Lendo Peter Brook, vejo que ele aborda esse assunto do "teatro morto". Para ele, é quando uma peça não diz nada ao presente, à vida cotidiana e é repetida em grande parte mecanicamente, com belos figurinos, coisa e tal, mas MORTA.
Vejam o que Brook dizia ainda em 1970, no livro The Empty Space (O Teatro e seu Espaço):
O problema do teatro "Morto" é como o problema do chato mortal. Cada chato mortal tem cabeça, coração, braços, pernas; geralmente tem família e amigos; e chega mesmo a ter admiradores. Entretanto, suspiramos quando o encontramos --e nessse suspiro estamos lamentando que, de alguma maneira, ele está no fundo ao invés de estar no auge de suas possibilidades.
Vendo um episódio da minissérie canadense, dá para ver bem o personagem que inspirou o brasileiro "Oswald Thomas" dizendo isso de Hamlet, mas de uma maneira abrupta e que apareceu como parte de seu imediatismo e caricatura, mas tem sentido na teorização teatral, como vimos acima, nem é um clichê de Gerald Thomas (como muita gente deve ter pensado). Não gosto da acusação de cópia que se faz a Som e Fúria, que assume ser uma versão inclusive nos créditos. Mas vejam:
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