Laerte  Braga
Quando agentes do serviço  secreto dos EUA deram a Bush a notícia que o World Trade Center havia sido  atingido e o país estava “sob ataque de forças terroristas”, o presidente estava  falando a crianças sobre suas experiências em seu tempo de estudante e com um  livro às mãos.
O livro estava de cabeça  para baixo.
O documentário “Fahrenheit  – 11 de setembro” do cineasta Michel Moore mostra George Walker Bush paralisado  e sem ter a menor idéia do que fazer e só dez minutos depois foi retirado do  local pelos agentes que lá estavam, ainda sem esboçar a menor reação. Todas as  providências possíveis de serem tomadas no caso já haviam sido postas em prática  pelo vice-presidente Dick Chaney. 
A primeira providência  real de Bush foi tomada por seu pai também George e ex-presidente, em acordo com  Chaney, de retirar familiares de bin Laden do território norte-americano antes  de fechar os aeroportos. Foi o único vôo a decolar de aeroportos dos EUA. Os bin  Laden são sócios da famíia Bush e Chaney é executivo de empresas do conglomerado  a que a família Bush pertence.
Bush foi eleito numa  fraude que o mundo inteiro tomou conhecimento. Perdeu nos votos do eleitorado, o  voto popular e “ganhou” no chamado Colégio Eleitoral (cada estado dos EUA tem um  peso proporcional ao número de eleitores), exatamente no estado da Flórida,  governado por seu irmão Jeb Bush e num processo que se arrastou até a Suprema  Corte. Lá ganhou por um voto, já que a maioria dos ministros era de origem  republicana.
A reeleição gerou  suspeitas que a fraude, o mesmo sistema usado na Flórida, se repetiu no estado  de Ohio, mas aí a realidade política era diversa. O presidente tinha a seu favor  a propaganda “antiterrorista” e o clima de comoção no país por conta da guerra  do Iraque.
A decisão de invadir o  Afeganistão e o Iraque, ambas, foram tomadas em cima de mentira. Contrariaram  decisões das Nações Unidas e se revelaram prática da política imperialista dos  EUA. Ao longo desses oito anos Bush cuidou de expandir o império em função dos  interesses dos grupos que representa, o que Eisenhower chamou de “complexo  industrial e militar”, os que gerem e determinam, ao lado dos bancos, para onde  vai a biruta ianque.
Em intervenção recente no  Senado, na Comissão de Assuntos Estratégicos, Hilary Clinton calou os  republicanos ao questionar a presença de soldados e instrutores dos EUA na  Geórgia, o que provocou uma reação russa fulminante e colocou a Europa debaixo  de sérias ameaças, inclusive a de corte do gás fornecido pelos  russos.
A chanceler da Alemanha  não quer nem ouvir e nem conversar com Bush pois atribui a crise que atinge a  Comunidade à irresponsabilidade do presidente norte-americano. A crise é dele,  ele que se vire, foi mais ou menos o que disse a  jornalistas.
Os Estados Unidos estão  falidos. Quebrados. Bush governa como se estivesse num filme de terceira  dimensão sem os óculos adequados.
Pelo menos treze bancos já  foram à falência, mais de 200 mil pessoas perderam suas casas, a bolsa está com  rombos cada vez maiores, o presidente não sabe para que lado vai, não tem a  menor idéia de nada. Quebrou os negócios da família em tempos passados, agora  quebrou o país (mas a família está salva).  Os índices de desemprego começam a  escalada vertiginosa que é típica do capitalismo. Fundos de pensões falidos não  conseguirão honrar seus compromissos nessa conversa fiada de privatização (Lula  quer privatizar por aqui algumas coisas) e Bush quer repartir a conta de mais de  um trilhão de dólares, a curto prazo, repita-se, a curto prazo, com o resto do  mundo.
Tem o médio e o longo  prazos ainda. A real extensão do desastre provocado por George Walker Bush não é  passível de previsão. 
O dólar acabou como afirma  o professor e economista Carlos Lessa. E Bush vai querer que esse dólar, agora  ouro de tolos, seja pago por países como o Brasil, no equilibrismo do governo  Lula que nem é e nem deixa de ser. Era previsível deste Breton Woods, tempos de  Nixon.
Homer Simpson, o simpático  e genial idiota da série Os Simpsons, típico cidadão norte-americano que  acredita no McDonalds, num dos episódios recentes, ao ser informado sobre os  donos do mundo, pergunta: “quem, os chineses?”
E nem é bom que George  Walker Bush, a essa altura imerso em montanhas de cerveja e pretzel, seu esquema  para crises, nem coloque o óculos para ver o filme como deve ser visto, do  contrário vai se apavorar quando perceber que Wall Street está desmoronando e  John Wayne não existe mais. 
Por aqui é bom tomar  cuidado. É nesses momentos que gente como Bush e o que ele representa costuma  criar armas químicas e biológicas inexistentes e terroristas que ninguém sabe  onde estão, para justificar golpes de estado (Bolívia, Venezuela, Equador,  Paraguai) e mostrar-se ao mundo como campeão da  democracia.
Se você pensa que o trem  descarrilou só por lá, espere até a conta chegar nessa conversa fiada de  privatização e globalização. E não adianta bater na porta de FHV (Fernando  Henrique Vende), o principal responsável por isso por nossas bandas, pois ele  não atende. 
Bem fazia Churchill que  enchia a cara, mas de uísque escocês, fumava charutos cubanos e dava em cima das  secretárias, das garçonetes, das copeiras, das faxineiras, das condessas,  duquesas, etc, de quebra chamava o almirantado de um “um bando de idiotas”, mas  se agüentava e carregou a Grã Bretanha nas costas.
Ou, justiça seja feita,  Stalin que ante a perplexidade de Kruschov quando da invasão alemã e depois de  três ou quatro dias de porres seguidos, mandou o ucraniano calçar-lhe as botas e  disparou: “bando de covardes, nem para aproveitar a chance e dar um golpe, me  matar. Calce minhas botas que eu vou ganhar a guerra”.
E ganharam. Churchill e  Stalin.  Hitler era vegetariano.   
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário