quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Sinopse de A Shadow in the Dark (Uma Sombra no Escuro)

UMA SOMBRA NO ESCURO (Shadow In The Dark)

Direção: David Hayman(Inglaterra, 1990).

O filme conta a história de Larry Winters, condenado à prisão pelo assassinato de um barman no Soho londrino. Larry Winters existiu e até colaborou no roteiro. Depois de sua morte o roteiro foi concluído a partir de seus escritos e poemas alucinados. Alucinado mesmo: inspirava-se em Nietzsche, usava drogas e delirava sempre com Alice (a do país das maravilhas) e um sensual cavalo branco. Na infância uma obsessão em matar coelhos o perseguia. Ele nasceu em 1943 e suicidou-se na prisão-sua pena era perpétua-em 1977.

Através de uma narrativa não linear, o último dia da vida de Winters. Winters era da mesma geração de Che Guevara e John Lennon, para ficar só nestes dois exemplos, mas foi infinitamente menos feliz que estes. Só descobriu a literatura como forma de expressão depois do incidente com o barman, ao que indica o filme. Este crime infernizou sua vida-ou os anos que lhe restaram. Nunca se tornou ídolo juvenil ou artista internacionalmente conhecido, como Jim Morrison ou Bob Dylan, mitos cultuados até hoje. Sua obra só alcançou o grande público internacional com este filme. Isto se admitirmos que na Inglaterra ele seja conhecido e cultuado por públicos específicos. Mas acho que o título do filme alude a este esquecimento que ele sofreu, logo Winters que poderia ter sido um escritor bem-sucedido. Terminou encarcerado como criminoso, um homicida comum, o que o levou a usar drogas e a acabar cometendo o suicídio. No filme estão estrelando: Ian Glen, Anne Kristen, Tom Watson. Alguns de seus poemas:

“Mente perturbada/ Sem pensamento ou diversão/Sem sol...nada/ é importante morrer na hora certa/ Zaratrusta disse/ Quem não viveu no tempo certo/ Não pode morrer na hora certa/ Considere meu caso...Nasci na hora errada...Lutei na hora errada/-Matou na hora errada/-A vida é uma piada cósmica.”

“Carbisdale/ Cheia de montanhas e flores/ O ar era sensual, como o milagre dos odores femininos.

Arbustos prenhes olhavam e cada hímem polinizado era significativa transformação para vida. Carbisdale, Carbisdale, tão bem conheço este nome! Meu há muito perdido abrigo/ Toda tarde em casa, me volto para ti, em lágrimas./ Carbisdale, Carbisdale, conheço este nome tão bem. Meu há muito perdido abrigo./ Toda tarde, em casa, me volto para ti em lágrimas.”

“Moro dentro de um livro, quando posso/ Nunca assisto televisão, não preciso.

Tenho a minha aqui na cabeça./ E toda vez que a porta se fecha e eu estou na cama, ela liga.

E não é influenciada pelos imbecis que fazem programas/ E Harry Hadler me expõe o teatro anarquista/

Pacifistas...Viagens coloridas.../ E Sidarta passa por tudo outra vez./ Como se escreve existencialismo?” (...)

“Junto ao lago, às margens do lago/ Ele toca a melodia/ Que compôs um dia/ Para celebrar a vontade de Deus.” “A verdadeira voz da liberdade/(...) Pega dinheiro emprestado, vai para a estação.”(...) ”Vai, vai para casa./ Foge da tua taxação de pensamentos e dispersão da mente/ Para a recepção quente de uma esposa frígida./ Um ronco de trovão, o cigarro queimado até a ponta. Espere...Estou indo...é apenas a luz da rua, quebrada pela névoa.” “ ...E dentro de uma miragem cheia de amarelo...Onde plantas parecidas com cactus viviam/(...) Para, numa noite, acordar com o som de aço contra aço...E a caixa de ferro se fechar sobre você. Pára de ouvir a si mesmo, a porta abrirá./ Tropeçando, à noite/ Se arrastando, de dia/ Com tempestades de areia escaldantes, geadas/ Você entra no maldito deserto químico/ Bebe a àgua imunda dos pântanos./ Você tenta se afogar mas descobre que não é submergível/ Sua única saída é o soar de risadas genuínas/ Por nove dias seguidos./ Depois disso, o céu se abre, há relâmpagos e vozes cantando/ Você cantando! Liberado!/ Mas precisa é claro, voltar...Lembra-se?”

White Horse Blues: “No White Horse bar, no Soho/ Não longe de Leicester Square/ O salão estava repleto de gente/ E um cara com a pistola estava presente/ Paddy, o barman, como sempre, servia bebidas aos clientes./ Quando o cara da pistola engrossou/ E exigiu todo o dinheiro do caixa./ Na confusão que se formou/ a pistola, de repente, disparou./ E seguido pelos olhares/ No silêncio que se fez/ o homem fugiu com rapidez./ Prenderam o cara da pistola/ E o trancaram numa cela./ Mas a alma do velho Paddy saiu voando/ E nos negros portões do inferno foi entrando/ Que Deus abençõe a alma dele e a mim castigue/ Porque por suas ações cada homem tem de pagar/ Mas se o barman tivesse me dado o

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