sábado, 12 de abril de 2008

Outro do Pedro Poeta

SEDE

Minha sede
extravasa o copo
derrama sobre a pedra
e a resseca
como solo
desértico: minha sede
abarca
mares
abarrota armários
sensibiliza a carne permitida:

minha sede multiplica
a sede faz da hora
o exílio

minha sede resseca minha boca
de palavras.

(Pedro Du Bois, inédito)

Um comentário:

Sergio Kroeff Canarim disse...

Oi sou amigo de pedro e também poeta.
tenho um blog:
http://existenznoexistenz.blogspot.com
indicado para poesia revolucionária
abraço