No entanto, a crise da representação política no Brasil não é nada engraçada: é trágica. A comunidade protestante/evangélica que o diga: costumeiramente, como a maior parte da população brasileira, tem eleito representantes que se envolvem em escândalos de corrupção (que muitas vezes atingiram também pastores e bispos). Alguns exemplos: Edir Macedo, Bispa Sônia, Cabo Júlio e agora Garotinho. A informação sobre a crise política dessa comunidade já veio à baila na imprensa bom-despachense, mas infelizmente ocorreu uma generalização, dando a entender que todas as igrejas seriam corruptas, o que não é verdade.
O autor do texto em questão, quem sabe numa distração de poeta em sua torre de marfim, imaginou que a cidade estaria vivendo uma conversão coletiva de bares
Na época, o poeta não foi diretamente respondido, mas a resposta veio. E deu a entender o seguinte: hoje não se gasta mais tanto latim e teologia e não se fazem mais sacerdotes como antigamente... Na época dessa polêmica, um comerciante da cidade me disse: “existem pastores aqui que não são bons pagadores”. Eu não acreditei: não creio, pois é muito absurdo: logo o protestantismo, que, com sua lição de que é preciso trabalhar duro, ser honesto e abrir mão dos prazeres, ajudou a criar o capitalismo, segundo Max Weber! O mesmo sociólogo também falou: “o bom pagador é o dono da bolsa alheia”. E disse mais: a sociedade onde existe muita gente que não gosta de pagar é atrasada e subdesenvolvida. Se a carapuça servir...
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