Carnaval em Diamantina
“O poeta cairá morto após o carnaval”,
Disse o poeta, ressuscitando.
É sempre bom lembrar que o último da família
Foi comido pelas formigas,
Que um copo vazio está cheio de ar.
O encontro tardo-industrial entre o artesanato de Ulisses &
Jotaká petryfykado na eskyna,
O sorriso congelado para sempre.
O PFL no poder mata qualquer poesia.
As entranhas da Axé Music apodrecem
Em praça pública.
Os Udenystas Katólykos, sebastyanystas de esquerda
Marxystas sovyétikos que fervilham todos dentro de mim,
Nunca estão em paz!
A morte da história me arranca um pedaço.
A morte das ideologias faz explodir meu coração.
A TV rumina o lyxo.
O aborto dos sonhos foi em 89.
Meu amor me espera sem uma orelha,
Mas com confete & serpentina.
No carnaval de massas
De Diamantina.
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