer a semiologia do nariz do Sarkozy, se for assim. Nariz de Pinocchio.
Proibir para permitir. Libertar através do banimento. O que acontecerá com quem insistir em usar? Será preso? Expulso da França? Guilhotinado?
Sou contra a extração do clitóris, sim. Mas essa proibição do véu e da burca, ao meu ver, são parte do projeto de poder do Ocidente que é vendida como império da razão, da liberdade, da laicidade. Foucault, ao contrário do que escrevem Calligaris e Antonio Cícero, foi coerente ao ver mudanças no Irã.
Se o Estado desestimulasse, fazendo uma campanha contra a pirataria, por exemplo, ainda vai. Mas a proibição que Sarkozy impôs à troca de músicas na web, por exemplo, é a volta da postura autoritária do Estado na vida privada. É isso que representa Sarkozy. Fora o lobby Carla Bruni, claro.
3 comentários:
Sarkozy é um canalha... traveco é oq mais tem aqui, Lúcio (vc vai gostar se for do ramo... haha)
Sim, o Vilela
num concerto-peça do Stravinsky
Lùcio,tinha lido o artigo do Antônio Cícero.Acho que esse assunto é muito mais complexo do que imaginamos.A princípio(e por princípio)sou contra também,Sempre tive horror á burca e ao chador.Mas é preciso mais deiscussão,sem emocionalismos inúteis.Abraço.
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