segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Phelphes e a Diamba

Eu, se fosse o Michael Phelphes, faria desse flagra um protesto em favor da legalização da maconha.

E digo isso porque detesto maconha, não sou fã de reggae, gosto do som dos hippies, mas só do pessoal da época, os meia-oitos mesmo. Do pessoal da minha geração, quando fuma maconha, gosto de distância. Não gosto nem daquele cheiro adocicado nojento, nem do papo sussurado, as gírias, o culto em torno do prazer da droga, tudo isso me dá antipatia.

Legalizem, para que vire um cigarrinho qualquer e perca a mística. Vamos combater outras drogas, tal como o crack. O Rio, principalmente, precisa. Acabaríamos com os capitães nascimento da vida -- ou da morte. Filmeco do Padilha. Sou mais Cinema Novo e Nouvelle Vague. Literatura contemporânea até me sinto na obrigação de acompanhar, mas cinema da retomada vejo só esporadicamente. Vi Show de Bola e detestei, achei que reuniu clichês de vários outros filmes tais como Cidade de Deus e Tropa de Elite. Se Linha de Passe for assim...mas Waltinho é um socialista cristão lírico. O Che dele dos Diários, um filme bom, é o cristão lírico antes da Queda na loucura da revolução, é o Waltinho...

Blogs, se bem sucedidos, são praças de touros onde desfilam egos antropofágicos em luta contra o meio que os sabem desproporcionais, pois há milhões de seres humanos no mundo e um ego sem tamanho é sempre um trambolho: ver alguém vergar sob o peso de um faz dó. Se eles são para uns poucos, como o meu, são monólogos interiores infindáveis. É o querido diário que você escreve e torce para seu colega de trabalho não encontrar. Mas ele vai encontrar.

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