domingo, 6 de julho de 2008

Caro Anônimo

Caro anônimo:

Roberto Schwarz acaba de abrir a FLIP dizendo que há livros que só tem o nome de seus pais (autores) em suas capas e mais nada. Mas eu, para me dirigir a você, nem sequer tenho teu nome, não é? Quem és?

Estou em tensionamento com essa tradição de escritores mineiros contadores de causo mesmo. E, de acordo com a carta que recebi do Giba e publiquei a seguir, parece-me que realmente a imagem de caipira foi vestida por Carlos Herculano para vender o livro no Jô. Não vejo problemas nisso nem o invejo. Eu não vestiria essa carapuça, afinal, vivo num meio caipira, acho respeitável, por exemplo, Guimarães Rosa, o dialeto caipira, etc. No entanto, essa carapuça no interior é lugar-comum.

Não invejo jornalistas: a maioria vive de frilas, sem carteira assinada, ou pelo menos eles se queixam de ter de mendigar frilas nesse monopólio de imprensa no País. É assim que eles falam nos bastidores. Fora os constrangimentos políticos, a censura e a autocensura, etc. Prefiro ganhar dinheiro com outras coisas e ter liberdade para ser eu mesmo como sou aqui nesse blog do que ter que "ser" o Aécio para ganhar a vida.

Um comentário:

Jorge Schweitzer disse...

Encontrei, no google, uma citação em que você parece descrever uma brincadeira que fiz com Gerald Thomas...

Procurei o texto integral mas, por absoluta ignorância, não localizei por aqui...

Na transcrição de parte da conversa parece que você atribui a mim a frase: "ehhh, é Otávio de Carvalho, amigo do Nietzsche? É viado ou garanhão?"...

Esta frase não existiu, evidentemente, e o vídeo ainda encontra-se no youtube para comprovar...

Como tive acesso somente a parte do que você teria escrito não tenho idéia se é uma zoação com o encontro inusitado ou algum equívoco...

Sou desinformado sobre mundaréu de assuntos mas não transito por onde possa cometer barbaridades desta magnitude...

Abração,

Jorge Schweitzer