Quando as pessoas dizem que Lula "não é mais aquele radical", o livro de entrevistas dele, publicado pela editora Repórter de Guarulhos, no distante ano de 1981, é bem elucidativo. Procurem esse livro. Ele, em vários momentos, se mostra pouco interessado pelo passado dos anos 60. Quando perguntado pela anistia, dizia que a volta dos exilados não ia trazer modificação nenhuma. A greve de Osasco em 1968 não foi heróica, saiu da Faculdade de Filosofia e ajudou a acelerar o AI-5. Ele preferia as sociedades capitalistas. Os estudantes ajudavam a causa, ficando na universidade. E os operários quando rejeitaram a ajuda econômica dos estudantes, apenas rejeitaram “uma esmola”.
Novamente instado a falar sobre a anistia, atacou a CLT, disse que a anistia estava saindo, mas a reforma da CLT nunca saía. Defendia a liberdade sindical, com o fim do imposto que atrelaria os sindicatos ao governo. A CLT teria um artigo muito mais prejudicial do que o AI-5, mesmo assim era contra o AI-5, mas deixava claro o que achava pior. Os sindicatos poderiam ser organizados por empresa (como nos Estados Unidos).
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