Um observatório da imprensa para a cidade de Bom Despacho e os arquivos do blog Penetrália
quarta-feira, 31 de março de 2010
Os Anjos Mortos (Rafael Alberti)
LOS ÁNGELES MUERTOS
Buscad, buscadlos:
en el insomnio de las cañerías olvidadas,
en los cauces interrumpidos por el silencio de las basuras.
No lejos de los charcos incapaces de guardar una nube,
unos ojos perdidos,
una sortija rota
o una estrella pisoteada.
Porque yo los he visto:
en esos escombros momentáneos que aparecen en las neblinas.
Porque yo los he tocado:
en el destierro de un ladrillo difunto,
venido a la nada desde una torre o un carro.
Nunca más allá de las chimeneas que se derrumban,
ni de esas hojas tenaces que se estampan en los zapatos.
En todo esto.
Más en esas astillas vagabundas que se consumen sin fuego,
en esas ausencias hundidas que sufren los muebles desvencijados,
no a mucha distancia de los nombres y signos que se enfrían en las paredes.
Buscad, buscadlos:
debajo de la gota de cera que sepulta la palabra de un libro
o la firma de uno de esos rincones de cartas
que trae rodando el polvo.
Cerca del casco perdido de una botella,
de una suela extraviada en la nieve,
de una navaja de afeitar abandonada al borde de un precipicio.
Um Poema da Colômbia (do blog Bitácora del Párvulo)
Y ahora qué más da;
Si nos hemos quedado solos,
que nos invadan sería lo mejor.
Sería una bendición para nuestra tierra
que rodeen nuestras fronteras
y que nos invadan nuestros
hermanos latinoamericanos.
Que nos invadan los ecuatorianos,
tal vez así volvamos a tener
de tierno maíz el corazón que perdimos.
¡Que nos invadan los cubanos!
Para que nuestros niños
se eduquen gratuitamente
y no mueran en las puertas
de los hospitales privados.
Que venga lo mejor de nuestra América.
Que venga un contingente
de garotas brasileras
que nos hagan el amor hasta
perder la leve fuerza que se necesita
para apretar un gatillo.
Sería lo mejor para Colombia
una invasión brasilera a gran escala;
De pronto así, algún día,
ganemos un mundial de fútbol.
Necesitamos urgentemente
una invasión venezolana,
para volver a decir
las cosas con claridad,
con franqueza, sin santanderismos,
con elocuencia bolivariana.
Se requiere con urgencia
Una invasión boliviana,
que nos quite esa vergüenza
de ser indios; esa vergüenza,
que nos condena eternamente
al peor de los subdesarrollos.
Reclamo con ansias la invasión
de tropas de piqueteros argentinos,
de madres y abuelas de plaza,
que nos cuenten historias
en donde podamos reconocer
en nuestras propias historias.
Que vengan tropas españolas y chilenas,
a contarnos como se pudre el corazón
de una patria fascista.
Que Vengan los uruguayos
con sus mates amargos
a contarnos la milonga dulzona
y triste de sus desaparecidos.
Que vengan todos los hermanos
del mundo a esta tierra olvidada
a hacernos entender que nuestro
país no es el mejor país del mundo,
porque es una patria injusta.
Que Colombia es pasión...
y muerte.
Ojala nos invadan la batucada festiva
que acabe con nuestro luto,
que acabe con este silencio que aturde.
Estamos solos, a la derecha del mapa.
Sólo nos acompaña nuestro buen amigo
el que invadió el país de las mil y una noches.
Lizardi Carvajal
Neogranadino
Poema sobre Gaza
Gaza
Cansei de percorrer
com olhos secos
manchetes explosivas.
Bombas
mísseis
em mãos poderosas.
Impossível negar
inocentes & pacíficos
sendo devastados
apenas por não serem
o povo escolhido.
Heróicos prosseguem
na resistência.
Contra a infantaria
a Intifada
contra a beligerância high-tech
os artefatos obsoletos.
E o mundo assiste
ao massacre
com diplomacia & protestos de Paz...
do Ricardo Manieiri, um boa dica de blog poético: manieiri.blogspot.com
Cansei de percorrer
com olhos secos
manchetes explosivas.
Bombas
mísseis
em mãos poderosas.
Impossível negar
inocentes & pacíficos
sendo devastados
apenas por não serem
o povo escolhido.
Heróicos prosseguem
na resistência.
Contra a infantaria
a Intifada
contra a beligerância high-tech
os artefatos obsoletos.
E o mundo assiste
ao massacre
com diplomacia & protestos de Paz...
do Ricardo Manieiri, um boa dica de blog poético: manieiri.blogspot.com
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terça-feira, 30 de março de 2010
E por falar em sexo, quem anda me comendo...
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
Um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá para cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando
(Viviane Mosé, na primeira edição do livro Pensamento Chão, poemas em prosa e verso).
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
Um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá para cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando
(Viviane Mosé, na primeira edição do livro Pensamento Chão, poemas em prosa e verso).
domingo, 28 de março de 2010
Os Famosos e os Duendes da Morte
Esse filme dirigido por Esmir Filho é baseado no livro de Ismael Caneppele, que antes de estrear como romancista foi ator e fez teatro com Gerald Thomas. O filme parece bastante autoral e irá estrear dia 2 de abril nos cinemas. Trata-se de um romance de formação ao estilo de O Apanhador no Campo de Centeio, falando da ida de um rapaz, fã de Bob Dylan, para São Paulo, saindo de sua pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul. Na medida em que a narrativa prossegue, ela vai se tornando surrealista, como disse Mariana Peixoto no artigo do caderno Pensar do EM e intitulado Emoções em Rede, um artigo sobre o livro, editado pela Iluminuras. A internet possui um importante papel na narrativa, o que me interessou bastante. Achei um blog do Ismael Canappele: http://manifestosilencio.blogspot.com/
Vale a visita.
Vale a visita.
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os famosos e os duendes da morte
Carta ao Emídio sobre o Vampiro
Oi, Henrique. Olha: respondendo à sua pergunta, eu suponho que o "Vamp" seja um nickname do Luiz Damasceno, diretor teatral curitibano, mas é só suposição. Suponho isso a partir da leitura dos textos no almost complete works do Gerald e de entrevistas, onde ele se refere ao Damasceno de uma forma semelhante àquele se dirige ao Vamp no blog. No mais, acho que ele não é Reinaldo Azevedo, não. Mas é leitor fanático do Azevedo e pasticha seu estilo, isso sim. O Vamp é um cara que gostaria que Lula lesse A Insustentável Leveza do Ser e pusesse o insustentável ser que é o terrorista Battisti para fora, ou seja, ficasse igual ao Vamp, Globo, Berlusconi...só falta Bush. Agora já levou uma sapatada higiênica, mas Vamp, Diogo, Azevedo e Mainardi continuam uma política herdada do homem, que já é carta fora do baralho. A bola da vez é o Battisti.
Azevedo e Diogo Mainardi sustentam aquelas posições porque são jornalistas bem pagos, ou melhor, são a ponta de lança editorial da Veja. Senão não dariam a cara a tapas nem o pescoço ao cutelo daquele jeito. Gerald Thomas não é ponta de lança editorial do Ig...Talvez o Ig tenha trazido o Gerald, em primeiro devido ao inegável talento e inteligência, em segundo para desfazer e minorar a fama de "petista" com a qual o Azevedo e o Diogo tachavam o Ig. Gerald fez amizade com Azevedo, mas parece que brigou com a turma do Manhattan Connection, onde não teve uma boa experiência: foi atacado pelo público através da correspondência do programa, o que para ele foi traumático. Acho que ele continuou amigo do Nelson Mota, mas já afirmou que Mainardi é só pose e que os outros "morreram", Caio Blinder é um "judeu insuportável", etc.
Enfim, acho que Diogo e Azevedo, assim como Nassif e Paulo Henrique Amorim, não dão nenhum passo que não seja bastante calculado e pensando, é claro, na carreira. Quando Lula ameaçou ir aos quarenta anos da Veja, PHA e Nassif ameaçaram se rebelar. Lula aparentemente voltou atrás ou foi aconselhado a não ir. Na revista Piauí ele diz que é porque se conscientizou de que, se alguém te xinga, vc não deve ir à casa dele...tomara.
O blog do GT tinha o Vamp desde antes da briga com Reinaldo Azevedo, que teve lances terríveis, do Azevedo chamar o GT para "pagar um béqueti" e o GT responder argumentando que o boquete não deveria ser esse tabu que é para os heteros e Jesus Cristo pregava o amor. Nisso Olavo de Carvalho comentou que Gerald estaria pregando que Jesus fazia boquetes (claro que não com essas palavras). Isso está por aí pela web. Talvez o próprio GT não saiba disso. Parte do post do Azevedo contra o Gerald está nesse meu blog, basta procurar pelo Luís Nassif no blog.
Na mesma época, o Olavo de Carvalho polemizou com o Paulo Ghiraldelli, filósofo pragmatista, e o Ghiraldelli analisou que o problema era que "Olavo me quer como homem". O Olavo dizia, segundo o Paulo, que tinha visto a bunda dele e que ele fizera filme pornô. Estava se referindo, suponho, a uma certa semelhança física entre Ron Jeremy (ator pornô) e Paulo Ghiraldelli, que de fato existe. Procure no google images. Quando eu vi as fotos ri muito kkkk. Ghiraldelli também chama o Azevedo de burro e coloca uma imagem lá no site dele, no que diz respeito a comentários sobre Kant e o Capitão Nascimento. Para o Azevedo, o Nascimento seria um Kant rústico. E o Kant seria o Capitão Nascimento sofisticado? O artigo do Guiraldelli contra o Reinaldo vale a pena. É só não levar o Ghiraldelli muito a sério, ele é um show man como o Gerald, mas com menos talento. Ele é péssimo crítico de cinema brasileiro, por exemplo. Reproduz preconceitos dos anos 70 sobre a pornochanchada.
Ás vezes me dá medo o fato de que um militar de direita como o Pacheco possa estar fazendo a "ficha" da gente nesse blog, que seja um agente do serviço de informações disfarçado. Uma vez, eu estava numa lista de discussão bolivariana e teve um papo assim: "um de nós é agente" e logo expulsaram um cara que dizia que era "ni ni", nem Chávez nem oposição. Eu saí da lista logo depois, achei os caras (que se reuniam no centro cultural Vergueiro, em SP) muito neurados.
Um conselho: nunca fale sobre o Orkut para o Gerald. Lá tem um monte de comunidades sacanas, tipo "fulana olha onde o Gerald Thomas" e um perfil falso dele com uma foto do Bambi, fora comentários na comunidade do Paulo Francis que dizem: "quem era o mairo cheirador depois do Francis?" E tem o cara que respondeu: "Gerald Thomas e Hélio Oiticica" e por aí vai. O GT detesta. Eu também detestaria, se fosse ele...
No blog teve papos que eu nunca entendi bem, tal como a ruptura entre Gerald e Jorge Schweitzer (o taxista que o entrevistava no Rio) e a briga entre Gerald e Contrera (que foi através de quem eu conheci o blog do Gerald). Nem tampouco a ruptura com o John Hemingway, exceto pelo fato de que o Hemingway desce o pau no Obama e o Gerald chora quando fala nele. Pelo que entendi, a Opera H do Gerald com o John vai passar no Sesc em SP, mas nem sei quem a dirige, acho que é o Caetano Vilela. Eu conheço o Contrera de um encontro em SP há anos e ninguém mais, pessoalmente, nunca tive oportunidade, pois Bom Despacho, onde moro, é longe de São Paulo. Eu tentei conciliar ele e GT e acabei brigando com o Contrera, que é um católico chileno triste, azedo, beckettiano e cioraniano que o GT conseguiu fazer que produzisse peças teatrais com nomes como O Nascimento de um Palhaço, o que é um milagre, pois ele me pareceu muito pessimista e trágico para o Brasil e assim destinado a ser raté, mesmo.
Azevedo e Diogo Mainardi sustentam aquelas posições porque são jornalistas bem pagos, ou melhor, são a ponta de lança editorial da Veja. Senão não dariam a cara a tapas nem o pescoço ao cutelo daquele jeito. Gerald Thomas não é ponta de lança editorial do Ig...Talvez o Ig tenha trazido o Gerald, em primeiro devido ao inegável talento e inteligência, em segundo para desfazer e minorar a fama de "petista" com a qual o Azevedo e o Diogo tachavam o Ig. Gerald fez amizade com Azevedo, mas parece que brigou com a turma do Manhattan Connection, onde não teve uma boa experiência: foi atacado pelo público através da correspondência do programa, o que para ele foi traumático. Acho que ele continuou amigo do Nelson Mota, mas já afirmou que Mainardi é só pose e que os outros "morreram", Caio Blinder é um "judeu insuportável", etc.
Enfim, acho que Diogo e Azevedo, assim como Nassif e Paulo Henrique Amorim, não dão nenhum passo que não seja bastante calculado e pensando, é claro, na carreira. Quando Lula ameaçou ir aos quarenta anos da Veja, PHA e Nassif ameaçaram se rebelar. Lula aparentemente voltou atrás ou foi aconselhado a não ir. Na revista Piauí ele diz que é porque se conscientizou de que, se alguém te xinga, vc não deve ir à casa dele...tomara.
O blog do GT tinha o Vamp desde antes da briga com Reinaldo Azevedo, que teve lances terríveis, do Azevedo chamar o GT para "pagar um béqueti" e o GT responder argumentando que o boquete não deveria ser esse tabu que é para os heteros e Jesus Cristo pregava o amor. Nisso Olavo de Carvalho comentou que Gerald estaria pregando que Jesus fazia boquetes (claro que não com essas palavras). Isso está por aí pela web. Talvez o próprio GT não saiba disso. Parte do post do Azevedo contra o Gerald está nesse meu blog, basta procurar pelo Luís Nassif no blog.
Na mesma época, o Olavo de Carvalho polemizou com o Paulo Ghiraldelli, filósofo pragmatista, e o Ghiraldelli analisou que o problema era que "Olavo me quer como homem". O Olavo dizia, segundo o Paulo, que tinha visto a bunda dele e que ele fizera filme pornô. Estava se referindo, suponho, a uma certa semelhança física entre Ron Jeremy (ator pornô) e Paulo Ghiraldelli, que de fato existe. Procure no google images. Quando eu vi as fotos ri muito kkkk. Ghiraldelli também chama o Azevedo de burro e coloca uma imagem lá no site dele, no que diz respeito a comentários sobre Kant e o Capitão Nascimento. Para o Azevedo, o Nascimento seria um Kant rústico. E o Kant seria o Capitão Nascimento sofisticado? O artigo do Guiraldelli contra o Reinaldo vale a pena. É só não levar o Ghiraldelli muito a sério, ele é um show man como o Gerald, mas com menos talento. Ele é péssimo crítico de cinema brasileiro, por exemplo. Reproduz preconceitos dos anos 70 sobre a pornochanchada.
Ás vezes me dá medo o fato de que um militar de direita como o Pacheco possa estar fazendo a "ficha" da gente nesse blog, que seja um agente do serviço de informações disfarçado. Uma vez, eu estava numa lista de discussão bolivariana e teve um papo assim: "um de nós é agente" e logo expulsaram um cara que dizia que era "ni ni", nem Chávez nem oposição. Eu saí da lista logo depois, achei os caras (que se reuniam no centro cultural Vergueiro, em SP) muito neurados.
Um conselho: nunca fale sobre o Orkut para o Gerald. Lá tem um monte de comunidades sacanas, tipo "fulana olha onde o Gerald Thomas" e um perfil falso dele com uma foto do Bambi, fora comentários na comunidade do Paulo Francis que dizem: "quem era o mairo cheirador depois do Francis?" E tem o cara que respondeu: "Gerald Thomas e Hélio Oiticica" e por aí vai. O GT detesta. Eu também detestaria, se fosse ele...
No blog teve papos que eu nunca entendi bem, tal como a ruptura entre Gerald e Jorge Schweitzer (o taxista que o entrevistava no Rio) e a briga entre Gerald e Contrera (que foi através de quem eu conheci o blog do Gerald). Nem tampouco a ruptura com o John Hemingway, exceto pelo fato de que o Hemingway desce o pau no Obama e o Gerald chora quando fala nele. Pelo que entendi, a Opera H do Gerald com o John vai passar no Sesc em SP, mas nem sei quem a dirige, acho que é o Caetano Vilela. Eu conheço o Contrera de um encontro em SP há anos e ninguém mais, pessoalmente, nunca tive oportunidade, pois Bom Despacho, onde moro, é longe de São Paulo. Eu tentei conciliar ele e GT e acabei brigando com o Contrera, que é um católico chileno triste, azedo, beckettiano e cioraniano que o GT conseguiu fazer que produzisse peças teatrais com nomes como O Nascimento de um Palhaço, o que é um milagre, pois ele me pareceu muito pessimista e trágico para o Brasil e assim destinado a ser raté, mesmo.
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sábado, 27 de março de 2010
Post Papo: Comentários Aqui
Podem comentar aqui, galera. Vou providenciar assuntos polêmicos e sitemeter, etc.
sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Um Diário na web
Esse blog será, de agora em diante, para assuntos culturais, um diário na web. De vez em quando publicarei algo sobre a imprensa de Bom Despacho.
terça-feira, 23 de março de 2010
Fim de Partida
Oi, pessoal. Fim de partida! Esse blog já esteve "fechado para convidados" sem a minha autorização pelo menos duas vezes. Não suporto mais! Por enquanto irei me dedicar a outros projetos, mas abrirei outro e chamarei vocês. Podem continuar comentando abaixo, mas não irei postar mais por aqui.
Abraços do Lúcio Jr.
Abraços do Lúcio Jr.
quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Canção de Protesto de Bob Dylan: Uma Chuva Pesada Vai Cair
Pessoal: esse sim é protesto. Jimi Hendrix nem tanto, né? Essa canção falando da chuva que cai depois de uma bomba nuclear serve direitinho para as chuvas do aquecimento global. Dylan é genial...
Jornalismo de Resistência traz Experiência Hondurenha ao Debate no Brasil
do blog de Fabrício Estrada:
Periodismo de resistencia hondureño en Brasil
Periodismo de resistencia trae experiencia hondureña al debate en Brasil
Karol Assunção *
Adital -
Discutir los desafíos del periodismo de resistencia, es el objetivo que el Sindicato de Periodistas de Santa Catarina presenta, en la edición de este mes del Círculo de la Palabra, al periodista hondureño Rony Martínez, reportero de Radio Globo del país centroamericano. A partir de mañana (16) y hasta el día 22, Martínez discutirá -en diversos espacios- con estudiantes y profesionales de comunicación sobre la importancia y los desafíos de promover un periodismo de resistencia en los diferentes países.
La elección del periodista hondureño para debatir sobre soberanía comunicacional no fue a la ligera. Reportero de Radio Globo Honduras, Martínez vivió -y todavía vive- el periodismo de resistencia en el país centroamericano. Después del golpe de Estado que destituyó a Manuel Zelaya del poder, en junio del año pasado, la Radio asumió el desafío de resistir al gobierno de facto y dar voz a la población.
En la opinión de Elaine Tavares, miembro del Consejo Fiscal del Sindicato de Periodistas de Santa Catarina, el periodismo de resistencia representó la "punta de lanza en el proceso de resistencia del país". Para ella, la Radio Globo se destaca en esa área, pues, incluso siendo una radio comercial, enfrenta el golpe y garantiza que la población tenga voz. "Está al servicio de las mayorías", considera.
De acuerdo con Elaine, antes del 28 de junio, Radio Globo Honduras era "sólo una radio comercial más en el país", sin mucha audiencia (cerca del 30%, según la periodista), lo que cambió completamente después de asumir la postura de resistencia. Ella comenta que, después del golpe, la Radio pasó a ser una de las pocas emisoras que "decía la verdad". A fines del año pasado, ya tenía más del 80% de la audiencia. Esto porque, según Elaine, las personas comenzaron a darse cuenta de que la Radio no era igual a las otras, pues les daba voz a los hondureños y a las hondureñas.
Elaine cita el programa comandado por el periodista David Romero, que sale al aire a las 6h en la Radio, como ejemplo de espacio dedicado a la participación de los oyentes. En el programa, personas de varias partes del país revelan la situación de la resistencia, a diferencia de otras radios, que según la periodista, sólo muestran el lado de los "golpistas". "Es interesante porque, incluso siendo comercial, la Radio asume el riesgo [de resistir]. Tanto que fue cerrada dos veces por el Ejército", resalta.
Periodismo en Brasil
Además de compartir con estudiantes y profesionales de comunicación la experiencia vivida en estos casi nueve meses de golpe, las charlas de Martínez también tendrán el objetivo de incentivar la práctica del periodismo de resistencia en Brasil. En la opinión de la periodista Elaine Tavares, a pesar de que Brasil no pasa actualmente por una crisis política como en Honduras, necesita un periodismo de resistencia.
Para ella, la idea de este periodismo es justamente garantizar la visibilidad de la población. "Las personas comunes no participan en los grandes medios", comenta. De acuerdo con Elaine, los periodistas entran en los medios comerciales y no se esfuerzan -a veces no resisten- en dar voz a la población. A causa de ello, ella cree que el gran desafío ahora es "conseguir tocar el corazón de los periodistas".
La programación completa de las conferencias con Rony Martínez está disponible en el sitio web del Sindicato: http://www.sjsc.org.br
Traducción: Daniel Barrantes - barrantes.daniel@gmail.com
Periodismo de resistencia hondureño en Brasil
Periodismo de resistencia trae experiencia hondureña al debate en Brasil
Karol Assunção *
Adital -
Discutir los desafíos del periodismo de resistencia, es el objetivo que el Sindicato de Periodistas de Santa Catarina presenta, en la edición de este mes del Círculo de la Palabra, al periodista hondureño Rony Martínez, reportero de Radio Globo del país centroamericano. A partir de mañana (16) y hasta el día 22, Martínez discutirá -en diversos espacios- con estudiantes y profesionales de comunicación sobre la importancia y los desafíos de promover un periodismo de resistencia en los diferentes países.
La elección del periodista hondureño para debatir sobre soberanía comunicacional no fue a la ligera. Reportero de Radio Globo Honduras, Martínez vivió -y todavía vive- el periodismo de resistencia en el país centroamericano. Después del golpe de Estado que destituyó a Manuel Zelaya del poder, en junio del año pasado, la Radio asumió el desafío de resistir al gobierno de facto y dar voz a la población.
En la opinión de Elaine Tavares, miembro del Consejo Fiscal del Sindicato de Periodistas de Santa Catarina, el periodismo de resistencia representó la "punta de lanza en el proceso de resistencia del país". Para ella, la Radio Globo se destaca en esa área, pues, incluso siendo una radio comercial, enfrenta el golpe y garantiza que la población tenga voz. "Está al servicio de las mayorías", considera.
De acuerdo con Elaine, antes del 28 de junio, Radio Globo Honduras era "sólo una radio comercial más en el país", sin mucha audiencia (cerca del 30%, según la periodista), lo que cambió completamente después de asumir la postura de resistencia. Ella comenta que, después del golpe, la Radio pasó a ser una de las pocas emisoras que "decía la verdad". A fines del año pasado, ya tenía más del 80% de la audiencia. Esto porque, según Elaine, las personas comenzaron a darse cuenta de que la Radio no era igual a las otras, pues les daba voz a los hondureños y a las hondureñas.
Elaine cita el programa comandado por el periodista David Romero, que sale al aire a las 6h en la Radio, como ejemplo de espacio dedicado a la participación de los oyentes. En el programa, personas de varias partes del país revelan la situación de la resistencia, a diferencia de otras radios, que según la periodista, sólo muestran el lado de los "golpistas". "Es interesante porque, incluso siendo comercial, la Radio asume el riesgo [de resistir]. Tanto que fue cerrada dos veces por el Ejército", resalta.
Periodismo en Brasil
Además de compartir con estudiantes y profesionales de comunicación la experiencia vivida en estos casi nueve meses de golpe, las charlas de Martínez también tendrán el objetivo de incentivar la práctica del periodismo de resistencia en Brasil. En la opinión de la periodista Elaine Tavares, a pesar de que Brasil no pasa actualmente por una crisis política como en Honduras, necesita un periodismo de resistencia.
Para ella, la idea de este periodismo es justamente garantizar la visibilidad de la población. "Las personas comunes no participan en los grandes medios", comenta. De acuerdo con Elaine, los periodistas entran en los medios comerciales y no se esfuerzan -a veces no resisten- en dar voz a la población. A causa de ello, ella cree que el gran desafío ahora es "conseguir tocar el corazón de los periodistas".
La programación completa de las conferencias con Rony Martínez está disponible en el sitio web del Sindicato: http://www.sjsc.org.br
Traducción: Daniel Barrantes - barrantes.daniel@gmail.com
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Uma Fábula Tucana Sobre a Bosta!
Dica do blog do Marcelo Coelho:
Uma fábula do reino de Jambon
Roberto da Matta (Oesp)
Sexta, 03 de Março de 2010, 00h00
Com a devida vênia a Lima Barreto e François RabelaisUm alquimista descobriu como transformar merda em metais preciosos. Com isso, os habitantes de Jambon começaram a obrar ouro por fezes. Cada qual recolhia suas porcarias e comprava escravos, gado, automóveis de luxo, plantava cana e comia pernis regados a vinhos de boa cepa.A enorme obradeira virou imponente riqueza e globalizou-se. Pesquisas realizadas pelo Center for Shit Research da Universidade de Harvard e pelo Bureau de la Recherche de la Merde da Sorbonne constataram que, enquanto um bem alimentado milhardário americano ou um inteligentíssimo filosofo francês produziam um pobre cocô, qualquer cidadão (mas sobretudo os nobres e os políticos) de Jambon produzia um excremento de incomparável teor de riqueza. Para desconsolo de uma elite que sempre achou o nacional inferior, descobriu-se que não havia no mundo nenhum excremento superior ao de Jambon.A perspectiva de uma riqueza para todos - afinal, defecar é universal - promoveu, porém, controvérsia. Foi interpretada como uma "paradoxal contradição que liquidava a desigualdade". Desse modo, os entendidos em merda realizaram um plebiscito que estatizou a bosta. Ela foi centralizada numa grande estatal que controlava as ambições dos empresários e cuidava da porcaria dos pobres, impedindo-os de desperdiçar suas cagadas que, reunidas num fundo, eram distribuídas para todos como parte de um grande tesouro nacional. Com isso, o governo reiterava seu compromisso com a salvação da pátria e com a promoção do altruísmo. A borra, diziam, era coisa muito séria para ser explorada pela iniciativa privada. Um acirrado debate desembocou na campanha "a merda é nossa!" e o excremento, finalmente politizado, valorizado e devidamente indexado e quantificado, passou a ser o grande tema nacional.Criou-se o programa "Merda-nostra" e um superdisputado Ministério da Merda, governado por um irmão do próprio rei de Jambon, pois um cargo de tal responsabilidade só poderia ser ocupado por "alguém de confiança"! Institucionaliza-se o lema pátrio: "Cagar é a melhor política." Nacionaliza-se a bosta e, em seguida, o Comitê dos Sábios Nacionais separa por decreto o cagar do defecar. O primeiro era obra dos destituídos, o segundo seria uma exclusividade das classes superiores, dos que têm biografia e dos membros do partido, cujas fezes eram trocadas por títulos do Tesouro e, depois, cambiadas por ouro na Bolsa da Merda que, a essas alturas, apostava num extraordinário mercado futuro que iria redimir o país de todas as suas mazelas.Um amplo esquema de corrupção fecal, entretanto, insinuou-se nos intestinos do governo. Ele sustentava um clube de corruptos merdosos que enriquecia cada vez mais os administradores do excremento que, junto dos seus compadres, amigos e parentes, lucravam com a centralização da bosta nacional. Esse nepotismo de bosta jamais cessou, mesmo quando um novo governo implementava novos marcos exploratórios e critérios para a divisão das cotas do cocô entre os diversos ducados. Mas apesar de medidas distributivas, a merda continuava concentrada, como demonstrou empiricamente, por meio do "índice da kaca", um professor catedrático especializado em bosta da Universidade de Stanford, Veio então a "Crise da Bosta" quando outras nações conseguiram produzir industrialmente a imundície. Dilacerado por coalizões intestinas, Jambon assiste à falência do seu Estado que, àquelas alturas, já havia transformado todos os seus habitantes em clientes do bosta-governo. Usando seus tradicionais laços fisiológicos, os políticos aumentavam privada e legalmente o valor das cagadas. Uma hiperinflação excremental atinge o país, fazendo aquela economia de merda entrar na fossa. Muda-se o regime, congelam-se os preços das cagadas e os estoques de titica nacional. Jambon chega ao fundo da latrina. Gradual e lentamente, os cidadãos comuns, cognominados de "cagões", começaram a controlar a fedentina, retomando o usual, mas legalmente proibido, hábito de puxar a descarga. Chegou-se à conclusão de que era preciso limitar e punir a produção de merda e obrar mais responsavelmente. PS: Estou informado que esta continua sendo a grande discussão do Reino de Jambon. Enquanto isso, as pessoas vão levando suas vidas, comendo e descomendo o pão amargo de cada dia. Vez por outra tomam o choque de saber que crianças não têm escola porque o governo continua preocupado com o tamanho das latrinas, os empresários querem vender mais caro o papel higiênico e o povo, bem, o povo continua com uma insuportável dor de barriga.Nota final: Essa história me foi contada pelo Sebastião Azambuja (o Sabá) debaixo do testemunho do Emmanuel Plumbio Dias e eles não têm nada a ver com esta versão que - obviamente - não guarda nenhuma semelhança com países, fatos e pessoas vivas ou mortas, sendo inteiramente ficcional e fantasiosa.
Uma fábula do reino de Jambon
Roberto da Matta (Oesp)
Sexta, 03 de Março de 2010, 00h00
Com a devida vênia a Lima Barreto e François RabelaisUm alquimista descobriu como transformar merda em metais preciosos. Com isso, os habitantes de Jambon começaram a obrar ouro por fezes. Cada qual recolhia suas porcarias e comprava escravos, gado, automóveis de luxo, plantava cana e comia pernis regados a vinhos de boa cepa.A enorme obradeira virou imponente riqueza e globalizou-se. Pesquisas realizadas pelo Center for Shit Research da Universidade de Harvard e pelo Bureau de la Recherche de la Merde da Sorbonne constataram que, enquanto um bem alimentado milhardário americano ou um inteligentíssimo filosofo francês produziam um pobre cocô, qualquer cidadão (mas sobretudo os nobres e os políticos) de Jambon produzia um excremento de incomparável teor de riqueza. Para desconsolo de uma elite que sempre achou o nacional inferior, descobriu-se que não havia no mundo nenhum excremento superior ao de Jambon.A perspectiva de uma riqueza para todos - afinal, defecar é universal - promoveu, porém, controvérsia. Foi interpretada como uma "paradoxal contradição que liquidava a desigualdade". Desse modo, os entendidos em merda realizaram um plebiscito que estatizou a bosta. Ela foi centralizada numa grande estatal que controlava as ambições dos empresários e cuidava da porcaria dos pobres, impedindo-os de desperdiçar suas cagadas que, reunidas num fundo, eram distribuídas para todos como parte de um grande tesouro nacional. Com isso, o governo reiterava seu compromisso com a salvação da pátria e com a promoção do altruísmo. A borra, diziam, era coisa muito séria para ser explorada pela iniciativa privada. Um acirrado debate desembocou na campanha "a merda é nossa!" e o excremento, finalmente politizado, valorizado e devidamente indexado e quantificado, passou a ser o grande tema nacional.Criou-se o programa "Merda-nostra" e um superdisputado Ministério da Merda, governado por um irmão do próprio rei de Jambon, pois um cargo de tal responsabilidade só poderia ser ocupado por "alguém de confiança"! Institucionaliza-se o lema pátrio: "Cagar é a melhor política." Nacionaliza-se a bosta e, em seguida, o Comitê dos Sábios Nacionais separa por decreto o cagar do defecar. O primeiro era obra dos destituídos, o segundo seria uma exclusividade das classes superiores, dos que têm biografia e dos membros do partido, cujas fezes eram trocadas por títulos do Tesouro e, depois, cambiadas por ouro na Bolsa da Merda que, a essas alturas, apostava num extraordinário mercado futuro que iria redimir o país de todas as suas mazelas.Um amplo esquema de corrupção fecal, entretanto, insinuou-se nos intestinos do governo. Ele sustentava um clube de corruptos merdosos que enriquecia cada vez mais os administradores do excremento que, junto dos seus compadres, amigos e parentes, lucravam com a centralização da bosta nacional. Esse nepotismo de bosta jamais cessou, mesmo quando um novo governo implementava novos marcos exploratórios e critérios para a divisão das cotas do cocô entre os diversos ducados. Mas apesar de medidas distributivas, a merda continuava concentrada, como demonstrou empiricamente, por meio do "índice da kaca", um professor catedrático especializado em bosta da Universidade de Stanford, Veio então a "Crise da Bosta" quando outras nações conseguiram produzir industrialmente a imundície. Dilacerado por coalizões intestinas, Jambon assiste à falência do seu Estado que, àquelas alturas, já havia transformado todos os seus habitantes em clientes do bosta-governo. Usando seus tradicionais laços fisiológicos, os políticos aumentavam privada e legalmente o valor das cagadas. Uma hiperinflação excremental atinge o país, fazendo aquela economia de merda entrar na fossa. Muda-se o regime, congelam-se os preços das cagadas e os estoques de titica nacional. Jambon chega ao fundo da latrina. Gradual e lentamente, os cidadãos comuns, cognominados de "cagões", começaram a controlar a fedentina, retomando o usual, mas legalmente proibido, hábito de puxar a descarga. Chegou-se à conclusão de que era preciso limitar e punir a produção de merda e obrar mais responsavelmente. PS: Estou informado que esta continua sendo a grande discussão do Reino de Jambon. Enquanto isso, as pessoas vão levando suas vidas, comendo e descomendo o pão amargo de cada dia. Vez por outra tomam o choque de saber que crianças não têm escola porque o governo continua preocupado com o tamanho das latrinas, os empresários querem vender mais caro o papel higiênico e o povo, bem, o povo continua com uma insuportável dor de barriga.Nota final: Essa história me foi contada pelo Sebastião Azambuja (o Sabá) debaixo do testemunho do Emmanuel Plumbio Dias e eles não têm nada a ver com esta versão que - obviamente - não guarda nenhuma semelhança com países, fatos e pessoas vivas ou mortas, sendo inteiramente ficcional e fantasiosa.
terça-feira, 16 de março de 2010
A Outra Face de uma Canonização
Rodrigo Mehreb
O Tempo, 17 de fevereiro de 1997
Paulo Francis obteve depois de morto uma unanimidade nunca alcançada em vida. Pelo menos na imprensa. Seus desafetos se recolheram ao anonimato ou foram deixados lá. Os leitores travaram contato com uma personalidade até então desconhecida: gentil, dócil e humildade. Para aqueles que como eu não desfrutaram de seu convívio foi como se, numa situação hipotética, alguém anunciasse uma semana antes que o também falecido Antonio Callado tinha um outro lado arrogante, intolerante e prepotente. Graças aos amigos fomos informados que aquele Paulo Francis dos jornais e revistas era apenas um personagem. Enquanto isso na seção de cartas dos jornais sobrevivia o jornalista polêmico que dividia opiniões. Alguns missivistas perceberam um processo de canonização em curso e trataram de debater a imprensa por mais uma vez misturar o público e o privado.
Não dá para discutir juízos de valor subjetivos do tipo “o maior”, o “último”, o “único”. O problema foi que na ânsia de demonstrar que o Brasil sofreu uma perda irreparável alguns amigos andaram atropelando os fatos. O escritor Diogo Mainardi, por exemplo, num texto tão curto quanto impreciso, achou de afirmar que Francis sempre escolhia o lado errado. Depende do lado por onde se olha. De fato, ele se expôs como poucos durante a ditadura, apesar de ter ido embora por vontade própria. No entanto, o pensamento de esquerda era o hegemônico entre os intelectuais daquela geração. Quem remava contra a corrente no plano teórico era Roberto Campos, mais tarde idolatrado por vários ex-esquerdistas, inclusive o próprio Francis. Essa guinada à direita tampouco foi quixotesca. Apenas refletiu uma vitória ideológica do neoliberalismo, esboçada desde o final dos anos 70. Por conta dessa conversão, Paulo Francis colloriu desde a primeira hora, o que fez seu “esperneamento” posterior contra o confisco, um gesto no mínimo irrelevante. Mainardi também enfatizou que ele atacou “solitário” Fernando Henrique Cardoso. Talvez por não ser leitor assíduo do Diário da Corte, só me recordo do apoio explícito dado a FHC em diferentes ocasiões. Mas, se os ataques existiram, só seriam solitários e os textos de Carlos Heitor Cony, Jânio de Freitas, Luiz Fernando Veríssimo e Nelson Werneck Sodré fossem fruto de alguma hipnose coletiva. De resto, Mainardi ainda encontro tempo para dar aos brasileiros o título de campeões da bajulação e da subserviência. Uma boutade tipicamente franciniana, tirada do colete como homenagem póstuma.
O esnobismo de Paulo Francis que tanto encantava pessoas como Diogo Mainardi trazia embutida uma contradição curiosa. Grande parte de seu público não era composto de uma aristocracia do pensamento e sim setores de uma classe média ou elite bem nascida, porém preconceituosa e ignorante que certamente se reconhecia na classificação dos nordestinos como sub-raça; na chacina da Candelária rebatizadas de faxina ou no desejo manifesto de dar umas chicotadas no “escravo” Vicentinho. Em alguma zona cinzenta entre o ballet e o Esquadrão da Morte repousava a tribuna de Paulo Francis que agradava uns, agastava outros e apenas entediava um terceiro grupo cada vez maior.
A mais pranteada morte dos últimos tempos na mídia sucedeu em uma semana a de um outro jornalista de importância no mínimo igual e romancista superior: Antonio Callado teve o Brasil como motivo central de seus livros e artigos que tanta falta fazem aos sábados. Seu diagnóstico embora afetivo nunca era alentador ou otimista. No recente vídeo “Quatro Antônio e um Jobim” ele ainda danava contra nossa vocação de país pequeno, corrompido. Ninguém precisou alertar para as nobres intenções ocultas nas entrelinhas. Até que algum amigo ou inimigo venha provar o contrário Callado era aquilo que escrevia.
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Lúcio "Bligueiro" Ataca Novamente: Fique Sabendo
O quase Ombusdman de BD, lúcio bligueiro, considerado o 'Garrafão', disse em seu blog que o editor do Jornal Fique Sabendo deve mostrar a cara, após escrever o editorial de cada edição. E ainda faz severas criticas ao veículo e também mente.
Não sou ombudsman, fique sabendo. Seria somente se publicasse artigos críticos no seu jornal. Não insista num erro: errar é humano, insistir no erro, burrice. Mostrar a cara é colocar uma foto e escrever um artigo no lugar de um editorial. Não sei onde estão as tais severas críticas. A maior parte do artigo é sobre novelas. Não menti, somente relatei um fato que aconteceu em meu blog.
Só para relembrar 'Garrafão', não mostro a cara, porque editorial não é opinião do editor e sim a do Jornal que o publica. E sobre o Dr Alessandro Loiola, o mesmo autorizou ser colunista do veículo, como você questiona no seu link.
Num grande jornal, realmente existem inúmeros editores e que opinam num artigo conjunto que é o editorial. Jamais seria possível isso para você, tamanha sua avidez em ditar verdades. No seu, sei que é só você, daí porque você não faz um artigo? Você me pedia sempre críticas, agora estou dando sugestões. Marcelo Coelho edita com Otávio Frias Filho e outros editorialistas o editorial da Folha. Eu não questionei, quem questionou a autorização do Alessandro foi um anônimo no meu blog que foi excluído. Mas fico satisfeito com sua resposta. Você não deve sentir-se atacado nem agredido. Lembre-se da propaganda da polícia: você não deve se sentir constrangido e sim protegido. A mesma coisa aqui: imagine que sou um policial fazendo uma blitz no seu jornal. Você deve se sentir comentado e não criticado, ok?
Hoje o médico escritor reside em São José dos Campos (SP), onde trabalha em um hospital daquela cidade. Caso tenha alguma dúvida, confirme pelo seu celular 31-8737-2405 e ou pelo seu email dralessandroloiola@yahoo.com.br. A comprovação veio em 2008, quando o Jornal Fique Sabendo em parceria com Sesc de Bom Despacho, promoveu a palestra "Os 5 Pilares da Saúde", realizada dia 21 de maio, ministrada pelo colunista, na época também peridiodista do jornal Estado de Minas. Criticar até que vai heim Garrafão, mas publicar uma fato sem ter informação exata, pode obrigá-lo a responder judicialmente. E isso não é novela para você assistir.
Repito: apenas relatei um fato ocorrido no meu antigo blog, um questionamento de um leitor. Você é muito atrasado, pegou essa coisa antiquada de uma imprensa que só fala a VERDADE e não aceita comentários ou sugestões. Não vejo novelas desde 1991. Estou satisfeito com sua resposta a respeito do médico. Não vamos render mais essa polêmica, pois não interessa a ninguém, deve estar fazendo figura de briguinha provinciana de comadres. Só o seguinte: melhore sua autoestima. Você supõe que, se alguém lê seu jornal, é porque não tem mais o que fazer, isso é triste.
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Para Não Dizer que Não Falei das Flores
Para meu amigo Fabrício Estrada, que está vivendo os "anos rebeldes" em Honduras agora.
Quero saber a opinião do pessoal sobre essa música: gostam, detestam, amam de paixão, escutam no banheiro, etc.
Essa com certeza é protesto, né?
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Irmãos Karamazóvi
Pessoal: fora que vcs parecem, às vezes, os Irmãos Karamazov ao debater Deus, estou fazendo um trabalho a respeito e queria saber se já leram.
Texto do Cine Burleta sobre Gerald
Moses Supposes. Saudades, Gerald Thomas!
Eu faço parte de um pequeno grupo nessa cidade, que não odeia o Gerald Thomas. E por isso mesmo estou começando a ficar preocupado com esse longo sumiço do diretor! Mas acho que a minha saudade está virando loucura. Revendo outro dia, uma cena do clássico televisivo Vale Tudo (eu não sei de onde o Gilberto Braga tirou o título, mas na minha viagem sem nexo, o nome da novela é uma homenagem à canção de Cole Porter - Anything Goes), eu vi o Gerald num cesto de bananas.
A segunda banana da direita para a esquerda.
Eu faço parte de um pequeno grupo nessa cidade, que não odeia o Gerald Thomas. E por isso mesmo estou começando a ficar preocupado com esse longo sumiço do diretor! Mas acho que a minha saudade está virando loucura. Revendo outro dia, uma cena do clássico televisivo Vale Tudo (eu não sei de onde o Gilberto Braga tirou o título, mas na minha viagem sem nexo, o nome da novela é uma homenagem à canção de Cole Porter - Anything Goes), eu vi o Gerald num cesto de bananas.
A segunda banana da direita para a esquerda.
domingo, 14 de março de 2010
"Cacete de Aguia"
Vcs conhecem esse, pessoal, o famoso "mineirinho doando sangue". Gostei foi da comunidade do Orkut que criaram e tinha um texto assim: "Prá quem nunca doou sangue e agora tá doidin para doar..."
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Blognovela Penetrália: Onde Há Fumaça, É fogo: Parte 20
(Refugiados do blog do Vamp e do blog de Gerald Thomas, um grupo se reúne no blog Penetralia e traça estratégias para evitar a diáspora. O momento é um dia antes de Vamp anunciar que voltou. Lúcio resolve voltar com a blognovela).
Mariene: O ateísmo é uma ruptura, gente. Se Deus é o absurdo coletivo, seu equivalente é a fé na existência devida em outros mundos. Tudo cai nesse ponto, Deus existe.
Susan Clayre: Sabe quem está indo para o Brasil? Zack Glass. Ele canta folk, é um gato, adora brasileiras...
Walter Greulach: Si señorita lo consigue de una vez, gracias que lo disfrute...
Ana Paula: Zack Glass, ah, que vergonha!
Van: vida de monja, de vez em quando encontro uma naja no jardim.
Alziro Patafísico: estou triste.
Fabrício Estrada: Spinoza à la carte: o problema das paixões tristes é que paralisam o conatus.
Ana Paula: Não vamos misturar psicotrópicos com religião porque...
Lúcio: Alguém aí de vocês é Jesus?
Targino: O diabo tá morando no Vaticano, muitos bispos não acreditam em Deus e o cultuam. Li um padre contando: “e ele goza na minha cara!”
Cláudio Diet: Andy Warhol veio para fazer escola. Ah, nossos quinze minutos de fama! Ônus, bônus.
Susan Clayre: Eu fui ver a casa de Hemingway em Cuba!
John Hemingway: It’ll be my first time at the Hemingway House and after this I’ll have seen all of his homes except for the Finca Vigía outside of Havana (which for a US citizen like myself is just a tad more difficult to visit). Eventually, however, I’m sure that I’ll make it to Cuba, too. The government down there, in collaboration with the American Finca Vigía Foundation, has been doing a lot of important work in saving my grandfather’s island hideaway from the ravages of Cuba’s humidity, termites and tropical storms.
Lúcio: Sabia que o John Hemingway não conhece? Não é fácil para os cidadãos americanos irem a Cuba.
Reinaldo Pedroso: Não t intendendo! Isso aqui é campo de refugiados de petistas enxotados do blog do Gerald Thomas e do Vamp? Blognovela número 20? Cadê as outras dezenove?
Lúcio: Tão por aí no blog, Reinaldo, é só procurar. Aqui é igual ao Afpaki, tá cheio de refugiados mesmo. Há mais coisas entre o céu e terra que a nossa Van...
Mariene: Buenas, Tarja, deu bad-bolck nesse seu HD interior! O mundo é um cobol, limitado este nosso ser que vc imagina ser PC: Máquina eletrônica de armazenar, processar e enviar dados. We are much more than this.
Regininha Poltergeist Vereza: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.
Lúcio: Uma nóia. É como diz o Tene Cheba: somos blogólatras. Pena que o Tene ficou dublando a voz de Gianechini e perdeu-se numa cápsula espacial.
Ezyr: Lá VEM a Van com o JOGO INTERSEMIÓTICO DE SEM-PRÉ...
Wilson Nanini: rosas cerzidas com arame farpado me ditam rotas de colisão!
Lúcio: Não é a Van não, Ezyr. Deve ser a Fulaninha, o M60, o Pato Donald, o Crítico de Arte, o...
Cíntia: Targinão, my beloved! For the love of god, aqui em Salvador tá um calor!
Ana Paula: Creeeeedo, migraram a verborragia! JUJUIS me acode!
Targino: O sertão vai virar mar! As águas do velho Chico vão bater no meio do mar e não na boca dos sertanejos com sede.
Sandra: Se Dilma vencer, será a Kristallnacht.
Daniela: Lula não é o profeta do diálogo.
Vamp: Como é difícil defender os torturadores cubanos e o José Dirceu, hein, pessoal? E essa TV Brasil, pense que assistindo você está apoiando Lula, a filha do Lula, o Nassif, a filha do Nassif... Todos mamando! Dá traço de audiência!
Mariene: Sou contra qualquer tipo de transposição, mesmo astral.
Lúcio: Lula já fez greve de fome no tempo do Geisel e fez sua autocrítica.
Reinaldo: Ciro, num lero de que vai transpor as águas do São Francisco...blasfêmia. Tipo, caminhando sobre as águas?
Maria do Rosário: UM OLHO NO PEIXE, O OUTRO NO GATO!
Cíntia: Lúcio, quem dirige essa blognovela? Parece o Gianechini com a voz do Gerald Thomas e com montagem da Ezyr.
Lúcio: Pois é, Deus é o grande problema, né, Cíntia. O diretor é pai, tirano, regente, Deus.
Gerald Thomas: Oh, give me a break. FORGET ME!
Druot: Sim. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.
Londrina: Todos somos seres humanos, até Diogo Maigayde e Gaynalda Azeda. O Brasil tá sintonizado com o Vaticano: tem o partido dos DEMO.
Márcia: putz, que lástima.
Lúcio: Tem uma tarefinha para a gente poder imigrar para outro lugar, a nossa terra prometida, o nosso Israel. Temos que bolar um nome para o filme The Hurt Locker que não seja Guerra ao Terror. Que tal O Esconderijo Escondidinho da Explosão? O Prendedor da Dor?
Márcia: Ih, a visita desse site pode danificar seu computador...
Londrina: Dilma já está na frente de Serra!
Cíntia: Os comments esparramaram como mercúrio cromo quando quebra...
Mariene: Bem Jujú, resolveu que o viver dela clube da luluzinha na pizaria, ia ter a vó e a bisavó.
Lúcio: Os travestis do Caetano Vilela tão a postos no blog dele: Lênin, Tzara e Joyce papeando. Vamos pôr eles para papear aqui?
Londrina: Lúcio, é muito triste um ator se prestar a esse papel.
Lúcio: Mas tá vindo também o filme do Xyco Xavier. Xyko não precisava de atores, vinham os espíritos mesmo. Em New York, Marilyn Monroe contou para ele que não se suicidou. Tava triste e tomando umas bolas, mas a intenção nunca foi se suicidar.
Londrina: terroristo e não terrorismo.
Cíntia: Pode despirulitar que eu não vou largar esse blog legal, alternativo.
Van: Esse blog é a insônia das minhas noites de deleite!
Lúcio: Que tal se fizermos todos uma seita tipo Santo Daime? Uma religião atéia.
Ana Paula: O psicopata SOMOS NÓS!
Cláudio-Diet: Não precisa encher a casa para a festar ficar boa.
Lúcio (fechando a cortina italiana): Então, por enquanto, vamos ficar pensando aqui que rumo tomar. Enquanto isso vocês vão ouvindo Hard Rain is Gonna Fall, do Bob Dylan e Unknown Soldier, dos Doors. Logo mais vem o cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
Mariene: O ateísmo é uma ruptura, gente. Se Deus é o absurdo coletivo, seu equivalente é a fé na existência devida em outros mundos. Tudo cai nesse ponto, Deus existe.
Susan Clayre: Sabe quem está indo para o Brasil? Zack Glass. Ele canta folk, é um gato, adora brasileiras...
Walter Greulach: Si señorita lo consigue de una vez, gracias que lo disfrute...
Ana Paula: Zack Glass, ah, que vergonha!
Van: vida de monja, de vez em quando encontro uma naja no jardim.
Alziro Patafísico: estou triste.
Fabrício Estrada: Spinoza à la carte: o problema das paixões tristes é que paralisam o conatus.
Ana Paula: Não vamos misturar psicotrópicos com religião porque...
Lúcio: Alguém aí de vocês é Jesus?
Targino: O diabo tá morando no Vaticano, muitos bispos não acreditam em Deus e o cultuam. Li um padre contando: “e ele goza na minha cara!”
Cláudio Diet: Andy Warhol veio para fazer escola. Ah, nossos quinze minutos de fama! Ônus, bônus.
Susan Clayre: Eu fui ver a casa de Hemingway em Cuba!
John Hemingway: It’ll be my first time at the Hemingway House and after this I’ll have seen all of his homes except for the Finca Vigía outside of Havana (which for a US citizen like myself is just a tad more difficult to visit). Eventually, however, I’m sure that I’ll make it to Cuba, too. The government down there, in collaboration with the American Finca Vigía Foundation, has been doing a lot of important work in saving my grandfather’s island hideaway from the ravages of Cuba’s humidity, termites and tropical storms.
Lúcio: Sabia que o John Hemingway não conhece? Não é fácil para os cidadãos americanos irem a Cuba.
Reinaldo Pedroso: Não t intendendo! Isso aqui é campo de refugiados de petistas enxotados do blog do Gerald Thomas e do Vamp? Blognovela número 20? Cadê as outras dezenove?
Lúcio: Tão por aí no blog, Reinaldo, é só procurar. Aqui é igual ao Afpaki, tá cheio de refugiados mesmo. Há mais coisas entre o céu e terra que a nossa Van...
Mariene: Buenas, Tarja, deu bad-bolck nesse seu HD interior! O mundo é um cobol, limitado este nosso ser que vc imagina ser PC: Máquina eletrônica de armazenar, processar e enviar dados. We are much more than this.
Regininha Poltergeist Vereza: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.
Lúcio: Uma nóia. É como diz o Tene Cheba: somos blogólatras. Pena que o Tene ficou dublando a voz de Gianechini e perdeu-se numa cápsula espacial.
Ezyr: Lá VEM a Van com o JOGO INTERSEMIÓTICO DE SEM-PRÉ...
Wilson Nanini: rosas cerzidas com arame farpado me ditam rotas de colisão!
Lúcio: Não é a Van não, Ezyr. Deve ser a Fulaninha, o M60, o Pato Donald, o Crítico de Arte, o...
Cíntia: Targinão, my beloved! For the love of god, aqui em Salvador tá um calor!
Ana Paula: Creeeeedo, migraram a verborragia! JUJUIS me acode!
Targino: O sertão vai virar mar! As águas do velho Chico vão bater no meio do mar e não na boca dos sertanejos com sede.
Sandra: Se Dilma vencer, será a Kristallnacht.
Daniela: Lula não é o profeta do diálogo.
Vamp: Como é difícil defender os torturadores cubanos e o José Dirceu, hein, pessoal? E essa TV Brasil, pense que assistindo você está apoiando Lula, a filha do Lula, o Nassif, a filha do Nassif... Todos mamando! Dá traço de audiência!
Mariene: Sou contra qualquer tipo de transposição, mesmo astral.
Lúcio: Lula já fez greve de fome no tempo do Geisel e fez sua autocrítica.
Reinaldo: Ciro, num lero de que vai transpor as águas do São Francisco...blasfêmia. Tipo, caminhando sobre as águas?
Maria do Rosário: UM OLHO NO PEIXE, O OUTRO NO GATO!
Cíntia: Lúcio, quem dirige essa blognovela? Parece o Gianechini com a voz do Gerald Thomas e com montagem da Ezyr.
Lúcio: Pois é, Deus é o grande problema, né, Cíntia. O diretor é pai, tirano, regente, Deus.
Gerald Thomas: Oh, give me a break. FORGET ME!
Druot: Sim. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.
Londrina: Todos somos seres humanos, até Diogo Maigayde e Gaynalda Azeda. O Brasil tá sintonizado com o Vaticano: tem o partido dos DEMO.
Márcia: putz, que lástima.
Lúcio: Tem uma tarefinha para a gente poder imigrar para outro lugar, a nossa terra prometida, o nosso Israel. Temos que bolar um nome para o filme The Hurt Locker que não seja Guerra ao Terror. Que tal O Esconderijo Escondidinho da Explosão? O Prendedor da Dor?
Márcia: Ih, a visita desse site pode danificar seu computador...
Londrina: Dilma já está na frente de Serra!
Cíntia: Os comments esparramaram como mercúrio cromo quando quebra...
Mariene: Bem Jujú, resolveu que o viver dela clube da luluzinha na pizaria, ia ter a vó e a bisavó.
Lúcio: Os travestis do Caetano Vilela tão a postos no blog dele: Lênin, Tzara e Joyce papeando. Vamos pôr eles para papear aqui?
Londrina: Lúcio, é muito triste um ator se prestar a esse papel.
Lúcio: Mas tá vindo também o filme do Xyco Xavier. Xyko não precisava de atores, vinham os espíritos mesmo. Em New York, Marilyn Monroe contou para ele que não se suicidou. Tava triste e tomando umas bolas, mas a intenção nunca foi se suicidar.
Londrina: terroristo e não terrorismo.
Cíntia: Pode despirulitar que eu não vou largar esse blog legal, alternativo.
Van: Esse blog é a insônia das minhas noites de deleite!
Lúcio: Que tal se fizermos todos uma seita tipo Santo Daime? Uma religião atéia.
Ana Paula: O psicopata SOMOS NÓS!
Cláudio-Diet: Não precisa encher a casa para a festar ficar boa.
Lúcio (fechando a cortina italiana): Então, por enquanto, vamos ficar pensando aqui que rumo tomar. Enquanto isso vocês vão ouvindo Hard Rain is Gonna Fall, do Bob Dylan e Unknown Soldier, dos Doors. Logo mais vem o cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
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sábado, 13 de março de 2010
A Frase do Dia (14 de março)
Sugestão de Maria do Rosário (13/03):
"Mariene disse... O mundo tá cheio de psicopatas. Todo cuidado é pouco."
Com o pensamento no assassinato do cartunista Glauco por um conhecido drogado que dizia ser Jesus Cristo.
A de hoje, domingo, vem do blog do Vamp e o autor é a("o") Tene Cheba:
"Entrei para os Blogólicos anônimos, só que o tratamento é via blog. Que merda!
O melhor do tratamento é a recaída. Que merda!"
"Mariene disse... O mundo tá cheio de psicopatas. Todo cuidado é pouco."
Com o pensamento no assassinato do cartunista Glauco por um conhecido drogado que dizia ser Jesus Cristo.
A de hoje, domingo, vem do blog do Vamp e o autor é a("o") Tene Cheba:
"Entrei para os Blogólicos anônimos, só que o tratamento é via blog. Que merda!
O melhor do tratamento é a recaída. Que merda!"
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sexta-feira, 12 de março de 2010
Texto do blog do Guzik
Oi, pessoal. Taí um texto do blog do escritor Alberto Guzik: http://os.dias.e.as.horas.zip.net/
Pelo que entendi lá no facebook, ele não se recuperou ainda (foi uma cirurgia de câncer no intestino) e agora está no CTI.
14/02/2010
a solução do enigma
devo uma explicação aos meus leitores sobre os enigmas que semeei no blog ao longo das últimas seis semanas. muitos já mataram a charada. outros ainda não. explico então. vou ser amanhã submetido a uma cirurgia do aparelho digestivo. uma cirurgia de porte, pelo que me explicou o médico que fará a operação. ficarei alguns dias, ou algumas semanas, distante deste espaço. podem ter certeza de que vou sentir muita muita falta destes meus dias e destas minhas horas. mas são aquelas esquinas da vida que não podemos nem temos como evitar. sempre tive uma saúde ótima, fora uma coisinha aqui, outra ali, nada de muito relevante. mas eis que de repente vi-me surpreendido por uma doença que requer cirurgia. e que exige um período razoávelmente extenso de recuperação. certamente quando voltar a escrever aqui, vou ter muitas novidades a contar. serão aventuras de outro tipo, não artísticas, nem por isso menos essenciais. bem ao contrário. peço aos meus leitores a paciência necessária. aguardem o tempo de maturação que será necessário para que eu saia do casulo em que vou entrar amanhã. ou, para usar a imagem que empreguei muito há algumas semanas, que aguardem o fim da minha travessia (de ida e volta) do rio letes, e também o término de minha viagem ao reino de hades. estou muito cercado de afeto, de amor, de boas energias, de bons fluidos. com muita luz em meu espírito eu me despeço temporariamente de todos vocês, desejando que, enquanto eu estiver longe, a vida de todos floresça do mais belo e prazeroso e frutífero dos modos. dionisos será meu guia nessa viagem, que nada terá de teatral, mas será profundamente vital. evoé!!!
Pelo que entendi lá no facebook, ele não se recuperou ainda (foi uma cirurgia de câncer no intestino) e agora está no CTI.
14/02/2010
a solução do enigma
devo uma explicação aos meus leitores sobre os enigmas que semeei no blog ao longo das últimas seis semanas. muitos já mataram a charada. outros ainda não. explico então. vou ser amanhã submetido a uma cirurgia do aparelho digestivo. uma cirurgia de porte, pelo que me explicou o médico que fará a operação. ficarei alguns dias, ou algumas semanas, distante deste espaço. podem ter certeza de que vou sentir muita muita falta destes meus dias e destas minhas horas. mas são aquelas esquinas da vida que não podemos nem temos como evitar. sempre tive uma saúde ótima, fora uma coisinha aqui, outra ali, nada de muito relevante. mas eis que de repente vi-me surpreendido por uma doença que requer cirurgia. e que exige um período razoávelmente extenso de recuperação. certamente quando voltar a escrever aqui, vou ter muitas novidades a contar. serão aventuras de outro tipo, não artísticas, nem por isso menos essenciais. bem ao contrário. peço aos meus leitores a paciência necessária. aguardem o tempo de maturação que será necessário para que eu saia do casulo em que vou entrar amanhã. ou, para usar a imagem que empreguei muito há algumas semanas, que aguardem o fim da minha travessia (de ida e volta) do rio letes, e também o término de minha viagem ao reino de hades. estou muito cercado de afeto, de amor, de boas energias, de bons fluidos. com muita luz em meu espírito eu me despeço temporariamente de todos vocês, desejando que, enquanto eu estiver longe, a vida de todos floresça do mais belo e prazeroso e frutífero dos modos. dionisos será meu guia nessa viagem, que nada terá de teatral, mas será profundamente vital. evoé!!!
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foog nos teatros
The Ghost Writer: Trailer
O filme que tomou o nome do filme de Gerald. No caso desse, é um sujeito que está escrevendo um livro sobre um ex-primeiro ministro e que de repente se vê envolvido numa trama internacional.
A ideia do Ghost Writer do Gerald era sobre ele ser um "escritor fantasma", alguém que, diferente de Niemeyer, faz suas criações efêmeras em cima de um palco e não em concreto.
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
O Mágico de Oz (final alternativo)
Pessoal, vejam, é bem engraçado, principalmente o final, com o Homem de Lata voltando para casa:
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Poema: Economia Bandida
(Para meu amigo Fabricio Estrada):
Em escravidão, pelo mundo vivem vinte e sete milhões de pessoas.
Um terço do peixe que comem
No Reino Unido
É bacalhau da máfia russa.
Revelam-se forças
Que da lei conhecem
A revelia.
Degrada-se da humanidade
Uma parcela expressiva.
Prostitutas do Leste Europeu
São levadas a Gaza
Aos milhares
Escravas
Eslavas:
Existe demanda de sexo
Por parte de judeus conservadores haredin.
Os presidentes Zelaya e Aristide
Têm agora da pátria
A experiência banida
A internet é a mais bem sucedida
Das colônias
Da economia bandida.
(Improviso a partir do texto "Cafetões de Mercado", da economista Loretta Napoleoni, por Gustavo Fonseca, no caderno Pensar do Estado de Minas de 6 de março de 2010).
Em escravidão, pelo mundo vivem vinte e sete milhões de pessoas.
Um terço do peixe que comem
No Reino Unido
É bacalhau da máfia russa.
Revelam-se forças
Que da lei conhecem
A revelia.
Degrada-se da humanidade
Uma parcela expressiva.
Prostitutas do Leste Europeu
São levadas a Gaza
Aos milhares
Escravas
Eslavas:
Existe demanda de sexo
Por parte de judeus conservadores haredin.
Os presidentes Zelaya e Aristide
Têm agora da pátria
A experiência banida
A internet é a mais bem sucedida
Das colônias
Da economia bandida.
(Improviso a partir do texto "Cafetões de Mercado", da economista Loretta Napoleoni, por Gustavo Fonseca, no caderno Pensar do Estado de Minas de 6 de março de 2010).
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Poema em Homenagem às Mulheres
Com licença poética
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Monodrama
Monodrama
Carlito Azevedo
O inferno refletido nos olhos de um
viralata que cruzava
as pistas do Aterro
varado pelos feixes
dos faróis
(relâmpagos de nenhum céu)
dos 4 X 4
a toda velocidade.
Emblemas
Carlito Azevedo
Um imigrante bate fotos
trepado
no toldo de um quiosque
a multidão grita
em frente ao Banco (...).
Mas na foto buscada só
aparece a imagem da menina
com seu coelho
de pelúcia
Sua dobra
cor de ferrugem e luminosidade
Carlito Azevedo
O inferno refletido nos olhos de um
viralata que cruzava
as pistas do Aterro
varado pelos feixes
dos faróis
(relâmpagos de nenhum céu)
dos 4 X 4
a toda velocidade.
Emblemas
Carlito Azevedo
Um imigrante bate fotos
trepado
no toldo de um quiosque
a multidão grita
em frente ao Banco (...).
Mas na foto buscada só
aparece a imagem da menina
com seu coelho
de pelúcia
Sua dobra
cor de ferrugem e luminosidade
segunda-feira, 8 de março de 2010
Pau de Serapião na CA de Aécio
Pessoal: só lembrando: esse blog originalmente era destinado aos debates culturais. Portanto, nada melhor do que o debate arquitetônico sobre Niemeyer. Eu gosto de Niemeyer, politicamente e arquitetonicamente. No entanto, sei que Johnny não gosta, que o pessoal do blog do Gerald Thomas, juntamente com o próprio, tb não, etc.
Ainda não fui à Cidade Administrativa, mas assim que passar por lá farei um artigo para esse blog com minhas impressões. Parece que, como deixou de pagar aluguéis, embora caro, o projeto em breve se pagará. O fato de Aécio buscar inspiração em Juscelino/Brasília/Niemeyer ao invés de contratar um arquiteto pós-moderno me interessa.
Penso que esse artigo de Serapião provavelmente não sairia na Folha se não existisse um conflito Serra/Aécio, foi muito interessante e não teve muita repercussão. Custei a achá-lo na web. Ele estava no Portal MG1 ou disponível na Uol para assinantes. Mas acho que ele toca em pontos importantes da obra do arquiteto e portanto, vale a pena ser lido:
Ao mirar o futuro, Aécio acertou o passado
Artigos
Mg1 08 de março de 2010 às 00:27:04
FERNANDO SERAPIÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Na gravura "O quarto do arquiteto", de Lina Bo Bardi, a arquiteta do Masp criou uma cena com armário entreaberto, mesa com cadeira e uma prateleira. Os personagens são maquetes de edifícios em diferentes estilos. Uma possível interpretação irônica da obra é que os arquitetos possuem soluções guardadas nas gavetas e as utilizam conforme a necessidade. Lembro-me disso diante da nova obra de Oscar Niemeyer.
A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves é composta por cinco edifícios, encomendados pelo governador Aécio Neves para reunir no extremo norte de Belo Horizonte mais de 40 órgãos estaduais. São três motivos alegados: induzir o desenvolvimento da região, diminuir despesas (principalmente aluguéis) e facilitar a gestão com a convivência entre funcionários. À primeira vista, principalmente se observado por dentro, tudo é uma maravilha: os móveis são novos, os equipamentos, sofisticados, e os espaços, confortáveis -como nas melhores empresas privadas.
Contudo, do ponto de vista arquitetônico não há novidade. O prédio mais imponente abriga o gabinete do governador. É um edifício envidraçado de quatro andares que fica pendurado por estrutura externa. Com mais graça, tal solução foi utilizada por Niemeyer há 40 anos para uma editora na Itália.
Louvando o novo prédio, o arquiteto e o calculista afirmam que ele é "o maior edifício suspenso do mundo". E daí? Eles se vangloriam como se o ineditismo técnico fosse de suma importância para o futuro da humanidade.
Gastando energia em retórica desgastada, Niemeyer deixa de lado questões atuais como a eficiência energética -o complexo tem a maior área de vidros da América Latina. Fachadas envidraçadas voltadas para as faces ensolaradas, por exemplo, é um erro primário que exigirá mais energia do ar-condicionado. Os dois edifícios maiores são destinados às secretarias. Gêmeos, eles são gigantescos e curvos -e também foram retirados das "gavetas" do arquiteto. Eles têm proporção semelhante de um hotel em Petrópolis, desenhado em 1950.
Por fim, além de um auditório pouco gracioso, o conjunto é completo por um centro de convivência, com restaurantes e lojas, que pretende substituir a rua -o espaço primordial de convivência urbana.
E é justamente aí que está o maior problema. Se a arquitetura é requentada, a ideia de pensar em centro administrativo longínquo é tão nova quanto o bonde. Urbanisticamente, é um desastre. O governo deveria permanecer na região central, renovando edifícios subutilizados e incrementando a vida urbana. Ao deixar os edifícios da praça da Liberdade para atividades culturais, serão empobrecidos o uso e a diversidade local. Se na era da revolução das telecomunicações é estranho falar da necessidade do contato físico, para ajudar a desenvolver a periferia seria mais útil financiar transporte coletivo de massa. Claro, daria mais trabalho e menor visibilidade.
Infelizmente, há 50 anos os políticos acreditam na mística de perpetuar-se com um postal de Niemeyer a fim de repetir a trajetória daquele que encomendou Pampulha e Brasília (raríssimos são os que apostam na capacidade arquitetônica de sua própria geração). Aécio Neves cometeu o mesmo erro: mirando o futuro, ele acertou o passado.
FERNANDO SERAPIÃO é arquiteto e editor executivo da revista Design
Ainda não fui à Cidade Administrativa, mas assim que passar por lá farei um artigo para esse blog com minhas impressões. Parece que, como deixou de pagar aluguéis, embora caro, o projeto em breve se pagará. O fato de Aécio buscar inspiração em Juscelino/Brasília/Niemeyer ao invés de contratar um arquiteto pós-moderno me interessa.
Penso que esse artigo de Serapião provavelmente não sairia na Folha se não existisse um conflito Serra/Aécio, foi muito interessante e não teve muita repercussão. Custei a achá-lo na web. Ele estava no Portal MG1 ou disponível na Uol para assinantes. Mas acho que ele toca em pontos importantes da obra do arquiteto e portanto, vale a pena ser lido:
Ao mirar o futuro, Aécio acertou o passado
Artigos
Mg1 08 de março de 2010 às 00:27:04
FERNANDO SERAPIÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Na gravura "O quarto do arquiteto", de Lina Bo Bardi, a arquiteta do Masp criou uma cena com armário entreaberto, mesa com cadeira e uma prateleira. Os personagens são maquetes de edifícios em diferentes estilos. Uma possível interpretação irônica da obra é que os arquitetos possuem soluções guardadas nas gavetas e as utilizam conforme a necessidade. Lembro-me disso diante da nova obra de Oscar Niemeyer.
A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves é composta por cinco edifícios, encomendados pelo governador Aécio Neves para reunir no extremo norte de Belo Horizonte mais de 40 órgãos estaduais. São três motivos alegados: induzir o desenvolvimento da região, diminuir despesas (principalmente aluguéis) e facilitar a gestão com a convivência entre funcionários. À primeira vista, principalmente se observado por dentro, tudo é uma maravilha: os móveis são novos, os equipamentos, sofisticados, e os espaços, confortáveis -como nas melhores empresas privadas.
Contudo, do ponto de vista arquitetônico não há novidade. O prédio mais imponente abriga o gabinete do governador. É um edifício envidraçado de quatro andares que fica pendurado por estrutura externa. Com mais graça, tal solução foi utilizada por Niemeyer há 40 anos para uma editora na Itália.
Louvando o novo prédio, o arquiteto e o calculista afirmam que ele é "o maior edifício suspenso do mundo". E daí? Eles se vangloriam como se o ineditismo técnico fosse de suma importância para o futuro da humanidade.
Gastando energia em retórica desgastada, Niemeyer deixa de lado questões atuais como a eficiência energética -o complexo tem a maior área de vidros da América Latina. Fachadas envidraçadas voltadas para as faces ensolaradas, por exemplo, é um erro primário que exigirá mais energia do ar-condicionado. Os dois edifícios maiores são destinados às secretarias. Gêmeos, eles são gigantescos e curvos -e também foram retirados das "gavetas" do arquiteto. Eles têm proporção semelhante de um hotel em Petrópolis, desenhado em 1950.
Por fim, além de um auditório pouco gracioso, o conjunto é completo por um centro de convivência, com restaurantes e lojas, que pretende substituir a rua -o espaço primordial de convivência urbana.
E é justamente aí que está o maior problema. Se a arquitetura é requentada, a ideia de pensar em centro administrativo longínquo é tão nova quanto o bonde. Urbanisticamente, é um desastre. O governo deveria permanecer na região central, renovando edifícios subutilizados e incrementando a vida urbana. Ao deixar os edifícios da praça da Liberdade para atividades culturais, serão empobrecidos o uso e a diversidade local. Se na era da revolução das telecomunicações é estranho falar da necessidade do contato físico, para ajudar a desenvolver a periferia seria mais útil financiar transporte coletivo de massa. Claro, daria mais trabalho e menor visibilidade.
Infelizmente, há 50 anos os políticos acreditam na mística de perpetuar-se com um postal de Niemeyer a fim de repetir a trajetória daquele que encomendou Pampulha e Brasília (raríssimos são os que apostam na capacidade arquitetônica de sua própria geração). Aécio Neves cometeu o mesmo erro: mirando o futuro, ele acertou o passado.
FERNANDO SERAPIÃO é arquiteto e editor executivo da revista Design
Cadê o professor do Telecentro Ozanan?
Eu preciso aprender Linux. Até em concursos para universidades federais no Tocantins exige-se, agora, que o professor comprove proficiência no Linux.
Para tanto, matriculei-me no curso de Linux a ser oferecido no Telecentro Ozanan, aqui em Bom Despacho (MG).
Só que, depois de duas semanas, o professor (um tal Edgard, segundo me disseram) não compareceu nem deixou nenhuma justificativa para sua falta em dois sábados seguidos. Assim vai ficar difícil levantar sábado de manhã para esperar!
sábado, 6 de março de 2010
Jornal Fique Sabendo X Novelas da Globo: Uma Luta Desigual?
Somente hoje achei o Jornal Fique Sabendo de 31 de janeiro a 13 de fevereiro desse ano. Ele tem um editorial imperdível, chamado "Cuidado: As Novelas Como Influências de Vida".
O editor Valmir Rogério está em luta contra a esfera midiática brasileira, que imbeciliza e emburrece o povo: primeiro repassou as novelas, depois o Big Brother Brasil. Há brizolistas que afirmam que a Globo secou o sangue de Getúlio Vargas e da Carta Testamento: será que Valmir é dessa opinião? E eu deixo uma questão aqui: como as novelas influenciam Bom Despacho? Dilermando Cardoso é identificado pela população como o assistente do coronel Odorico Paraguaçu, Dirceu Borboleta, daí seu sucesso no Jornal de Negócios? Bom Despacho é assim porque passou O Bem Amado na TV e fez com que nos tornássemos uma Sucupira mineira?
A dengue, as reeleições de prefeitos corruptos, as viroses, o descaso com a Saúde Pública, os assassinatos políticos e as ameaças, como tudo isso aparece nas novelas? Bom Despacho está madura para ser cenário de uma telenovela a ser escrita pelo professor Júnior de Souza? Ela iria passar onde, na TV Interativa?
Eu me lembro de Gilberto Vasconcellos, brizolista e folclorólogo, analisando como O Salvador da Pátria, novela com Lima Duarte, ajudou a derrotar Brizola em 1989. Dessa novela eu me lembro pouco, apenas que Sassá Mutema (mineiro do Norte de Minas) saía de sua cidade e tornava-se político no Rio de Janeiro, desistindo após sentir-se manipulado por outros políticos mais experientes. Já em Que Rei Sou Eu me parece que existiu, sim, uma referência negativa a Lula, uma vez que existiu o personagem de um barbudinho (Cássio Gabus Mendes) com cara de raivoso e que, se subisse ao trono, iria invadir um país vizinho (ou seja, fazer loucuras). Em luta com o barbudinho, estava o galã Jean Pierre (Edson Celulari), que poderia ser associado ao então jovem e impetuoso Collor.
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
O editorial de Valmir é uma peça bem a seu estilo, com vírgulas separando, matreiramente, os predicados, causando uma estranha sensação: "A novela no nosso país, passou a ser um membro da família nos últimos anos". Discute-se qual o valor de troca da telenovela, que é uma mercadoria muito original e que é um desafio aos economistas. A novela vende produtos, funcionando como uma vitrine viva através do merchandising. Mas, será que chega a materializar-se em membro da família?
Eu divirjo mesmo é do fecho de ouro de Valmir sobre as novelas: "porque a fantasia dos novelistas, são armas sem munição". Não, Valmir, as telenovelas são muito importantes no Brasil, pois fazem a cabeça de muita gente. Quem escreve novela, no Brasil de hoje, tem mais poder do que general cinco estrelas!
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quarta-feira, 3 de março de 2010
Fique Sabendo de 28 fevereiro a 14 de março
Sinto-me na obrigação de escrever algumas palavras sobre a nova edição do Fique Sabendo. O editor supõe, por exemplo, que deixo de ler algum jornal da cidade. Não deixo. Pelo contrário: participei de um pequeno jornal, amador mesmo, o Folha de Bom Despacho -- e gostei muito.
Os pequenos jornais enfrentam dificuldades, são em geral tocados por uma só pessoa de forma heróica, com muito esforço. E praticamente todos aqui na cidade são pequenos. O fato é que verifiquei, no Folha, que seria possível fazer algo melhor. Tanta gente simpática associou-se ao Fique Sabendo (não é à toa que fiz o linque aqui!), como o pessoal da TV Interativa. Se eu tivesse dinheiro, hoje, investiria na TV Interativa (www.tvinterativabd.com.br). Acho que no futuro, sem dúvida, teremos TV local aqui. Mas é preciso lutar. Espero que os candidatos locais prestigiem a TV Interativa. Ouviu, Jefinho? É tirar o escorpião do bolso e fazer uma propaganda com a TV Interativa!
Penso, por exemplo, que Valmir poderia fazer uma coluna dele, colocar a foto, mostrar a cara, ao invés de escrever um editorial que dilui sua identidade. Em grandes jornais, o editorial é feito por mais de uma pessoa. São sempre assuntos quentes: se Aécio vai aceitar ser vice de Serra, o terremoto no Chile, o apoio de Dilma ao estado-empresário. Não vejo sentido num editorial que, na verdade, representa apenas uma pessoa como é atualmente no Jornal Fique Sabendo. Mostre a cara, Valmir! Assuma o editorial como sendo SEU. Aí, sim, apoio que você dê sua opinião sobre tudo, desde o cachorro quente até o mistério das galáxias.
É preciso esclarecer que a ideia desse blog me veio depois de ver um blog de estudantes de jornalismo de Uberaba que fazia o mesmo: comentava a imprensa. O blog não existe mais, mas a iniciativa, eu soube, foi muito combatida pela imprensa da cidade, que quis até fazer um blog para atacar o "Sensoura", o blog para quem tem senso crítico.
Quando o Revista Cidade do Sol acabou, muita gente que até foi criticada nele, tal como o Italo Coutinho, colunista do Jornal de Negócios, me escreveu reconhecendo que o trabalho possui pertinência para a cidade. Por isso resolvi voltar.
Fico feliz ao ler o Fique Sabendo e ver, por exemplo, que a queixa publicada por esse blog a respeito da cachorrada repercutiu e foi objeto de uma matéria no jornal: "Cachorrada Invade a Praça da Matriz".
A coluna Falando de Música, de Márcio Oliver me parece um espaço sempre honesto desse jornal. Também a coluna Vivendo Bem, de Alessandro Loiola, é muito boa. No antigo blog e Observatório aconteceu um fato curioso. Eu fui ao blog de Alessandro Loiola e contei que leio sua coluna no Jornal Fique Sabendo. E um anônimo deixou uma mensagem garantindo que Alessandro Loiola não autorizou a reprodução periódica da coluna nesse jornal. Valmir nunca se manifestou esclarecendo o fato.
Penso também que é curioso fazer uma matéria falando das expectativas de um show. Por que não explicar quem é o cantor, qual seu repertório, agendar uma entrevista via e-mail ou senão, entrevistar um fã, falar da nova tendência de "sertanejo universitário", que a meu ver seria melhor definido simplesmente como "breganejo". Isso porque mistura a chamada música brega, música anteriormente tocada em puteiro ("Boate Azul" não nos deixa em dúvida sobre essa origem, por exemplo) com a antiga música rural ou caipira. Ou misturava, porque Luan Santana para mim é um tipo de pop que não tem praticamente nada a ver com Alvarenga e Ranchinho, por exemplo.
Em Luan Santana acho curioso a tendência a falar em "meteoro da paixão". Só nos comerciais da tevê e rádio, anoto: os breganejos falam em meteoro da paixão, Robin Hood da paixão, delegada da paixão. Quanta paixão! Eu poderia dizer, então, que Hugo Chávez é o Fidel Castro da paixão, Dilma é o Lula da paixão, sexta-feira é a sexta-feira da paixão e por aí vai!
E, finalizando, por que não divulgar o blog desse médico tão espirituoso? Pois aí vai: http://dralessandroloiola.blogspot.com/
Os pequenos jornais enfrentam dificuldades, são em geral tocados por uma só pessoa de forma heróica, com muito esforço. E praticamente todos aqui na cidade são pequenos. O fato é que verifiquei, no Folha, que seria possível fazer algo melhor. Tanta gente simpática associou-se ao Fique Sabendo (não é à toa que fiz o linque aqui!), como o pessoal da TV Interativa. Se eu tivesse dinheiro, hoje, investiria na TV Interativa (www.tvinterativabd.com.br). Acho que no futuro, sem dúvida, teremos TV local aqui. Mas é preciso lutar. Espero que os candidatos locais prestigiem a TV Interativa. Ouviu, Jefinho? É tirar o escorpião do bolso e fazer uma propaganda com a TV Interativa!
Penso, por exemplo, que Valmir poderia fazer uma coluna dele, colocar a foto, mostrar a cara, ao invés de escrever um editorial que dilui sua identidade. Em grandes jornais, o editorial é feito por mais de uma pessoa. São sempre assuntos quentes: se Aécio vai aceitar ser vice de Serra, o terremoto no Chile, o apoio de Dilma ao estado-empresário. Não vejo sentido num editorial que, na verdade, representa apenas uma pessoa como é atualmente no Jornal Fique Sabendo. Mostre a cara, Valmir! Assuma o editorial como sendo SEU. Aí, sim, apoio que você dê sua opinião sobre tudo, desde o cachorro quente até o mistério das galáxias.
É preciso esclarecer que a ideia desse blog me veio depois de ver um blog de estudantes de jornalismo de Uberaba que fazia o mesmo: comentava a imprensa. O blog não existe mais, mas a iniciativa, eu soube, foi muito combatida pela imprensa da cidade, que quis até fazer um blog para atacar o "Sensoura", o blog para quem tem senso crítico.
Quando o Revista Cidade do Sol acabou, muita gente que até foi criticada nele, tal como o Italo Coutinho, colunista do Jornal de Negócios, me escreveu reconhecendo que o trabalho possui pertinência para a cidade. Por isso resolvi voltar.
Fico feliz ao ler o Fique Sabendo e ver, por exemplo, que a queixa publicada por esse blog a respeito da cachorrada repercutiu e foi objeto de uma matéria no jornal: "Cachorrada Invade a Praça da Matriz".
A coluna Falando de Música, de Márcio Oliver me parece um espaço sempre honesto desse jornal. Também a coluna Vivendo Bem, de Alessandro Loiola, é muito boa. No antigo blog e Observatório aconteceu um fato curioso. Eu fui ao blog de Alessandro Loiola e contei que leio sua coluna no Jornal Fique Sabendo. E um anônimo deixou uma mensagem garantindo que Alessandro Loiola não autorizou a reprodução periódica da coluna nesse jornal. Valmir nunca se manifestou esclarecendo o fato.
Penso também que é curioso fazer uma matéria falando das expectativas de um show. Por que não explicar quem é o cantor, qual seu repertório, agendar uma entrevista via e-mail ou senão, entrevistar um fã, falar da nova tendência de "sertanejo universitário", que a meu ver seria melhor definido simplesmente como "breganejo". Isso porque mistura a chamada música brega, música anteriormente tocada em puteiro ("Boate Azul" não nos deixa em dúvida sobre essa origem, por exemplo) com a antiga música rural ou caipira. Ou misturava, porque Luan Santana para mim é um tipo de pop que não tem praticamente nada a ver com Alvarenga e Ranchinho, por exemplo.
Em Luan Santana acho curioso a tendência a falar em "meteoro da paixão". Só nos comerciais da tevê e rádio, anoto: os breganejos falam em meteoro da paixão, Robin Hood da paixão, delegada da paixão. Quanta paixão! Eu poderia dizer, então, que Hugo Chávez é o Fidel Castro da paixão, Dilma é o Lula da paixão, sexta-feira é a sexta-feira da paixão e por aí vai!
Fala-se tanto em paixão na música, mas as pessoas não vivem tão apaixonadas: a maioria são relacionamentos fugazes, sem compromisso...E como os breganejos falam, ligam, choram, copulam por celular, hein? O celular é o "telefomem" da paixão. Não desligue, por favor...
E, finalizando, por que não divulgar o blog desse médico tão espirituoso? Pois aí vai: http://dralessandroloiola.blogspot.com/
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Cinco poemas para Fabular a História
coles 10 de febrero de 2010
Cinco poemas para fabular la historia - F.E. ®
Leí de Borges la aseveración de que el tiempo real de los noticieros cortó de tajo la creación del mito. De ahí entendí que la poesía debía ser esa interpretadora anti natura, formal y constante, de los hechos que nos quiere vender la historiografía determinista. El mito por lo tanto, es ese misterio básico que todo poema debe insuflar en lo concreto. Presento aquí algunos poemas en los cuales construí mi propia ruta histórica, es decir, la fabulación que me exigían mis propios sueños.
Primer y último canto para Yamahata.
Perdido una mañana, el fotógrafo, en una enmarañada y terrible ciudad, llega por fin a una colina desde donde ve aniquilada, por el resplandor de ayer, a Nagasaki que ahora, se le presenta adelante, interceptándole el paso.
Atemorizado su ánimo, de pronto se le aparece la sombra de Virgilio, que le infunde aliento y promete sacarle de allí, no sin antes hacerle atravesar el reino de los muertos, primero el infierno y después el infierno, hasta que finalmente, en el distante año de 1966, Beatriz (bello nombre de la muerte) le conduce al paraíso.
Echa a andar entonces, cámara en mano y tras Virgilio, va él, Yotsuke Yamahata.
No sé cuánto debo ver
para convencer a todos de este horror.
¡Cuán penoso es referir lo horrible!
¡Cuánto peso para una memoria tan sola!
Nagasaki me contempla con sus ojos calcinados,
me distingue de entre las ruinas,
repite en sus palabras el estallido silencioso
en el cielo de ayer.
Estoy en pie, sobre la colina donde cayó el sol,
un perro me ha seguido, olfateando mi vida,
pero no tengo agua ni milagros
y dejo entonces que se arrime a mi sombra.
Pregunto a quien encuentro acerca de la luz:
¿Cómo fue el brillo de la última sorpresa?
¿Cuál de todas las muertes fue el destello primero?
“¡Pero Ay, Yotsuke! ¿Pero es que no lo sabes?
Fueron los ciegos quienes lo vieron
fueron los sordos quienes escucharon,
una sola palabra fue dicha
y la ceniza pronto se hizo canto.”
Y tu nada me contestas Virgilio,
tu miras hacia abajo
hacia el brazo que se aferra a la idea de un niño,
señalas siluetas en las paredes,
caminas como el humo que se disipa revelando los espectros.
¡Ay cuánto pavor resumirá mi nombre!
¡Cuántos pedazos imposibles de agrupar!
Cuantos muertos posando esta muerte maldita
que se repite y prolonga en cada disparo de mi flash.
Tan lejos de lo que vi está lo que digo...
Lamento en Stalingrado
(1943 grados bajo cero)
Frío.
Es demasiado,
mis recuerdos ya no dan calor,
la nieve ha ido ablandando
el estruendo de los cañones
y me sumerge a pedazos
en un sueño sin voces,
largo,
de blancas metrallas.
Si tan sólo pudiera cantar
tiembla el Volga en los nervios de la estepa,
tiemblan mis manos mientras caen
las noches últimas...
Vienen ellos
entre un galope de escarchas,
sus bocas son inmensas como la ciudad muerta.
Me buscan adentro de las fábricas,
brigada fantasma del Mamayev,
buscan el rastro de mi sangre en coágulos,
pasan sin ojos
pasan
y la nieve es un adios,
un armiño que se pierde
en las tundras de mi sueño.
Historia lega
Fugit irreparabile amor
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
Y al principio, su nombre fue Amor, pero luego, al ser pulida en su espejo, el nombre dio vueltas en el tiempo, deslumbró al mundo y quedó como Roma
ante los ojos inversos de Dios.
Manes y Dioses, harinas y sales, en siglos de triunfo y arcos de tiempo el amor fue desterrado de entre los curites y decirte amor era jugarte la vida, atraerte las Furias, traicionar tu Venus infecunda.
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
De partos múltiples nació Mario, Escipión, César y Sila, y estos, a la vez, adoptaron a estatuas como hijos: Augusto, Tiberio, Trajano y Severo; pero en ninguno de ellos creció el amor, era el mármol quien levantaba ciudades, era el circo quien devastaba ciudades, y de su ombligo y de su grito brotó el Tíber con su mosaico de peces y ruinas multiplicadas… Nadie tuvo piedad por ella: la piedad era hija del amor y de esto, ella, no tenía nada, era seca como una almendra y frívola como patricia en celo.
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
Logaritmo ruinoso de piedra y granito Roma era un juego de manos y palabras, donde un día hubo imperio ahora reinaban los gatos monarcas, donde los gansos delatan a Breno ahora se estrechaban, orando, los beatos del charter y los curas petrificados. Nada quedó en su sitio, todo fue destruido en la ciudad sitiada. Odoacro fundó el caos y Rómulo una paz soñada. ¡Adiós al Quirinal, adiós a la Curia Hostilia! Si vas a Roma en busca del amor, encontrarás sus ruinas pero jamás la palabra, pero jamás el amor.
Variación lunática
Ad astra per aspera
00.69 GMT
Yo he estado aquí, he visto esto:
en el año 69 se descubre la forma
que tres motores eleven por fin
el obelisco magnífico de Luxor.
En Palenque se declara día nacional
y las estelas arden con fogatas en sus bases.
Pero nadie llega al cielo;
un impulso electromagnético
nos da la visión de un simulacro flotante
que por ser de piedra
caerá un día como un bólido,
en dos fases, sobre el mar de Bering.
En Tunguska, la taiga florece de nuevo
y los esquimales se callan el portento
de una aurora boreal rasgada en su mismo centro.
HRN se olvida de Armstrong y lo suple
con el nombre del primer salvadoreño
en poner un pie sobre la ingrávida Honduras.
La historia, no tiene estación ni frecuencia,
simplemente no existe.
El último P-51 es derribado en Goascorán
y la gente le cae a machetazos
come de sus entrañas
y levanta un altar para el último pájaro a pistones
en hacer la guerra.
00.61 GMT
En el año 61
Gagarin planea blanco sobre la materia oscura;
un guiño de espejos nos muestra el rostro hierático
del primer simio espantado en saltar al vacío.
Todos comen de sus frutos incandescentes.
La Madre Rusia le explica al mundo
a qué sabe lo auténticamente remoto.
00.45 GMT
Von Braun envía naves no tripuladas
a los cráteres de Londres y Amberes.
Las ruinas del universo crecen en tierra
y le dan nombre a quienes viendo el espacio
escupen su venganza, sus V-2, sus Vergeltungswaffe
sobre una humanidad de subsuelos
que busca en las raíces
la más leve muestra del brillo de las estrellas.
00.02 GMT
George Mélies
hace el primer retrato hablado de Julio Verne.
Mimo lunático
Verne se muestra pálido y molesto
con un proyectil incrustado en la mirada.
00-00.00000000001 GMT
Lo eterno
y los constantes viajes a lo bucólico,
a los estanques dormidos, al Mar de la Tranquilidad.
Los desvelos de Ovidio y Virgilio,
el tenue brillo de tus filtros
en los pasillos de Cnosos.
El triángulo que fuiste en las noches de Tanit,
veleidosa Chang- E
o polícroma Mani.
Selene infinita,
Ningal que despide y vela el paso
a los que huyen de noche.
Proyectil de corcho
que ningún mar hundirá,
batiscafo de los deslumbrados,
bandeja donde acumulas caderas,
piernas, manos, cabeza de Coyolxauhqui,
todos los bronces
todas las bramas de Calígula,
el aullido de la loba capitolina
y el esplendor en que doras columnas, capiteles,
el sexo vertido del hombre y la mujer,
todos los placeres, entonces, todas las savias
el ascenso al nombre, a las olas,
al liviano cuerpo transmutado a sudario,
calca de los solos,
bastión,
abismo,
perra.
El olvido
Mi nombre era Elliah T. Svenson
y luché en el 1/4 Batallón del Royal Norfolk Regiment,
Gallipoli, en 1915.
Una inmensa nube me trajo hasta aquí
al mundo de los ecos y el silencio.
De entre el polvo surgían las bayonetas,
los silbatos rompían los tímpanos
y en medio del resollar de la marcha
las órdenes que nos pedían aguantar
hasta la última gota de sueño.
Cierta mañana, la nube vino por nosotros.
La vimos llegar
como un lento amaranto en que la tarde se enreda,
y callamos
aún con las balas royendo la carne,
la vimos
y no supimos que la muerte
disfrazaba con glorias sus olvidos
y con visiones de niño
sus más antiguos pavores.
Yo fui Elliah T. Svenson
y nada tuve que ver con los carros de fuego.
No fui el santo ni el héroe,
desaparecí de los archivos
y hasta del consuelo de una tumba
para un soldado desconocido.
II
Yo fui Macario,
pez nominal atrapado
en la inmensa red del santoral.
Serví –pica y machete en mano-
en las últimas cargas de La Trinidad
y en el primer pelotón de voluntarios Texiguat en el 24.
Morazán brillaba a lo lejos
cuando al recibir la estocada desperté de pronto,
bajo las órdenes de Tosta en El Berrinche.
No pregunté nada,
quién mandaba o quién mataba,
las ametralladoras barrían hasta el nombre,
hombres de poca monta y ocultos bajo el sombrero
servíamos de fondo en los daguerrotipos de los Jefes.
En nuestros huesos apilados
se veían las iniciales que sólo una madre reconoce
en el recuerdo doloroso de su parto y de nuestra partida.
III
Me llamaron Deimones
y poco sabía del odio y de la sangre.
Levanté sarisas y empuñé la espada,
lleno de bronces, empapé el cuero con mi sudor
y le di a la falange un paso más
en su cuadrado andar hacia la muerte.
Poco sabía de historia y geografías
y sin embargo me vi de lleno
inmerso en las márgenes vitales del Ganges
y en las ásperas faldas del Hindo Kush.
A él lo vi de cerca, en una fugaz ocasión,
al girar los hetaroi
en el golpe de mano de Gaugámela.
Y no me impresionó:
su mirada era seca como en todo miedo
y su grito era un hilo de agua
vertida en la candente arena.
Después llegaron las flechas y los ayes,
el hermano perdía a su hermano,
y los nadies recorríamos a pie
el pedregoso camino hacia la estatua sin gloria.
Lo vi arder en Babilonia
sobre una pira de rumores e incertidumbre.
Luego partí con Seleuco y fui prisionero de Ptolomeo.
Entre los escalones del Faro de Alejandría
-desde hace mucho bajo el mar-
los pececillos muerden las huellas
de un esclavo que fue nadie
y que sin embargo levantó la luz
vio la luz y como un insecto
quedó incinerado bajo ella.
Cinco poemas para fabular la historia - F.E. ®
Leí de Borges la aseveración de que el tiempo real de los noticieros cortó de tajo la creación del mito. De ahí entendí que la poesía debía ser esa interpretadora anti natura, formal y constante, de los hechos que nos quiere vender la historiografía determinista. El mito por lo tanto, es ese misterio básico que todo poema debe insuflar en lo concreto. Presento aquí algunos poemas en los cuales construí mi propia ruta histórica, es decir, la fabulación que me exigían mis propios sueños.
Primer y último canto para Yamahata.
Perdido una mañana, el fotógrafo, en una enmarañada y terrible ciudad, llega por fin a una colina desde donde ve aniquilada, por el resplandor de ayer, a Nagasaki que ahora, se le presenta adelante, interceptándole el paso.
Atemorizado su ánimo, de pronto se le aparece la sombra de Virgilio, que le infunde aliento y promete sacarle de allí, no sin antes hacerle atravesar el reino de los muertos, primero el infierno y después el infierno, hasta que finalmente, en el distante año de 1966, Beatriz (bello nombre de la muerte) le conduce al paraíso.
Echa a andar entonces, cámara en mano y tras Virgilio, va él, Yotsuke Yamahata.
No sé cuánto debo ver
para convencer a todos de este horror.
¡Cuán penoso es referir lo horrible!
¡Cuánto peso para una memoria tan sola!
Nagasaki me contempla con sus ojos calcinados,
me distingue de entre las ruinas,
repite en sus palabras el estallido silencioso
en el cielo de ayer.
Estoy en pie, sobre la colina donde cayó el sol,
un perro me ha seguido, olfateando mi vida,
pero no tengo agua ni milagros
y dejo entonces que se arrime a mi sombra.
Pregunto a quien encuentro acerca de la luz:
¿Cómo fue el brillo de la última sorpresa?
¿Cuál de todas las muertes fue el destello primero?
“¡Pero Ay, Yotsuke! ¿Pero es que no lo sabes?
Fueron los ciegos quienes lo vieron
fueron los sordos quienes escucharon,
una sola palabra fue dicha
y la ceniza pronto se hizo canto.”
Y tu nada me contestas Virgilio,
tu miras hacia abajo
hacia el brazo que se aferra a la idea de un niño,
señalas siluetas en las paredes,
caminas como el humo que se disipa revelando los espectros.
¡Ay cuánto pavor resumirá mi nombre!
¡Cuántos pedazos imposibles de agrupar!
Cuantos muertos posando esta muerte maldita
que se repite y prolonga en cada disparo de mi flash.
Tan lejos de lo que vi está lo que digo...
Lamento en Stalingrado
(1943 grados bajo cero)
Frío.
Es demasiado,
mis recuerdos ya no dan calor,
la nieve ha ido ablandando
el estruendo de los cañones
y me sumerge a pedazos
en un sueño sin voces,
largo,
de blancas metrallas.
Si tan sólo pudiera cantar
tiembla el Volga en los nervios de la estepa,
tiemblan mis manos mientras caen
las noches últimas...
Vienen ellos
entre un galope de escarchas,
sus bocas son inmensas como la ciudad muerta.
Me buscan adentro de las fábricas,
brigada fantasma del Mamayev,
buscan el rastro de mi sangre en coágulos,
pasan sin ojos
pasan
y la nieve es un adios,
un armiño que se pierde
en las tundras de mi sueño.
Historia lega
Fugit irreparabile amor
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
Y al principio, su nombre fue Amor, pero luego, al ser pulida en su espejo, el nombre dio vueltas en el tiempo, deslumbró al mundo y quedó como Roma
ante los ojos inversos de Dios.
Manes y Dioses, harinas y sales, en siglos de triunfo y arcos de tiempo el amor fue desterrado de entre los curites y decirte amor era jugarte la vida, atraerte las Furias, traicionar tu Venus infecunda.
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
De partos múltiples nació Mario, Escipión, César y Sila, y estos, a la vez, adoptaron a estatuas como hijos: Augusto, Tiberio, Trajano y Severo; pero en ninguno de ellos creció el amor, era el mármol quien levantaba ciudades, era el circo quien devastaba ciudades, y de su ombligo y de su grito brotó el Tíber con su mosaico de peces y ruinas multiplicadas… Nadie tuvo piedad por ella: la piedad era hija del amor y de esto, ella, no tenía nada, era seca como una almendra y frívola como patricia en celo.
Dios jugó a lego con Roma,
Roma era lega para Dios.
Logaritmo ruinoso de piedra y granito Roma era un juego de manos y palabras, donde un día hubo imperio ahora reinaban los gatos monarcas, donde los gansos delatan a Breno ahora se estrechaban, orando, los beatos del charter y los curas petrificados. Nada quedó en su sitio, todo fue destruido en la ciudad sitiada. Odoacro fundó el caos y Rómulo una paz soñada. ¡Adiós al Quirinal, adiós a la Curia Hostilia! Si vas a Roma en busca del amor, encontrarás sus ruinas pero jamás la palabra, pero jamás el amor.
Variación lunática
Ad astra per aspera
00.69 GMT
Yo he estado aquí, he visto esto:
en el año 69 se descubre la forma
que tres motores eleven por fin
el obelisco magnífico de Luxor.
En Palenque se declara día nacional
y las estelas arden con fogatas en sus bases.
Pero nadie llega al cielo;
un impulso electromagnético
nos da la visión de un simulacro flotante
que por ser de piedra
caerá un día como un bólido,
en dos fases, sobre el mar de Bering.
En Tunguska, la taiga florece de nuevo
y los esquimales se callan el portento
de una aurora boreal rasgada en su mismo centro.
HRN se olvida de Armstrong y lo suple
con el nombre del primer salvadoreño
en poner un pie sobre la ingrávida Honduras.
La historia, no tiene estación ni frecuencia,
simplemente no existe.
El último P-51 es derribado en Goascorán
y la gente le cae a machetazos
come de sus entrañas
y levanta un altar para el último pájaro a pistones
en hacer la guerra.
00.61 GMT
En el año 61
Gagarin planea blanco sobre la materia oscura;
un guiño de espejos nos muestra el rostro hierático
del primer simio espantado en saltar al vacío.
Todos comen de sus frutos incandescentes.
La Madre Rusia le explica al mundo
a qué sabe lo auténticamente remoto.
00.45 GMT
Von Braun envía naves no tripuladas
a los cráteres de Londres y Amberes.
Las ruinas del universo crecen en tierra
y le dan nombre a quienes viendo el espacio
escupen su venganza, sus V-2, sus Vergeltungswaffe
sobre una humanidad de subsuelos
que busca en las raíces
la más leve muestra del brillo de las estrellas.
00.02 GMT
George Mélies
hace el primer retrato hablado de Julio Verne.
Mimo lunático
Verne se muestra pálido y molesto
con un proyectil incrustado en la mirada.
00-00.00000000001 GMT
Lo eterno
y los constantes viajes a lo bucólico,
a los estanques dormidos, al Mar de la Tranquilidad.
Los desvelos de Ovidio y Virgilio,
el tenue brillo de tus filtros
en los pasillos de Cnosos.
El triángulo que fuiste en las noches de Tanit,
veleidosa Chang- E
o polícroma Mani.
Selene infinita,
Ningal que despide y vela el paso
a los que huyen de noche.
Proyectil de corcho
que ningún mar hundirá,
batiscafo de los deslumbrados,
bandeja donde acumulas caderas,
piernas, manos, cabeza de Coyolxauhqui,
todos los bronces
todas las bramas de Calígula,
el aullido de la loba capitolina
y el esplendor en que doras columnas, capiteles,
el sexo vertido del hombre y la mujer,
todos los placeres, entonces, todas las savias
el ascenso al nombre, a las olas,
al liviano cuerpo transmutado a sudario,
calca de los solos,
bastión,
abismo,
perra.
El olvido
Mi nombre era Elliah T. Svenson
y luché en el 1/4 Batallón del Royal Norfolk Regiment,
Gallipoli, en 1915.
Una inmensa nube me trajo hasta aquí
al mundo de los ecos y el silencio.
De entre el polvo surgían las bayonetas,
los silbatos rompían los tímpanos
y en medio del resollar de la marcha
las órdenes que nos pedían aguantar
hasta la última gota de sueño.
Cierta mañana, la nube vino por nosotros.
La vimos llegar
como un lento amaranto en que la tarde se enreda,
y callamos
aún con las balas royendo la carne,
la vimos
y no supimos que la muerte
disfrazaba con glorias sus olvidos
y con visiones de niño
sus más antiguos pavores.
Yo fui Elliah T. Svenson
y nada tuve que ver con los carros de fuego.
No fui el santo ni el héroe,
desaparecí de los archivos
y hasta del consuelo de una tumba
para un soldado desconocido.
II
Yo fui Macario,
pez nominal atrapado
en la inmensa red del santoral.
Serví –pica y machete en mano-
en las últimas cargas de La Trinidad
y en el primer pelotón de voluntarios Texiguat en el 24.
Morazán brillaba a lo lejos
cuando al recibir la estocada desperté de pronto,
bajo las órdenes de Tosta en El Berrinche.
No pregunté nada,
quién mandaba o quién mataba,
las ametralladoras barrían hasta el nombre,
hombres de poca monta y ocultos bajo el sombrero
servíamos de fondo en los daguerrotipos de los Jefes.
En nuestros huesos apilados
se veían las iniciales que sólo una madre reconoce
en el recuerdo doloroso de su parto y de nuestra partida.
III
Me llamaron Deimones
y poco sabía del odio y de la sangre.
Levanté sarisas y empuñé la espada,
lleno de bronces, empapé el cuero con mi sudor
y le di a la falange un paso más
en su cuadrado andar hacia la muerte.
Poco sabía de historia y geografías
y sin embargo me vi de lleno
inmerso en las márgenes vitales del Ganges
y en las ásperas faldas del Hindo Kush.
A él lo vi de cerca, en una fugaz ocasión,
al girar los hetaroi
en el golpe de mano de Gaugámela.
Y no me impresionó:
su mirada era seca como en todo miedo
y su grito era un hilo de agua
vertida en la candente arena.
Después llegaron las flechas y los ayes,
el hermano perdía a su hermano,
y los nadies recorríamos a pie
el pedregoso camino hacia la estatua sin gloria.
Lo vi arder en Babilonia
sobre una pira de rumores e incertidumbre.
Luego partí con Seleuco y fui prisionero de Ptolomeo.
Entre los escalones del Faro de Alejandría
-desde hace mucho bajo el mar-
los pececillos muerden las huellas
de un esclavo que fue nadie
y que sin embargo levantó la luz
vio la luz y como un insecto
quedó incinerado bajo ella.
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Honduras
terça-feira, 2 de março de 2010
Blog do Johnny de novo
Indico esse blog de novo:
http://johnnyguimaraes.blogspot.com/
Gostei muito de comparar as críticas ao livro dele de 1996 com a minha. Fiquei orgulhoso de verificar que meu texto convergiu com o do experiente José Afrânio Moreira Duarte.
Wilson: dê uma olhada nesse blog, acho que tem tudo a ver você conhecer o Johnny, ele é policial federal em Varginha.
http://johnnyguimaraes.blogspot.com/
Gostei muito de comparar as críticas ao livro dele de 1996 com a minha. Fiquei orgulhoso de verificar que meu texto convergiu com o do experiente José Afrânio Moreira Duarte.
Wilson: dê uma olhada nesse blog, acho que tem tudo a ver você conhecer o Johnny, ele é policial federal em Varginha.
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