sábado, 19 de julho de 2008

Poema

BRANCO

Alvo da investigação

miro o corpo

e atravesso as cores

onde se esconde.

Branco: o susto invade

o dia sem segredos.

Observo o olho semicerrado

com que a arma mira

o condenado.

Branco: a memória cede espaço

ao presente. O tiro parte.

Olho o alvo investigado

na constância do pecado.

Branco: intercalada cor

sem novidade.

(Pedro Du Bois, inédito)

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