Gerald Thomas fala sobre a matança de baleias e golfinhos; Affonso Romano (que provavelmente apoiaria o piche de Gullar contra Habacuc, mas enfim) comenta, em crônica no Estado de Minas, a montagem de Aderbal Freire para Moby Dick, de Melville.
Alguns trechos da crônica:
"Estou me lembrando do filme dirigido por John Huston, há décadas, sobre essa estória. Começavam com Orson Welles fazendo aquele sermão do padre, recontando a história de Jonas. E terminava com Gregory Peck -- o capitão Ahab arrastado pela gigantesca baleia depois de ter nela jogado inutilmente todos os arpões de sua fúria. Como fazer isso no teatro?"
"O espetáculo levanta velas, as âncoras saem do real para a sentida alucinação e, de repente, tudo é mar, tudo é texto. Entre tantas invenções da direção, aquela de botar os marinheiros com livros na mão, livros que ondulavam, ancoravam, flutuavam mostrando que a viagem teatral/literária é dupla e una. Você já tinha tido alucinações parecidas, Aderbal, quando encenou fantasticamente o surrealista Campos de Carvalho (O Púcaro Búlgaro).
"Meu oponente é um anjo cruel" Isaac Singer, citado por Affonso.
"Há parentescos e diferenças com O Velho e Mar, do Hemingway".
"Se navegar é preciso, escrever, nem se fala".
"Lá vai o navio Pequod em meio a borrascas, lá vai a tripulação como num navio fantasma, procurando a alucinada e inapreensível baleia".
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