O escritor, cineasta e blogueiro Leandro Rodrigues, resolveu divulgar gratuitamente seu livro na internet, no formato e-book. O livro está disponível para ser baixado no seguinte endereço: http://www.4shared.com/file/36040751/461ac43a/Modeloseoutroscontos_LeandroAndrade.html
De origem gaúcha, radicado em Floripa, esse sujeito será um grande escritor. Abaixo, leia o conto Proibidão #1:
Após dançarem até quase perderem os sentidos, os dois pararam, pois necessitavam de água. Os corpos novamente hidratados e exaustos ainda assim conservavam as suas belezas. Cada uma a seu jeito sentia tesão pelo outro; ela era loira e ele tinha poucos cabelos na cabeça raspada.
“Quero te foder aqui mesmo, como um animal”, disse ele, entrecortado pelo ritmo hipnótico da música. “Vem que eu tô sem calcinha”, ela disse já procurando o pênis dele por cima da calça. Empurrou-a para um canto. Ele abriu o zíper e penetrou-a, antes da música acabar já tinha gozado. Nesse momento ela queria mais e mais.
Ele a entrelaçou em seus braços e disse que também queria mais, mas não agora e não ali. Ela cuspiu na cara dele e ele juntou o cuspe na mão e passou na cabeça de baixo e a currou por trás. Ela gemia e gemia e pedia para ele parar. A música parou e outra não recomeçou.
Dois gigantescos seguranças do evento o ejetaram o mais rápido possível do recinto. Parecia que estavam em uma orgia particular, mas não! Era um baile de formatura. Os dois loucos como sempre haviam feito mais uma ceninha do teatro do absurdo que era aquele relacionamento doentio.
“Comer meu rabo foi um pouco demais para aquela festa careta, seu maníaco abjeto”, reclamou ela.
“Se eu não fosse maníaco você não daria nunca para mim.”
“Se aquele merda do Gugu colocar isso na coluna dele outro dia, eu te arranco a bola direita”, ameaçou a garota.
Ele tentou tranqüilizá-la, “Não vai sair, eu te garanto! Prometo que não faço isso de novo.”
“E não vai mesmo, seu filho da puta”, ela disse de forma que ele já estava excitado de novo. “E baixa essa vara que já me estourasse toda hoje. Credo, tô me sentindo como uma puta.”
“Agora tu sabe como tua mãe se sente”, gargalhou ele. “Então vem aqui, sua vadia e termina o serviço. Pelo menos chupa, eu sei que tu gosta.”
Quando estava quase gozando, ela pediu: “Bem na minha cara, seu filho da puta, e depois espalha pelos meus peitos!”
Ele não obedeceu e esporrou na boca da garota. Ela se engasgou e tossiu. E um pouco de porra escorreu pelo seu queixo. “Filho da puta!” exclamou ela, soqueando o peito dele.
Quanto a ele, já não sabia se era parte da brincadeira ou se era um protesto genuíno. Achou melhor deixar para lá e foi tomar banho.
No início da semana, ela o procurou desesperada. “Saiu no jornal, aquela bicha maconheira publicou numa nota. Seu merda! Entrei para trabalhar e todos me olharam como se eu tivesse a peste.”
“Que que eu posso fazer?” indagou ele sem convicção. “Relaxa, isso passa.”
“E se isso tivesse acontecido com a lésbica da tua irmã, me diz? A tua mãe ia ao delírio!”, ela disse quase espumando.
Numa cidade tão provinciana como aquela não restava mais nada para ela do que se mudar, e para bem longe. E nunca mais ver aquele tarado. Foi o que fez. Ele ainda é lembrado, mesmo durante meses após o fato, e procurado por várias mulheres, que pelo menos têm a decência de dar para ele em lugares um pouco mais privados. Ele nem se lembra mais dela direito. Ela nunca mais fez sexo anal com ninguém.
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