segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cena II de O Homem e o Cavalo

Cena II

Os mesmos e o poeta-soldado-garanhão.

(Imagens ao fundo mostram a guerra do Iraque, atentados no Afeganistão, golpe em Honduras, etc.)

O Poeta-Soldado (entrando inesperadamente, com um microfone e terno de apresentador de auditório): --Meu, eu quero regenerar a humanidade! Quero restaurar a guerra e o sentido da guerra. Única higiene do mundo. (Para as 4 garças). Vocês estão apoiando Moshavi no Irã? Esperando marido aqui no céu! Quero que vocês trabalhem sob o signo sangrento dos generais da Guiné Bissau, de Myammar, de Honduras! Façam pomadas mercuriais para meus heróis e deixem dessa de ONU!


As quatro: Nós temos mais que fazer!

Malvina: Deus nos livre! Mulher não deve trabalhar!

Etelvina: só na horizontal, em horas cômodas!

O Poeta-soldado: Quero vocês na cama grande, vadias! Vivem tomando chá e lendo Proust! Desempregadas do Obama! Vão fazer trancinha na Michelle Obama, desempregadas! Venham se preparar para lutar no Iraque, no Afeganistão! No jogo perigoso das bombas nucleares! Jurar bandeira diante da Star Spangled Banner em Woodstock! Lembrai-vos de vossas tias, as Amazonas de Mattogrosso! Lembrai-vos de Philip Glass! (Toca Wagner ao fundo). Da vossa avó, Sandra D´Arc! De Pacheco, do Vampiro de Curitiba, de George Bush e suas armas químicas falsas! Amamentem os Osamas, os Saddam Husseins! Amamentem uns quinze terroristas em Guantánamo!

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