A Paz e Terra está reeditando vários volumes de Eric Hobsbwan. Nada como um pouco de estrutura para mover a superestrutura! Matéria do João Paulo no Estado de Minas:
"Há um consenso paradoxal no mundo da inteligência: com a mesma força que se decreta a morte do marxismo se afirma a importância da obra de Eric Hobsbwan, marxista convicto e atuante aos 92 anos" Estado de Minas, Caderno Pensar, 23 de agosto, p. 3.
Vou te dizer como é que se resolve o paradoxo, João: ele apoiava a tal terceira via de Bill Pinton e Tony Blefe, nos anos 90!
Eu li alguns capítulos da Era dos Extremos. Uma colega da faculdade, que também lia, observou e disse: "ele é quase neoliberal". Concordo. Taí a razão de tamanho consenso. Agrada aos neoliberais e aos que não são com esse "quase".
Comecei a ler, por hobby, Nações e Nacionalismo. Lá pelas tantas, ele elogia Karl Kautsky. Mas sem dizer que Kautsky escreveu também absurdos tal como a previsão de que os checos iriam falar alemão no futuro. Como subproduto da social-patriotada, apoiou Hitler em 1933, que achava mal menor que o stalinismo. Que furada! E o historiador da terceira via deixa passar tudo isso em brancas nuvens. Ah, não, Hobsbawn por hobby, não, só por obrigação, agora.
Um comentário:
Lúcio,você acha que o Hobsbawn é 'quase neo-liberal'.Não concordo mesmo.Achou que ele é mais 'um marxista inglês',ao estilo pragmático da new left dos anos 30.Abração.
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